quarta-feira, 18 de novembro de 2020

DEPOIS DA "PESTE" FASCIZANTE SEGUIU-SE A "PESTE" SOCIALIZANTE

Da "peste" fascizante, que relegou o povo português para uma miséria mental e material caracterizada pela ditadura militar que nasceu muito reforçada à mistura  com a Igreja e com políticos reacionários desde 1926 à "peste" socializante, que começou em 1974 e dura até hoje, o povo português, apesar dos "esforços" de quem o governou, manteve-se num atraso de vida apalermado e rural. É facto que muitos oriundos do campesinato e de classes desfavorecidas se formaram em escolas de ensino superior o que lhes abriu as portas para empregos higiénicos, mas isso de nada valeu para que saíssemos do estádio saloio como adiante exporemos. 

O fascismo português, com perdão da palavra, tudo fez para manter as leis medievais em vigor. Quando falo em fascismo português falo na tríade composta por militares, Igreja e conservadores dirigidos por António Salazar. Basta verificarmos como as mulheres eram tratadas de seres inferiores e de como se podia "subir" na vida através de cunhas e ameigados e de como as classes se fechavam para defender os seus interesses e isto para termos uma pequena imagem do nosso atraso. Ai de quem se rebelasse contra este estado de coisas. Depois do fascismo veio o socialismo que fez do Estado português o dono dos meios de produção. Precisamente durante a ditadura militar comunista que vai de 1974 a 1976 nacionalizou-se tudo. Desde a  banca, seguros, grandes empresas, terras, fábricas de cerveja, de tabaco, embarcações de recreio e comerciais, etc. Neste período, por acaso curto historicamente, também se prenderam à volta de 300 indivíduos suspeitos de serem  ricos. Em 1976, com a criação de uma nova Constituição ridícula e falaciosa pois apontava para a via socialista nada se alterou positivamente. Com povo e gente que ainda tinha o cérebro nas mãos dos senhores padres dava vontade de gritar de gozo impor-lhes viver à Marx, Lenine e outros pregadores sociais. O individualismo e egoísmo arreigados desde a formação de Portugal em vez de sair das nossas vidas acabou por se reforçar em grande. Para isso muito contribuiu a recriação dos partidos políticos que mais não fizeram do que estruturar um individualismo parcelar (de camaradas passaram a compadres com interesses muito duvidosos). Gente pelintra começa a ocupar os lugares públicos com alguma expressão ao mesmo tempo dá-se a permissão do regresso dos ex-fascistas. Estes foram de certo modo indemnizados o que lhes permitiu negociar com o Estado os seus escabrosos interesses  e isto através dos socializantes instalados nos corredores do poder. Estes foram corrompidos até ao ponto de dominarem o Parlamento onde só faziam aprovar leis que lhes beneficiavam e lhes aumentavam o património. Os socializantes (socialistas e algumas franjas da social-democracia) mais não fizeram do que se organizar numa família poderosíssima que se instalou como um novo regime que está para durar porque fez do Estado uma espécie de corruptor, pois esta família central retira daquele meios económicos para calar uma oposição fraca mas que também precisa comer. O Estado ficou exaurido com este tipo de distribuição de riquezas. Tornou-se numa máquina muito pesada e difícil de gerir. Para solucionar esta questão a família central endividou o País de tal maneira que as gerações vindouras já nascerão penhoradas. Uma coisa pode-se dizer em nome de uma certa verdade: Portugal é uma espécie de país onde o socialismo criou o capitalismo socialista para benefício de nova elite. Quaisquer que sejam as dificuldades económico-sociais vindas de todas as classes sociais, o Estado intervém tapando tudo com dinheiro que pede emprestado penhorando o futuro. Segurança Social, Assistência Social, Banca e abafar o desemprego a todo o tipo de etnia é onde o Estado mais despende. Os apoios à Igreja Católica são difíceis de contabilizar visto que entre esta e o Estado existem contratos meio secretos (porque não vêm a público) que vão desde o suporte no ensino particular, na assistência a milhares de pobres, lares para deficientes, na cobertura aos idosos doentes, na ajuda do restauro e manutenção de igrejas, no pagamento de vencimentos  a padres como se tratassem de funcionários públicos, etc. Com esta intervenção do Estado em todas as atividades económicas o País não apresenta crescimento económico, tão pouco desenvolvimento económico. Aos criadores de riqueza os socializantes aplicam impostos do tipo Inquirições Afonsinas para arcar com as despesas à dom João V ou de Luís III da Baviera. Como resultado de certas  classes político-económicas colocarem o Estado refém delas é muito natural que estejamos à beira de um novo "25 de Abril" mas de características peculiares. Isto é, existem forças policiais especiais  (criadas para defender os contribuintes...) que numa determinada oportunidade poderão ser comandadas por alguém que se veja obrigado a encabeçá-las. De direita? Penso que sim. De uma direita veículo de uma verdadeira economia de mercado, não fingida como a que  chupamos até hoje, para enganar os parceiros ricos europeus. A pandemia e a destruição/falência de vários empresários e consequente desemprego que daí advirá vai levar-nos a uma espécie mais moderna do tempo de Afonso Costa. Espero que A. Costa não tenha de ir fazer umas temporadas a Paris, nem seja  Marcelo incomodado no Rossio...


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