Não é preciso saber muito mais sobre como reage a América e a sua política externa quando são contrariados nos seus negócios do que ler por alto o que a PRESS do mundo inteiro difunde através dos canais que estão ao seu serviço e outros por eles (americanos) indiretamente subjugados.
Quando em 2003 a América invadiu o Iraque, o nosso então pobre primeiro-ministro Durão Barroso não só teve de ceder a Base Aérea das Lages, Ilha Terceira, para reabastecimento dos seus bombardeiros como serviu de Chefe de Sala anfitrião de um encontro ao mais alto nível entre Bush e o PM inglês. Ambos arquitetaram uma guerra a fim de calar o apetite dos senhores do armamento. Mentiram ao mundo inteiro dizendo que Saddam possuía armas químicas e que era preciso correr com ele. Isto é, matá-lo. Anos depois foram os próprios americanos a confessar as mentiras de Bush e de Blair. Os países que não apoiaram diretamente a destruição do Iraque, tornaram-se cúmplices da morte de um milhão de iraquianos porque olharam para o lado. Isto quer dizer que com a América os países opositores sujeitam-se a ser bloqueados economicamente ou invadidos (no próprio continente americano foi a vez do Panamá ter sido vítima de invasão só porque a Administração americana cismou em prender o seu chefe de Estado Maior das suas Forças Armadas, general Noriega. (Morreram três mil panamianos). Com a resposta pateta do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros aos avisos do embaixador americano acerca dos negócios que nos preparamos para fazer com os chineses (coisas que metem petróleo e Huawei), Portugal põe-se a jeito de uma resposta musculada de Trump e seus guerreiros. Os americanos irão pressionar a União Europeia em primeiro lugar para
tomarmos juízo. Depois darão início a hostilidades diretamente contra nós. Como vem sendo hábito, eles chegam a derrubar governos legítimos fomentando instabilidade política no interior dos países visados. Depois, colocam bonifrates no poder para agilizarem os seus negócios. Não me admiraria nada mesmo se eles procurassem reavivar o sentimento independentista dos ilhéus como ponto de partida para nos castigar. Quando Portugal foi varrido por uma onda comunista os representantes do independentismo açoriano eram recebidos no State Department. Mário Soares ao garantir-lhes que ponha o socialismo na gaveta fez com que eles desistissem de apoiar as aspirações açorianas. A América, melhor, Trump sabe que o governo português é apoiado por comunistas e extremistas de esquerda. Vai fazer-nos avida negra. Oxalá eu me engane.

PS: No século XIX, os Açores estiveram para ser vendidos à América. Leiam as cartas de Antero de Quental a Oliveira Martins...
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