terça-feira, 22 de setembro de 2020

A RTP AO SERVIÇO DO VÍCIO

Estranho, como é que a RTP, uma estação televisiva pertença do Estado, logo paga pelos nossos impostos, se digna encher os telespetadores com montanhas de anúncios que por estranha coincidência calham sempre ao mesmo tempo da difusão dos da concorrência. O Estado Português está feito numa superfície comercial. Não podemos fugir às doses excessivas de publicidade porque as estações combinaram entre si (parece) que ninguém pode fugir a ela. Tenta-se o zapping e não podemos escapar à sanha de chouriços, chocolates, bancos honestos, bolachas e mais o que aquelas fossas de prostituídos  neurónios espalham pela pobre cabeça dos portugueses. É tudo ao mesmo tempo. A gente habitua-se ao mau cheiro assim como à publicidade. Não há como fugir. E se por acaso saltamos para outra estação, eis a dose imensa de futebol e de crânios a discutir o tamanho de um centímetro visto de longe. O pior de tudo e que me fez escrever estas linhas é o facto escandaloso de  estarem a cativar pessoas para o vício do jogo oferecendo dinheiro para jogar… Tal e qual fazem os traficantes e vendedores de droga. Isto é, oferecem de borla no princípio uma ganza e depois esperam que as vítimas venham a tornar-se compradores compulsivos ou adictos como às vezes leio o nome dos ficam agarrados ao vício. A RTP  dá-se ao luxo de dar publicidade ao jogo dos casinos fomentando a desgraça de muita gente. Eu já fui um viciado do jogo. Levei anos para me libertar dessa prisão de onde raramente se sai. Não percebo estes deputados a quem o povo os escolhe para o defender. Estou velho e prestes a ir ter com o Menino Jesus como dizem os párocos medianeiros do céu e da terra. Nunca pensei em dias de minha vida assistir ao derrube de uma asquerosa ditadura militar-política-religiosa e ver esta ser substituída por vermes sociais. Se o critico político-literário Luiz Pacheco fosse vivo perguntar-lhe-ia que mensagem a mandar para a malta que gere a nossa comercial cultura? Segundo o prof. João Pedro George, Pacheco responderia assim: "Puta que os pariu". Está tudo na Tinta da China, eu juro que li assim tal e qual. 

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