quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O PAÍS ESTÁ SUSPENSO DA DECISÃO DO JUÍZ .DO BARREIRO

Um antigo colega meu, que é adepto do Sporting Clube de Futebol e a quem assuntos respeitantes a Aristóteles, kant e Estaline lubrificaram-lhe a  torre de controlo, interveio no espaço dedicado à Opinião Pública; uma rubrica matutina da SICNotícias. Eu estava meio a dormir meio acordado e a coscuvilhar a vida de dom João V (num livrito que acompanha o semanário Expresso)  quando lhe reconheci a voz. Tratava-se do assunto do dia, das semanas, dos meses e se o bom Deus portuguelizado dos judeus não nos acode temos coisa para um ano ou mais. É só a Press lusitana querer e depois é só chuparmos a sua alongada difusão. Eu amava o zapping, mas qual quê, mudar de canal para quê se é tudo futebol? Para quê irritar-me com dom João V, o esbanjador de ouro e diamantes que só catedrais e mosteiros de luxo mandou construir descurando estradas e portos, por exemplo,  se eu vivo num lodaçal neuronal que nos arrasta dia após dia para um quadro social que julgávamos ter terminado em abril de 1974? E Afonso Gonçalves (o filósofo de Arroios e divinizador do estagirita) a falar em significado e significante, pois irritara-se com o conceito de terrorista malparado por quem de direito. E disse mais coisas que não entendi sobre terrorismo, mas que procurarei reavivar no nosso próximo encontro recheado de altas filosofias  onde Vénus de alcova é visualizada  e é onde   melhor me adapto para repescar  forças para fazer frente aos custos no futuro de um possível alzheimer e outros compagnons de route tais como os antibióticos. De repente, e enquanto escrevia este texto, as notícias saltam da pantalha e salvam a imagem  da nação: Bruno de Carvalho sai em liberdade apesar de ser obrigado a apresentar-se diariamente numa esquadra de polícia e de ter de arrotar com 70.000 euros de caução (ai o que não faria eu com este cacau. Bem, eu e o filósofo de Arroios em puras e mitológicas encenações, claro está).  Esta postura do Juiz do Barreiro tem peso histórico. Mais tarde havemos de a estudar em termos políticos. Chocou muita gente a acusação  de terrorismo a uns tantos malucos da bola. Gerou-se de todo uma grande confusão nas tolas de muito boa gente. E muito boa gente amiga de arruaças passou a ter o rabinho apertado não lhe fossem bater com muito estardalhaço à porta e depois de vasculharem os trapos a levasse ao canil onde geralmente são enviados os prevaricadores. Bem, a não ser que Ana Leal - que prometeu que logo à noite vai tratar  certos grupos violentos com o mesmo apetite com que abafou a IURD - venha ajudar e a enriquecer o conceito de terrorismo. Tivemos ainda recentemente entre nós grupos que praticaram atos de terror chegando a cometer homicídios e que foram tratados como associação criminosa. Foram julgados e pouco tempo depois amnistiados. A área é pertença da política!!! No caso recente e acerca de coisas do futebol, enfileirá-los em designação terrorista parecia demasiado e até certo ponto contraditório. O Juiz de Instrução do Barreiro, com a sua apreciação, veio contribuir em muito para dignificar a Justiça. Espero que faça escola. Este Juiz é um Juiz constitucional. Já podemos dormir descansados!

Nota: sou benfiquista!

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