terça-feira, 21 de agosto de 2018

SANTANA CRIADOR DE UMA ALIANÇA PARA DIVIDIR E NÃO UNIR

Do Velho PPD/PSD, muitos dos seus militantes, simpatizantes e arrestados pela Igreja Católica já bateram a bota. Ou, melhor dizendo, são velhos-idosos. O recente PSD com a vitória de Rui Rui foi um tal assustar  aquele lar-político onde muitos dos seus "acamados" ainda usufruem de altas notas de euro por serviços prestados à Nação Portuguesa. Alguns estão como Deus e os seus  Santos, Santas e esmolas, enquanto outros encontram-se ainda pendurados nos "empregos" políticos que é o que lhes vai safando e para poderem garantir o pão nosso de cada dia (para o futuro). Agarram-se aos lugares que conseguiram conquistar com as garras que deixaram crescer e treinaram-se para usarem o genuflexório  para melhor servir os poderosos líderes. Quer dizer, melhor explicando: os nossos políticos recebem do Estado vencimentos que estão conforme as regras de redistribuição do funcionalismo público, mais algumas alcavalas que se julga pertencerem  ao foro da prestação política. Bem, nada de mais. Só que isso não é tudo. É que de um momento para o outro, para além do que recebem da "Função Política" eles aparecem em conselhos de administração cuja cumplicidade é demais notória onde enchem a mula com ordenados que são um verdadeiro escândalo nacional. E, ainda, tão depressa saem desses verdadeiros tachos são convidados para entrarem noutros tachos em empresas privadas. Claro que muitos estão à pega com o juiz Carlos Alexandre que quer saber como é que foi para nos dizer como é que é. Depois, há uma coisa que é de espantar: todos ou quase todos são professores catedráticos ou possuem cartões de visita onde tal dignidade tem um ex indicador de "classe social". Como é que é, eu não sei. Bem, com tantas "universidades" que cresceram como papoilas depois de 1974 não é de espantar que tenham distribuído cátedras como quem oferece pasteis de Tentúgal ou preservativos a tóxicodependentes . São professores catedráticos e acumulam com uns arranjinhos que lhes pagam os luxos. Aulas a quem não se pedem alvarás dado que são temporárias. São, portanto, catedráticos temporários ou a termo certo. Duas traças vieram estragar-lhes a roupa, que é como quem diz acabar com o seu seguro de vida. Primeiro, foi o arranjo no Parlamento do PS com a "esquerda portuguesa" que tinha sido varrido nas urnas depois de tanta promessa de vitória. António Costa em vez de meter o rabo entre as pernas com vergonha, convidou Jerónimo e Catarina para uma ménage política. Isto representou um golpe nas tais aspirações laranjas para tachos. Estes foram para os socialistas. Tachos, perdão, empregos. Segundo, a vitória de Rui Rio.  Sempre que o nome dele é pronunciado nos salões da São Caetano à Lapa há quem telefone de imediato para a nutricionista. Rui Rio está calmo perante as tentativas de o fragilizar. Sorri. Sabe, por experiência própria - ajudado pela história do partido - que os fragmentalistas  são em geral um projeto de desespero pessoal. Santana sabe que quando fala há ainda quem o ouve por interesse próprio. Não haja dúvidas que poderá alcançar um lugar em São Bento. Veremos - quase se pode apostar - um Santana (único eleito pelo Aliança) rodeado de fotógrafos e a falar como ninguém, coisa que já nos habituou ao longo destes 40 anos de democracia. O que tem para dizer de novo à Nação Portuguesa que ainda não foi dito? Nada, porém, é o modo como dirá. Há de fazer chorar as pedras de calçada? Sim, quando começar a dizer o que fez por Lisboa e pela Figueira da Foz. Não terá peso político porque o eleitorado social-democrata optará por não dividir o partido. Um partido de câmaras que tem como pontífice por esse país fora precisamente Rui Rio. As câmaras estão do seu lado como nunca estiveram com outro qualquer líder social-democrata. É este suporte que fará com que Rui Rio,  em São Bento,  possa recuperar a antiga hegemonia social-democrata. Os sinais de fuga que alguns mais ingénuos tentaram recriar no PSD não passam de despojos descartáveis: Lisboa fadista e gorda a perder voto na matéria. Rio não os alencou. Eles mexem-se  por si e dão-se a conhecer ao eleitorado como são. Eleitorado que tem aprendido com os desaires dos pregadores da decência e moral de cartilha. O eleitorado também começou a perceber que os ministros das Finanças são todos iguais e que não houve nenhum milagre económico fora do contexto Ibérico. Não é por aí que António Costa vai ganhar mais uma maioria relativa. É que ele anda a par e passo com tudo que é bondade mostrada pelo Presidente Marcelo. Marcelo é um aproveitador de coisas boas e coisas boas apregoa. Costa é a sua sombra. O Presidente é o bom Papa e Costa é a benemérita Madre Teresa de Calcutá. São ambos amados. Nem é para menos, quem vê um vê o outro de tão colados estão.  Rio quando conquistou a segunda maior capital portuguesa também tinha todos ou quase todos contra ele. E depois? Depois viu-se. E então? Logo se verá. 

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