quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Com todos os diabos, a história recente de Portugal não se pode esquecer de José Sócrates nem de Aníbal Cavaco Silva

Está ainda por esclarecer quem foi o responsável ou responsáveis que meteram José Sócrates e Cavaco Silva a contas com inquéritos que deram origem a suspeições e a procedimentos judiciais. Comecemos calmamente por perceber o que causaria  uma Península Ibérica unida economicamente. Enquanto Portugal e Espanha puxavam cada um para seu lado, nem a nossa aliada Inglaterra (mais os seus acrescentos territoriais) nem a França se importavam pelos assuntos ibéricos. Até por causa do Mundial de 2004 portugueses e espanhóis (com todas as nações que Castela esmigalhou) se pegaram. Uma Península unida à partida iria colidir com os interesses dos atrás citados membros da União Europeia. Como? Primeiro, para se comerciar com as  Américas e Norte de África havia que se deparar com a Nova Hispânia dado que esta representa o caminho mais curto tanto para se entrar como para se sair do Ocidente. Desceriam as importações da Suécia. A banca ibérica estava a reformular-se numa perspetiva de unidade. O consumidor que é Portugal voltar-se-ia totalmente para dentro da península o que traria mais riqueza para Espanha e também traria melhoria de nível de vida aos portugueses. A PI tornar-se-ia, através da ação dos portugueses, numa potência relevante nos negócios com as antigas colónias, inclusivamente com a rica Angola que se estabeleceu em Portugal em tudo que é indústria, banca e comércio. Tanto Espanha quanto Portugal necessitam como pão para a boca um do outro para se poderem opor à hegemonia nórdica. Os ingleses e franceses sempre se uniram para desgraçar a Espanha. Leia-se um pouco de História que não faz mal nenhum. Para ingleses e franceses esta anomalia entre povos "iguais" era bom para os seus negócios. Só que com a chegada de José Sócrates ao poder a coisa começou a ficar séria.  A política de Sócrates traria consigo o engrandecimento de Portugal e Espanha. Sócrates colocou o país de frente para o óbvio. Isto é, disse ele em 2005 logo após ter sido indigitado primeiro-ministro: "Espanha! Espanha! Espanha!". O TGV e um grande aeroporto ibérico cá em casa situado era cá um marco económico mais valioso do que o do ciclo da pimenta. Estamos ou não lembrados dos negócios com a América espanhola? Construção civil e computadores na Venezuela?  A Espanha preparou-se para dominar, nesta ótica política, parte da comunicação social portuguesa. Acho que isto aqui já dá uma pequena pista para se concluir que tanto franceses e ingleses estariam por detrás da perseguição futura a Sócrates. Em Portugal, esses estrangeiros arranjaram servidores que a seu soldo deram início a uma campanha de ataque e descredibilização nunca vista efetuada a um primeiro-ministro em funções. Começaram com o "Freeport" e foram até à prisão do mesmo sem acusação. Lembrei-me do que fizeram a Patrice Lubumba (eleito primeiro-ministro da República Democrática do Congo) que fora destituído e assassinado a pedido de vários países entre eles os Estados Unidos da América. As riquezas daquele país não poderiam ser distribuídas pelo povo. Tinham de ser entregues a criminosos belgas e a americanos. Sócrates não foi perseguido diretamente por ingleses nem franceses por ter desviado o país para a Espanha. Cá dentro houve quem tivesse sido manipulado e serviu os interesses de outrem que não nossos. Sócrates caiu que nem um pato nas armadilhas internacionais. Sócrates como Cavaco Silva foram  - logo a seguir a terem sido eleitos - visitar Espanha. Cavaco em 2006! Sim, Cavaco também tinha a visão de proximidade com o país irmão como algo demasiado importante para Portugal. Fica-se também sem justificação plausível  o facto de Passos Coelho não ter autorizado que o Banco Público desse a mão ao BES. Descolar de Espanha e destruir a banca é entregar o país a "Uma Família Inglesa". Há agentes cá dentro dispostos a manter Portugal num PIGS. A perseguição a Sócrates permitiu destruir parte de um certo tipo de Portugal económico voltado para o futuro. Nunca tal se viu: o facto de uma investigação pessoal descambar numa acusação a quase todo o setor económico nacional. Não faz sentido! Não passa de uma manipulação engendrada lá fora! A meu ver é impossível acusar José Sócrates isoladamente do Partido Socialista e seus empresários. Os outros partidos, idem idem... Se os nossos "aliados" quiserem destruir-nos bastaria manipularem indiretamente a nossa justiça com a finalidade de se pôr a nu a contabilidade dos partidos. Seria uma espécie de Pedrógão Grande do tamanho de Faro até Valença do Minho com muito vento à mistura. Grandes interesses nos dominam! Raios os parta!

NB: O que estão a fazer a José Sócrates não é digno de um país  civilizado. Não estou ainda a referir-me à Justiça Portuguesa que terá tempo de se explicar em sede de julgamento. Estou a referir-me ao julgamento e assassinato na "via pública" de um político que conseguiu uma maioria eleitoral e que governou com legitimidade. Isso não se faz! Repugna-me! Também repugna que o partido a que pertence José Sócrates não se tenha envolvido num pedido de esclarecimentos acerca do modelo de  prisão efetuada no aeroporto de Lisboa. Haverá alguma ditadura de juízes de instrução que eu desconheça? Não haverá entre nós um político no ativo com eles no seu sítio que não faça como o judeu Cristo que quando apertado pelos juízes do seu tempo safando-se respondeu assim: "dai à justiça o que é da justiça e à política o que é da politica". Trata-se de uma forma de sacudir a água do capote e de conviver ao mesmo tempo com deus e o diabo. Atenção, eu queria dizer era: dai a César o que é de  César e a deus o que é de deus. É a mesma coisa. Julgar Sócrates neste modelo (4.000 páginas e milhões de mensagens) é condenar a aproximação que estava em jogo e que nos tornaria mais fortes na Península Ibérica. 

NB2 - O PEC4  de José Sócrates aprovado pela Frau Merkel foi chumbado por interesses que passo a relatar:

PCP - Procura desinstalar Portugal da União Europeia;
CDS - Nacionalista-saudosista, o seu comportamento sistemático é o voltar as costas a Espanha com medo de perder a independência;
PSD - Partido  com ligações "político-democráticas" desde o tempo de Sá Carneiro com o Reino Unido. A maioria dos seus barões é anglófila e francófila;
Bloco de Esquerda - Partido de dissidentes intelectuais de esquerda cuja política se cinge em colocar os seus militantes nos quadros do Estado. Para alcançarem os seus objetivos prometem o melhor do mundo capitalista em pacotes suaves de luta de classes aos mais desfavorecidos;
Os Verdes - Quase uma espécie de ventríloquo dialético mas muito esganiçado . 

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