domingo, 30 de agosto de 2015

grande entrevista a varett, o artista que já expôs contra joe berardo, museu do chiado, museu da arte antiga. isto é, contra os senhores e instituições que têm posto os artistas plásticos a comer a merda que esta democracia amassou


trata-se de uma entrevista, nada mais do que isso. só que parte dela é de ordem política. vamos ver no que dá. (entrevistador: paulo rehiuve)
paulo rehouve:
que pensa do cavaco da silva?
varett:
nada!
pr.
que pensa da presidente da assembleia da república?
varett:
é magrinha e pesa pouco. seria chumbada se fosse chamada a cumprir o serviço militar (antigamente obrigatório). 
pr:
e do órgão de soberania os tribunais?
varett:
quando chegarmos ao juiz alexandre meta esta dentro dele.
pr:
jorge sampaio?
varett:
antigo oposicionista do estado novo e depois do 25 de abril falava muito bem várias línguas. um verdadeiro poliglota.
pr:
mário soares?
gosto do homem. se tivesse  nascido em inglaterra seria maior do que o churchill.
pr:
do general eanes?
um homem que nunca se devia ter metido na política. é olhar para a cara dele para confirmar.
pr:
que pensa das nossas forças armadas?
varett:
já ouvi falar!
pr:
diga-me um nome de um atual chefe de estado maior?
varett:
firmino miguel? não sei!
pr:
otelo saraiva de carvalho?
varett:
não devia ter-se metido no golpe militar sem antes ter lido o programa das força armadas. e devia ter assistido às aulas de política do melo antunes.
pr:
general spínola?
sendo um guerreiro dos tempos modernos devia ter previsto que seria violado se se metesse onde não era chamado nem ouvido.
pr:
antónio guterres?
varett:
não o consigo separar do fantasma materializado do padre melícias.
pr:
josé sócrates?
que não não era necessário prendê-lo e, por conseguinte, devia aguardar por julgamento em liberdade. como não é acusado nem de violência doméstica, assalto violento, assassinato, tráfico de droga, condução sobre efeito de álcool (acima de 1.2), abuso sexual de menores, lenocínio, tráfico de seres humanos, tráfico de armas, cumplicidade na invasão do iraque e o genocídio que tal implicou, membro de uma célula terrorista, etc., acho que só o fato de vir a ser acusado - como tudo leva a crer pelo que se sabe do processo - e ser levado a julgamento já era um pesado castigo para um ex-primeiro-ministro a quem a maioria do povo votou para dirigir os destinos de portugal. sendo considerado culpado vai comer uma grande fatia de tempo que lhe resta.
pr:
é suspeito de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influências!
varett:
se bem me lembro, um membro do executivo do antigo bloco central, ministro do ambiente, pediu a demissão... depois de ter - por esquecimento -  fugido ao pagamento de impostos ao executar um serviço particular sem o declarar. e foi só o castigo que recebeu. estamos a falar da mesma justiça... corrupção e tráfico de influências, sendo o pão nosso de cada dia das democracias (modernas), devem ser levadas a tribunal com os arguidos em liberdade para se poderem defender. é um direito inalienável do cidadão. foi por isso que se alterou a constituição de 1933 para a de 1976 e suas sucessivas revisões. garantias são garantias doa a quem doer. o poder, seja ele qual for, sujeita-se à boa interpretação do legislado.
pr:
juiz carlos alexandre?
varett:
vou aguardar pelo libelo acusatório e também vou seguir muito atentamente o julgamento (se houver) de sócrates - o outro teve de beber cicuta. vou esperar para ver.
pr:
repito, juiz carlos alexandre?
varett:
tenho medo dele! um medo democrático, claro!
pr:
paulo portas?
nunca enganou ninguém. perdão, só as feirantes.
pr:
pedro passos coelho?
varett:
um primeiro-ministro que tem muita categoria pois nunca o vi fugir dos apupos da multidão quando se predispõe a inaugurar e a aplaudir iniciativas do privado. faz-me lembrar o oposto do general vasco gonçalves. 
pr:
como classifica a prestação de serviço do seu governo?
varett:
um governo muito amigo dos animais. o caso da sardinha da nossa costa é sintomátiso. 
pr:
um comentário à ministra mais poderosa do governo passos?
varett:
você está doido! o marido da doutora proíbe qualquer comentário! peça isso ao classius clay.
pr:
e o professor marcelo?
varett:
um grande comentador dominical que vai ter muita dificuldade em mudar de papel; o papel de candidato a belém. ainda não saltou  daquela personagem para esta, talvez por isso venha a ter dissabores. antes atirou-se ao tejo a partir da margem do cais de sodré (?) para motivar - sem conseguir - os eleitores municipais da capital. será que vai agora -  que a eleição presidencial é mais importante - atirar-se da ponte salazar, dita 25 de abril, para levar o país a votar nele?
pr:
e quanto a sampaio da nóvoa?
varett:
vou tentar resumir: imagine uma saleta, na hora do chá, composta pelas senhoras da conferência de são vicente de paula orientadas pelo pároco da freguesia. de repente, entra o prof. sampaio da nóvoa e senta-se entre elas. e começa ele: o estado social, a igualdade de oportunidades, o apoio do serviço nacional de saúde ao aborto (feminino), o imposto progressivo sobre quem mais tem e  ganha, o direito de a mulher... nisto é interrompido pelo pároco que de pé  se dirige às suas queridas paroquianas: "credo em cruz". as paroquianas benzendo-se repetem credo em cruz. o prof. sampaio sai julgando que o credo em cruz do coral vicentino  é a compreensão das suas ideias para um portugal social a partir de belém.
pr:
filomena mónica?
varett:
gostava de duas coisas: que fosse conselheira de estado e de assistir a uma reunião onde ela interviesse. ah, e os conselheiros estariam proibidos de sair enquanto ela falasse!~

(fim da primeira parte da entrevista)




Sem comentários:

Enviar um comentário