alguns lesados do banco espírito santo preparam-se para levar a tribunal através de queixa unipessoal os gestores de conta que estão implicados diretamente na transferência dos seus depósitos à ordem para uma aplicação extra-banco. o motivo da queixa é simples e tem pernas para andar: alguns gestores de contas podem vir a ser acusados de burla continuada porque tornaram-se agentes práticos de ordens dos administradores na venda dos papéis comerciais de grupos económicos que estavam com falta de liquidez. será necessário que se fique a saber qual o seu grau de responsabilidade porque até isso ficar esclarecido serão considerados cúmplices. terão de responder pelo dolo causado uma vez que ocupam na instituição lugares de conselheiros. não se percebe qual a razão de ainda não terem sido chamados para prestar esclarecimentos à justiça. eles foram o elo entre uma "economia de risco" e os seus aconselhados. se estavam por dentro do esquema para levar os seus clientes para um desastre, perda dos seus bens e economias de uma vida não deixam de estar seriamente implicados no ilícito que pode vir a transformar-se numa acusação por associação criminosa. penso que não deve ser o caso. salvo seja! se não sabiam o que aconselhavam isso também é grave. podem até vir ser acusados de negligência grosseira. não deve ser o caso, julgo eu. haja poseidon - o agora reciclado deus de piscinas devido à crise helénica - para salvar a face dos presumíveis responsáveis e as carteiras das pobres vítimas. e negligência por omissão? neste caso específico em não terem explicado muito bem aos "seus clientes" no que se estavam a meter devido aos seus esclarecimentos. quem quiser ir por aí que consulte o professor germano marques silva no seu "direito penal português", que é sempre melhor do que o que se diz por aí : violação de um dever de cuidado...
varett
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