quinta-feira, 9 de outubro de 2014

II capítulo: isto de se ser livre é uma porra tão grande quanto a de um ditador a quem o poder isola.


se falei de religião antes de me propor colocar o tema "monarquia: é a minha aposta como organização social!" foi porque a maioria dos monárquicos ainda pensa ser deus quem transmite o poder ao monarca. coisa bacoca e parva. não estou aí. família - hoje - caracteriza-se por um conjunto de pessoas que procuram a felicidade. não interessa se o casal é homem-homem, mulher-mulher ou o mais estatisticamente maioritário por enquanto o do homem-mulher. com filhos ou perfilhados tanto tanto faz. reparem só na lição da família cristã.  a chamada sagrada família. que devia servir de exemplo e que passa por ainda  não ter sido analisada racionalmente. esta sagrada família (símbolo de milhões de fiéis) é composta por uma mulher que vive com um homem que não lhe toca nem com um dedo. nada de carícias pois a mulher está comprometida com um ente superior que a engravidou. logo, o filho com o nome de jesus não era filho do cavalheiro de nome josé. josé tanto podia ser heterossexual como não, pois nunca haveremos de saber. não funcionava como marido nem exigia o cumprimento dos deveres de esposa à mulher com quem tinha casado segundo as leis dos hebreus. o mais parecido com esta situação seria talvez - penso eu - um casal de homossexuais sem afetos. uma família sem afetos é algo chato. muito respeitador era o josé, mais tarde feito santo. pudera! o que não deve ter sofrido vivendo anos e anos com uma jovem mãe! mãe de um rapaz que 400 anos depois foi aclamado deus por um concílio qualquer. até lá os cristãos tinham-no como uma espécie de santo. saltemos para o que aponta o objetivo dos meus dizeres. monarca! o que é isso? é difícil responder, mas vou tentar. qualquer grupo animal organiza-se de modo a apontar para um chefe. um chefe forte. no passado era assim. forte no sentido físico do termo. hoje, forte quer dizer poder psicológico, económico, organizacional, afetivo, etc. não passaria pela cabeça dos antigos monárquicos peninsulares que no século XXI um rei casasse com uma plebeia que já tinha provado os prazeres sexuais da carne sobreaquecida . isto é, já tinha casado com um reles plebeu. daqui a uns anos, havemos de assistir - a um monarca que não podendo ter filhos da mulher ou uma monarca na mesma situação -  perfilhar criança para a depois a obrigar a reinar. não pode? oh estúpidos, então o casamento entre seres do mesmo sexo já está aí e em força. deixem-se de coisas e encarem o futuro como ele nos está a ensinar através de sinais. mas então teremos que chupar com um poder que passe de pais para filhos ? tudo passa de pais para filhos. heranças do tipo material, cultural, intelectual, etc. o poder político é diferente! todos dizem que sim. até que qualquer um pode vir a ser presidente. e rei, digo eu. é só olhar a história. na nossa que me lembre sancho II, dona beatriz filha de dom fernado nem sequer aqueceu o rabinho (tinha 14 anos) na cadeira da saleta real, dom henrique I bispo-cardeal, dom antónio I (o prior do crato), afonso VI que perdeu o trono e cedeu a mulher ao irmão... reis há muitos e podem ser substituídos como fraldas. o que está em causa é que rei ou rainha não se devem meter na porca da política. votar um presidente com meia dúzia de votos e que representa uma ou duas forças partidárias com bancos envolvidos e que apoiem políticas antipopulares não é a mesma coisa que termos uma pessoa preparada para não ser porca. ah, e de pais para filhos é o que não falta por aí. há famílias que já vão em três gerações a mamar do estado mordomias e reinarias e todos republicanos. até na américa toda democrática e republicana os caras-de-cu dos bush passam o poder de pais para filhos. é diferente! é diferente sim, aí o dinheiro substitui o fator hereditário. tudo é substituível. a questão que coloco é a seguinte: não chamemos à colação a questão de papai passar a coroa para o filhinho que até pode ser tolinho. eh bananas!, os tolinhos reais podem ser substituídos só não se pode substituir - nas repúblicas - aleijados mentais senão depois de 5 anos e em certos casos chupamos com eles 10 anos. a nossa estrutura animal não é para ser posta em eleição e palestras mais ilustradas. há coisas que estão aquém da diferença entre a república e a monarquia: o afeto, o amor, a entrega, a identidade de alma e não de cor, o destino, o choro, a nossa saudade, a palavra dada que não muda por ser politicamente incorreta. um rei ou rainha que faça a ligação entre si e o povo sem isolar-se nos palácios hoje ocupados por falsos reis  ou usurpadores é do que precisamos. os que encontramos por aí  estão feitos com jogadas tipo golpaças palacianas tão ao gosto dos partidos. fora com os partidos da nossa vida nacional. quero dizer, afastá-los do que é ser essencial à vivência nacional. que vivam pois têm esse direito e até são necessários. mas ao largo. quanto mais ao largo melhor. porquê? por causa do cheiro!mmbnb: penso que corrigi este texto de algumas irregularidades , pois eu escrevo tipo jato em forma de chichi de vaca.


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