sexta-feira, 29 de agosto de 2014

o cisma socialista e o crescer dos pequenos partidos

não  se sabe bem onde foi buscar o  partido socialista este modelo de atuação que o expõe a uma bifurcação interna. melhor dizendo, o ps colocou no eleitorado geral a possibilidade de refletir a vida partidária. o ps hoje é um ps-costa e um ps-seguro. uma espécie de ps-bom e um ps-mau. depois das primárias havemos de os classificar assim conforme o resultado das eleições legislativas que seguirão. já houve em tempos um certo ameaço de fragmentação. porém, na altura não teve padrinho que se ajeitasse porque o nascituro não chegou a pedir lume para o cigarro. este enfraquecimento é visível no ps. não fora as brigas dos intérpretes das figuras que se propõem ser futuros primeiros-ministros e só haveria a sensação de que ps e psd estariam empatados ou muito próximos e que tanto um como o outro necessitariam entender-se em nome da salvação nacional para continuar a dar vida a este regime de onde já se avistam ao seu redor as "lucília sericata" .  o eleitorado começa a fartar-se. sabe - por tradição religiosa que se se desviar para a esquerda clássica do tipo operária- working class a coisa dará para o torto. o comunismo ainda é "mal visto". num país de muitos milhões de operários e camponeses, o pcp não arranca para além da sua margem quase fixa da fatia do eleitorado. operários e camponeses são a virose dos comunistas portugueses. o eleitorado entre o estar atento e estar no petisco ou na praia deduz que afinal ninguém presta na política. os seus agentes são mentirosos e estão envolvidos em escândalos. mais, gradas figuras do estado proferem mentiras vergonhosas e enganadoras. foi o que aconteceu com o escândalo da banca que tanto o presidente da república quanto o primeiro ministro afirmaram aos microfones que a banca era segura... os escolhidos para gerir a crise até falaram numa almofada que tapararia a falta do dinheiro que se esfumara. no dia seguinte e depois de muitos terem ido investir mais uns patacos foi o que se viu. golpaça. deviam ter estado calados. e agora em quem confiar? é aqui que voltam à ribalta os pequenos partidos. é preciso dizer-se que o bloco de esquerda tem aproveitado muito bem para intervir neste descalabro semi-abafado dos dinheiros públicos. catarina martins e joão semedo ganharam o respeito que parecia ter perdido o be. são uma espécie de santidades deslocadas da fogueira de interesses em que se transformou a praça político-bolsa. o livre não teve sorte de aparecer mais vezes, mas há que contar com ele nos grandes centros populacionais onde uma certa pequena burguesia toma lugar e existe. o bloco vai entrar e bem na cabeça dos descontentes das personalidades. o partido/marinho-pinto ganhou o espaço de todos os que gostam dos espalha-brasas. é que através deles também se julgam os maus. o cds é hoje um mal necessário. o cds é um paulo portas a quem entregaram um cofre com as cinzas do passado. é a tradição, o medo e o fado. mas conta, lá isso conta. digamos que o psd e o seu chefe conhecem a pequenez do povo. isto é, a sua falta de memória. no nosso caso pesa muito uma cultura de adro e púlpito. é um refúgio. nada a condenar. s´a lamentar. quando chegarmos próximo das eleições havemos de vê-los - os social-democratas - a atirarem pão de ló ao tolecos recheados de mentirada esquentada. eh pá, é o que o eleitorado costuma gostar de chupar! nada a reclamar. o poveco é tão engraçado. ora, resta-nos nesta análise tipo adse-urina-paga-menos um último esgar comentaroso: o ps vai aprender que é preciso dizer que socialismo só há um. é aquele que vive para o povo e mais nenhum!
mmb
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