sexta-feira, 25 de julho de 2014

eu fui preso, tu também irás. mas eu não cometi crime nenhum. isso é o que se vai ver...


- fui convidado para ministro.
- que disparate! nem pense!
(pouco tempo depois)
- olhe, pensei melhor, aceite, pois pode trazer alguma utilidade.
- então vou responder ao primeiro-ministro que aceito.
garanto que este telefonema foi escutado e guardado para mais tarde ser usado se tal fosse necessário. este fato deu-se há uns bons 4 anos. o convite foi feito por um primeiro-ministro a uma personalidade do meio académico. vejamos o significado político desta "encomenda". quem fala assim não é gago, é banqueiro. banqueiros há muitos. ministros há muitos. depois de contabilizarmos quantos ministros, secretários de estado e outros "altos funcionários" obedecem aos banqueiros ficamos com uma pequena ideia de como o estado português foi transformado num balcão de uma instituição bancária. para os meus dois leitores ficarem  por dentro do "nêgócio" será bom que recordem um pouco de história. uma das nossas rainhas precisando de fundos para custear despesa da coroa recorreu aos bons ofícios de um banqueiro judeu. o banqueiro judeu emprestou o dinheiro necessário tendo obtido como fiança as jóias da sereníssima majestade. mais tarde, o ditador salazar - dono e senhor de portugal - não dispensava os banqueiros - não podia. o avô de ricardo espírito santo salgado almoçava todas as semanas com ele. isto é, nos dias de ontem e de hoje, nenhum país prescinde da intervenção da banca e dos banqueiros. o estado precisa de dinheiro para as obras públicas. a quem recorre? ao banqueiro, claro está. salazar oferecia monopólios como garantia de empréstimos a quem lhe estendia a mão com dinheiro. a velha rainha era mais séria pois dava como fiança as suas jóias. salazar oferecia o suor do povo. por exemplo, o eng. sócrates queria construir um novo aeroporto. a quem recorreu ou pensou recorrer? ao banqueiro! e este? que sim, que o negócio interessava. por exemplo (outro de muitos) , o durão barroso depois de ser despedido de ministro dos estrangeiros por via da derrota nas urnas aonde foi pedir esmola? acabou por  fingir que trabalhava como consultor (?) para um banqueiro. de ministro a lacaio foi o tempo de criar uma remela. para não levar a coisa muito longa o melhor é dizer que a banca toma conta do estado com a cumplicidade dos políticos-lacaios e do povo. sim do povo! do pelintra ao burguês estamos nas mãos da banca. o pelintra compra carro, casa e bidé pedindo pelas alminhas à banca para lhe adiantar o cacau. são estas despesas higiénicas a quem alguns sacanas acusam de permitir uma vida  acima das suas possibilidades. e o burguês? também pede. pede mais que o pelintra, pois até pede emprestado para comprar brilhantes para a amante. e porque não? burguês também tem direitos. tudo vai ter à banca! na casa de meus pais - e nós pertencíamos a uma classe média alta pois tínhamos direito a cinco refeições diárias: pequeno-almoço, almoço, lanche (para não ficarmos em fraqueza), jantar e ceia - ouvi muitas vezes meu pai dizer que na nossa mesa havia uma cadeira-vazia-comilona que pertencia ao banco. só anos depois - devido à minha estupidez - é que percebi que ele se estava a referir aos juros que pagava à banca. porra! era mesmo assim. ora de tudo isto meus queridos e pacientes leitores fica muito mais a dizer. por exemplo, quem julgam os senhores que financia os partidos? claro que são os banqueiros e os empresários à banca ligados. para perceberem isto eu teria de os mandar ler os processos que já são públicos. alguns empresários e banqueiros vêm entregando dinheiro em sacas para os partidos tendo como objetivo contrapartidas que se materializam em futuros concursos que armadilham o estado em quantias impensáveis e que acabaram por empobrecer a população. prender o dr ricardo salgado foi um ato suicida... já explico. já imaginaram o que o homem sabe das relações entre bancos e políticos? os negócios sujos e criminosos que envolveram o estado e que o levaram quase à bancarrota? até agora vieram a público dezenas de grados nomes. e os outros? e os cúmplices desta grande e histórica teia? será que o estado está  à beira de dissolução pois está todo minado? saímos de uma ditadura confessional que moralizava o roubo perante a população e saltámos  de cabeça para uma ditadura da banca que se organizou como um polvo - os tentáculos são ministros, secretários de estado, deputados e outros clientes da mesma área - insaciável. a banca e os políticos secaram a nação. a verdade também deve ser dita: não se pode prender essa cambada toda pois portugal poderia implodir. vão sendo presos aos bochechos porque ainda existe uma consciência judicial. só que esta tem de ter em conta o interesse nacional. infelizmente este permite pensarmos no exemplo do que foi a vitória de pirro. prender todos os suspeitos e arguidos era destruir o país. vamos com calma. termino já, pois só tenho mais um minuto de tempo de antena. só um povo interventor e interessado iria moralizar e travar um pouco os monstruosos lucros de quem domina tudo em nome de uma democracia que está ao serviço da banca.  esta democracia está ao serviço da banca e tem como lacaios os políticos que se dizem defensores dos interesses de quem neles confiou.
mmb
ps: a minha avó costumava dizer: "meu neto, onde há dinheiro há ladrão." oh, minha avó, e então os políticos e os banqueiros? é que para ela o salazar era "um santo querido da minha alma." outros tempos e outra maneira de chamar os bois pelo nome. uma coisa eu sei que vai acontecer: as cadeias vão tornar-se em estabelecimentos mais habitáveis e até certo ponto luxuosos. nova clientela prepara-se para lá ir cumprir o serviço militar obrigatório, perdão o serviço prisional obrigatório. ri-te, ri-te! aqueles que fogem ao fisco-irs por exemplo, aqueles que pagam serviços sem fatura, aqueles que não pagam  os novos impostos criados pelos democratas e etc que vou acabar com esta história que se passou em itália. a sofia loren uma grande atriz mamalhuda "esqueceu-se" de pagar os seus impostos. conclusão: esteve presa durante 30 dias numa vulgar prisão romana. ela era considerado uma verdadeira deusa nacional e um símbolo pátrio italiano. meus meninos, não se esqueçam que há por aí muitos carlos alexandre à espreita. vão por mim, tenham à mão o estojo para a barba, pasta de dentes e escova. se for mulher, convém ter sempre consigo o penso higiénico à mão. tenho experiência, pois já estive dentro. não gostei, mas a gente habitua-se. oh se se habitua!

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