terça-feira, 15 de julho de 2014

banco espírito santo cai numa armadilha criada em áfrica e com ramificações em portugal

a ingenuidade e a ganância dos administradores agora caídos em desgraça está na base do grande golpe que o bes foi vítima. vejamos os passos do "assalto": o dinheiro - primeira tranche de 3.000 milhões - sai para uma espécie de filial do bes em angola que a canaliza em empréstimo de imediato para uma "certa conta". este dinheiro volta a portugal e é investido por gente de primeiras páginas na compra de grandes empresas. os jornais afetos a essas empresas publicam loas a este tipo de negócio. e quando certos dinheiros em movimentos escusos são "apanhados" numa de pagamentos a "estranhos" gestores a justiça entra em ação. durou pouco tempo a investigação. pouco tempo  depois tudo volta ao "normal". quem se apropriou dos três mil milhões voltou à carga e "recebeu" mais quase outro tanto. este capital voltou pelo mesmo circuito para lisboa para novas compras. esse montante desapareceu por conveniência para quem se serviu deles. na bolsa houve vendas e compras e muitos movimentos. vamos por partes, como é que um banco como o bes caiu nesse engodo? é simples, alguém de peso oficial em angola garantiu o pagamento integral dos empréstimos. como? lançando mão ao petróleo como garantia. os líderes bancários - chamemos-lhes assim - não hesitaram em autorizar o empréstimo. até, segundo consta, havia mais uma terceira tranche a realizar. por acaso a questão do petróleo salta para os corredores da política (adversária... não  explicarei)  e fica-se a saber que o petróleo angolano está nas mãos de chineses e russos por uns bons 15 anos. mais, que não servia de garantia ao banco português nos mesmos próximos 15 anos. pânico! a família que umas vezes é banco outras empresas precisa de dinheiro para as aflições surgidas com a razia do capital que lhe rapinaram e que está em vias de o ver por um canudo, recorre à pt (onde tem lá antigos lacaios) e saca 900 milhões para desafogo (trata-se de um pedido de empréstimo - à la  calote - mas para pagar mais tarde, pois a família é gente séria) . é uma espécie de prolongar a agonia. quando lhes começa a faltar  o ar, tomam conhecimento de que quem pediu o dinheiro emprestado para angola e que dava como garantia o petróleo sabia muito bem que não poderia utilizá-lo como garantia tão cedo. vingança do tempo colonial...  mas, como caíram como patinhos os responsáveis pelo banco? aqui entrou a diplomacia. uma diplomacia traficante e percentual, quase oficial - tipo paralela. esta parte será entregue aos investigadores oficiais a indicar pela justiça portuguesa na base de um inquérito, isto se  não houver outro meio... até lá há que corrigir erros e tentar equilibrar o "comércio" entre o estado angolano e o estado português para evitar maiores prejuízos. só que ninguém acredita que o governo angolano vá permitir uma investigação que talvez lhe bata à porta. hoje, foi dito oficialmente na tvi 24 que o regime de angola era o mais corrupto de áfrica. e também foi dito que a própria comunicação social portuguesa omitia este fato. bem, mais um banco que estoira e mais uns euros a serem espremidos aos pacóvios dos portugueses para a desbunda da canalhagem. eh pá, tanta mentira que me contaram que não resisti em repeti-la também. e foi assim  que acrescentei mais um ponto ao conto.
mmb

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