terça-feira, 12 de novembro de 2013

já é tarde para as forças armadas actuarem:


percebe-se agora melhor a "descolonização" começada por dom pedro IV depois de "olhar" para a que foi feita na década de setenta do século passado. ainda há muita gente viva que pode falar acerca desta última por ter actuado em  muitos palcos africanos. quer numa quer noutra foi essencial a participação das forças armadas. por exemplo, dom pedro reorganiza parte do exército para combater uma outra parte deste a quem por economia de palavras chamaremos de situacionista, a fim de acabar com o domínio português na américa do sul. dom pedro retorna ao país com armas, bastardos, bagagens e homens armados à custa de ajudas financeiras de muitos mercadores a quem mais tarde "tornou" nobres pelo pataco investido naquilo que se chamou exército libertador. chefiava o contraponto dom miguel. a história conta que ganhou a guerra o liberal e libertador dom pedro. até hoje ninguém explicou com evidência o que é que ele libertou, dado que nos entregou aos ingleses tornando-nos uma espécie de lacaios assalariados. mais recentemente a descolonização das possessões africanas precisaram da actuação do exército para terminar com os custos da  exploração daqueles territórios. neste intervalo de tempo o liberalismo lusitano (?) deu origem ao fim da monarquia e ao surgimento da república a qual pôs o exército a trabalhar (1915) fora do país onde levou uma sova mortífera por falta de preparação e treino. aquando da descolonização dos territórios de áfrica não havia uma cabeça a chefiá-la mas várias o que fez com que a ordem e a disciplina levassem muito tempo para se impor. as forças armadas terminaram com a guerra sem pedir licença aos políticos. não havendo solução política por parte do governo fascista só restava uma solução: retirar de mãos a abanar. isto deveu-se à falta de um chefe militar carismático que encarnasse o espírito de um portugal imperial e multirracial que julgávamos ser e que impedisse a fuga desastrosa de quase meio milhão de portugueses. numa forma tosca teríamos uma imitação de dom miguel num spínola e no de dom pedro IV um  francisco costa gomes como chefes militares. tanto dom miguel quanto dom pedro eram carismáticos e isso levou-nos à guerra civil. os referidos militares não o sendo não passaram de um amanho positivo que não gerou clima de guerra mas sim de desentendimento social. a verdade é que os políticos ajudados pelo capitalismo financeiro aprenderam a lição e acabaram por descaracterizar as forças amadas reduzindo-as a um punhado de altas patentes de quem nada sabemos. são desconhecidos do povo. não falam, não se comprometem para não serem reduzidos à reserva compulsiva. são vistos em paradas e pouco mais. em vez de suspeitas e perigosas forças armadas os civilistas criaram forças policiais especiais que estão sob o seu exclusivo comando. atiram contra a cara do cidadão o facto de ser preciso cumprir a lei quando o poveco se manifesta. é o estado confessional no seu melhor. depois é a vigilância secreta para prevenir futuros golpes com muitos civis à mistura já de que militares estamos falados. é preciso que saibamos que para se impor os cortes e os assaltos aos bens dos portugueses nada como um contingente policial em permanente prevenção. não será exagero dizer-se que com a redução dos vencimentos e das pensões de reforma tanto do sector público quanto  do privado muita propriedade passará para as mãos dos bancos. muitos portugueses - mesmo depois de espoliados - ainda ficarão com compromissos financeiros incomportáveis. os negócios passarão para outras mãos levando a que muitos empresários entrem em falência num ritmo maior do que tem acontecido até agora. por que se pediria às forças armadas para agirem no sentido de avançar e prender os responsáveis políticos como aconteceu em 1974? por três coisas de máxima importância: o não cumprimento da lei fundamental; a desconexão entre a população e o executivo; e a destruição do estado português através da privatização de sectores chave do estado num faseamento escamoteado. o não cumprimento da constituição está plasmado na posição dos juízes do tribunal constitucional. a desconexão entre povo e governo está comprovado pelo perigo que corre qualquer dos seus membros quando descoberto por populares na via pública. existem videos que confirmam o que aqui se afirma. é por isso que se passeiam rodeados de guarda-costas quais cosa nostra. com os despedimentos e a redução das repartições do estado orientando-os para associações do foro particular como - entre muitas - os ctt, os hospitais, as escolas fecha-se o ciclo. quanto à segurança social, com o corte sistemático e descontrolado por vezes, o que permite reflectir-se no empobrecimento dos beneficiários, é mais do que previsível a sua desarticulação e desvio para regimes do tipo americano. nada se pode provar. o que existe são indícios. tratando-se do tipo de gente que assaltou o estado, não será difícil adivinhar o futuro. é o destino? não! estivemos ao longo da nossa história próximo do precipício e sempre demos a volta. esperemos que a próxima volta não seja ao bilhar grande...
mmb

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