sexta-feira, 22 de março de 2013

a europa branca e a europa mestiça do tipo tição

a inglaterra - para alguns patetas nacionais - é tida como nossa aliada. não vou explicar esta vigarice histórica  à plebe ignara que habita este pedaço de paraíso da europa. não há pachorra. também não vou explicar isso de portugal ser um paraíso. puxem pela cabeça - como dizia a mestra das primeiras letras a quem estava p´ra burro - e abram bem esses olhos. não podemos fugir à ideia - até ver - de que um estado  pode deixar de ser constituído pelas componentes política e  religiosa. estas  intervêm na sua formatação. à partida ficarei assente na teoria de que estas duas actividades (bastante proveitosas para certas elites) existem na proporção directa da ignorância das massas. é uma sina? pode ser. isto é, à falta de melhor e científica resposta fiquemos pela sina fatalista. devemos ao estado novo salazarista e à igreja católica a caracterização de um nacionalismo que nos manteve como estado independente (o mais possível, está claro) durante uma boas décadas. inimigos não lhe faltaram dado que esse nacionalismo dependia de um regime ditatorial. ferido de morte pelo golpe pacifista do 25 de abril (não deu lugar a guerra civil) o estado novo deu origem a uma democracia não sem antes ter experimentado uma espécie de vacinação das teses marxistas. democratas? - na altura  não os havia por falta de prática. não passavam de estagiários. criou-se um estado democrático cheio de lugares vazios mais tarde ocupados pelo que havia de prata da casa que de prata nada tinham. o dinheiro do estado que estava bem guardado pelos amigos da ditadura passou a circular alarvemente por todas as mãos. e como dizia a minha avó: meu neto, onde há dinheiro há ladrão. o dinheiro à solta fez surgir o ladrão que nós todos ocultamos (excepções estão nos hospícios). ladrão é aquele que põe o seu semelhante a trabalhar não pagando o justo preço. ladrão é todo aquele que vai ter com o contabilista para poder pagar menos ao fisco através de espertezas, ladrão é todo aquele que faz negócios em nome do estado e que usufrui de benesses ilegais, ladrão é todo aquele que põe dinheiro em paraísos fiscais para fugir aos compromissos de cidadania, ladrão é todo o cúmplice que não denuncia os assaltos a que está sujeito o erário público, tanto ladrão é o que assalta como aquele que desvia. eh pá, é também aquele que beneficia um amigo ou parente  num  concurso prejudicando os outros concorrentes, ladrão é todo aquele que contamina o espaço ambiental onde vive levando à morte e destruição da fauna e flora animal, ladrão é o que vende  acções para a vida eterna na companhia dos deuses e dos santinhos. ladrão é o que tira  proveito  do seu estatuto profissional para si ou para a amante, mulher, filhos e sogra sem justificação. ladrão é o que vende a pátria que não lhe pertence. ora, o que tem o tratado de amizade entre portugal e inglaterra a ver com isto quando  comecei esta lenga-lenga? é simples! à inglaterra estar dentro da união europeia até era lucrativo pois podia alongar as suas feitorias sem pagar impostos das suas exportações. quanto a integrar o sistema monetário europeu, a inglaterra aplicou um grande manguito, pois sabia que a questão implicava um reforço da frança e da alemanha na europa ocidental e submissão dos povos acastanhados do sul. isto é, aqueles dois países iriam dominar o sul da europa escura e latina. como aliada de portugal cabia à inglaterra prevenir os portugueses para o desastre que era o facto de ser impossível  poder inflacionar a sua moeda a fim de tornar a sua economia mais competitiva. a inglaterra esteve-se sempre marimbando na amizade entre os dois países. fomos metidos na união monetária pela traição inglesa e pela supina ignorância de mário soares e de sá carneiro. verdadeiros bananas económicos. lembro-me de um frente-a-frente entre carlos carvalhas do pcp e soares. mário soares já tinha sido primeiro-ministro e meteu água acerca do sistema monetário europeu. carvalhas corrigiu-o várias vezes. como era tal possível? devido à ignorância de todos nós acerca do que daí vinha. nem vale a pena falar de cavaco silva que é um doutorado inglês com equivalência dada por uma universidade privada portuguesa. de economia ninguém sabe muito. é um ver se te amanhas. não me desmintam, pois com tanto economista e financeiro por tudo que é secretaria de estado era para estarmos numa boa. não, não estamos. segundo nos informam, estamos falidos e à mercê de terceiros. a nossa aliada nem para a cama quer ir connosco, a grande ordinária, perdão a grande puta. a inglaterra fica de fora do descalabro económico. que raio de aliada. o que teria passado pela cabeça dos ignorantes que tomaram de assalto o poder estatal quando se entregaram à europa comunitária sem qualquer contrapartida, a não ser dinheiro emprestado para se pagar mais tarde e com juros incomportáveis?... não sei o que se passou pela cabeça dos nossos políticos em querer equiparar-se aos brancos do norte da europa. as "civilizações" anglo-saxónica, germânica e gaulesa nada têm a ver connosco. sempre nos utilizaram (eh pá, leiam a história) ou nos invadiram para nos roubar e espoliar. quem nos entregou e vendeu foi a "elite" nacional, a mesma que descende dos que entregaram no passado o país à espanha. o mínimo que deles se pode dizer é que se trata de traidores. é correr com eles antes que eles nos ponham de cu para o ar.
manuelmelobento
ps: no princípio da criação do sistema monetário europeu a alemanha  perdeu ao ponto de fragilizar o marco (para se poder unificar). com esta conversão a  frança respirou fundo ao evitar estar sempre a desvalorizar a sua moeda face ao marco. tudo estaria centralizado num banco (bce). acontece que quem manda agora no banco central é a alemanha. esta não gosta de desvalorizar a moeda europeia. porquê? para que as economias dos trigueiros do sul não levantem a cabeça! até parece que o euro é o marco travestido. só mesmo um idiota como eu poderia dizer tal barbaridade. a alemanha tem o seu euro-marco e a frança a bomba atómica de curto alcance. eis o equilíbrio europeu. ah, porra, deixem-nos trabalhar, perdão, deixem-nos descansar e acabo já à luíz pacheco. que mensagem aos nossos políticos, meu caro luíz? "puta que os pariu". se não fosse o professor joão pedro george nem a herança do pachecal por cá ficava para gaúdio da maralha ledora praiense (das praias)

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