sábado, 16 de março de 2013

a cultura do engenheiro que tem um jornal para brincar e que lhe custa 3 milhões por ano



o eng. belmiro deu uma longa entrevista ao seu próprio jornal. jornal que compro às sextas, sábados e domingos por causa, exclusivamente,  das crónicas do prof. vaco pulido valente. quando muda pulido valente de jornal, mudo eu também. o engenheiro é falho de cultura. claro que na área da sua actividade dá cartas no mundo.  tive de ler a entrevista, não só porque o jornal já estava pago mas também para ver se apanhava alguma pista que me permitisse enriquecer. o engenheiro retira do seu bolso 3 milhões de euros por ano para cobrir o prejuízo daquele seu  brinquedo-passatempo (?). na conversa com o pacífico jornalista da casa que lhe fez o frete relatou a sua epopeia e debateu-se com pormenores. diz ele, às tantas, que é muito poupado. usa um par de sapatos mais velho do que o meu carro que já tinha idade para a reforma não fosse a maldita troika. para quem é tão somítico, gastar 3 milhões num dos muitos mérdia que por aí pululam só para ter aquele gosto (?) é de precisar de revisão. não vou falar do vencimento liofilizado que ele paga aos seus trabalhadores nas suas empresas, porque isso levar-me-ia mais longe do que pretendo. claro, que se o engenheiro me tivesse devolvido o dinheiro que me custou o jornal eu não me dignaria a criticá-lo neste meu espaço livre  eisnteiniano. o engenheiro é um craque nacional como tantos outros que compram por um e depois vendem por cem. depois? enriquecem, como é óbvio. se a fortuna passa despercebida e não faz mossa na inveja caseira a coisa corre bem para todos. porém, quando ela atinge foros de tio patinhas, os inimigos são tantos que é preciso um enorme preservativo a fim de escapar à destruição a que estão sujeitos todos os ingénuos noveis capitalistas. eu disse que ele não era homem de cultura, mas não disse que ele não era esperto. não pode ser culto porque não tem tempo e trabalha 12 horas por dia. juntando as 7 horas de sono somamos 19. ficam 5 para as refeições, fazer a barba e outras actividades localizadas no mesmo espaço, transportes, rezas e afins também são de juntar à lista. bem, o engenheiro mal tem tempo para se coçar ou deixar-se coçar. portanto, a sua "cultura" é mais à vitor gaspar mas de sinal rigoroso. contas e muitas contas. dentro delas as contas contra os inimigos políticos. ora, toda a gente sabe (até as autoridades policiais) que as grandes empresas têm de entrar com algum para os partidos da corja rotativa para sobreviver neste estado fascista-estalinista (mais tarde explicarei). lembram-se daquele deputado que foi apanhado com uma mala cheia de coca, perdão cacau-pilim que era para levar para o seu partido? ah, prescreveu!). o engenheiro por ser um esganado por dinheiro não gosta de abrir a bolsa aos chulos do pós-25 de abril. faz bem! manda-os trabalhar como ele. ora, os rotativos não gostam de trabalhar. e isso irrita o engenheiro. como fugir a estes gangues do terreiro do paço sem que eles  destruam a minha obra? vai daí, o senhor do norte consulta uma espécie de maya da secção dos cambalachos para organizar a sua estratégia com o fito de sobreviver. e que lhe disse a bruxa, depois de ele ter entrado com a cota para a bola de cristal? senhor engenheiro, se o senhor se quiser manter incólume no mundo dos negócios só tem dois caminhos: ou paga aos estadistas ou compra um jornal. para quê um jornal? e que raio de conselho! oh, senhor engenheiro! para o "estado" não o reduzir a uma peça de caça da asae e afins, o senhor tem de entrar para aí com uns 12 milhões/ano. se criar um jornal, isso custar-lhe-á apenas 3 milhões/ano. e porquê, um jornal? porque é a maior arma de defesa contra a corja. basta apenas uma página maldosa e lá vai ministro acrescido com a espectativa de o procurador da república avançar com a abertura de um inquérito, e a coisa pode acabar em tribunal. bem! bem! estamos em portugal! mas espere lá...  não foi o paulo portas que correu com o macedo que era ministro das finanças do cavaco por ele mentido e ter assinado documentos para mamar como se fosse um jovem agricultor e bater-se a um subsídio da comunidade? meteu-o ao bolso. tá a ver? mas isso não dá em nada. ó senhora bruxa, eles recorrem e recorrem e nunca mais... ó senhor engenheiro, o senhor está a ser estúpido! não vê que eles não vão dentro, mas são corridos do governo. ó sua estúpida, o relvas está de pedra e cal! ó estúpido, o relvas só cumpriu a lei esquecendo a parte  ética da questão! se ele tivesse sido apanhado em golpes de dinheiro ou branqueamento de capitais já não era ministro. oportunismo e falta de ética não é crime, senhor engenheiro! lá nisso você não é estúpida. quer dizer que me vou transformar num intelectual. a bruxa começou a rir perdida de perfume de sabonete ach. brito. quer ouvir mais um conselho? quero sim. então, passe para cá duas de 50 (notas). ena tanto! mas vá lá. tome-as. nunca publique nada  contra o governo - disse a medium. faça saber que tem uma bomba atómica para no caso de lhe quererem apertar os tomates. é só o que é preciso. já viu o poder que tem o dr balsemão? bem, adeus. olhe, saiba que gostei muito dos seus ditos. ora tome lá mais esta de 50 cêntimos. porra, senhor engenheiro, o senhor julga que eu sou um dos seus colaboradores? meta-os no esfíngter, perdão no cu! já agora, aumente o ordenado ao seu filho e sucessor, parece que o que ganha consigo  faz-lhe andar sempre com apetite. está tão chupado de cara, o rapaz. adeus, boa bruxa. e foi fingindo que não ouvira o apelo da cartomante que o engenheiro se escapuliu para telefonar ao vicente...
manuelmelobento
jornalista/independente c.p.2754
ps: o crónista vasco pulido valente escreveu sobre o senhor sonae. foi das poucas vezes (talvez a única) que só palavras maviosas saíram da sua pena na costumada e muito apreciada última página do público, propriedade do senhor engenhocas.

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