segunda-feira, 11 de junho de 2018

O "10 de Junho" em São Miguel com pouca festa e muita marcha

Que as Forças Armadas precisam de recuperar o antigo prestígio, nada mais correto tendo em conta o envolvimento de muitos responsáveis da democracia portuguesa nos negócios do Estado que desprestigiam a Nação e que estão sob a mira da Justiça. Porque os políticos honestos não conseguem reformar o Estado por via dos escabrosos compromissos partidários, é hora de termos uma instituição centenariamente credível (quase milenária) a quem recorrer física e psicologicamente. Que serviço  prestaram as Forças Armadas (e bem apetrechadas) ontem em Ponta Delgada? Numa época de Paz e Turismo, paradas militares à Kim Jong-un? Não faz sentido. "Nós escolhemos a Paz e não a Força", disse Marcelo, o Presidente beijoqueiro rodeado de fardas em marcha machista, cruzadores, contratorpedeiros, couraçados, aviões da Força Aérea (*). As Forças Armadas são mais úteis no território continental. É no Terreiro do Paço que elas deviam desfilar e onde "Os Comandos" mais outras forças especiais de respeito deviam dar os seus tenebrosos urros patrióticos. Porque é aqui, no continente que o País terá de enfrentar os inimigos internos de Portugal que o estão entregando aos poucos ao capital estrangeiro através  de uma sangria incontrolável da riqueza criada por todos. É aqui, no território europeu, que as Forças Armadas devem permanecer no seu todo. Bastava uma Banda de Música Militar bem composta, abraços, beijos marcelistas e muito fogo de artifício para que os micaelenses fiquem bastante satisfeitos e mornaçosos. Com tantos contingentes militares há que dar uma explicação política, até porque se sabe que existem independentistas nos Açores, mormente em São Miguel, o que seria tomado como caricato  aviso de força. Para os micaelenses, empregados e/ou subsidiados e de barriga cheia, bastam dez Guardas Republicanos em estádio de pré-reforma para os conter de qualquer tipo de espirro. Os verdadeiros separatistas partiram, há que tempos, para as terras do Tio Sam. Alguns ainda vivos outros nem tanto. E onde vivem esses separatistas na América? Em New Bedford, Fall River e arredores!  Porque, então, em Providence (longe como o raio dos aglomerados suspeitos açorianos)  foi o governo de políticos (já sem as Forças Armadas para os enfeitar e fortalecer-lhes o respeito perdido por outros) botar faladura de saudade e outras lamechices com que insistem em unir os portugueses e seus descendentes? Receio de que lhes borrassem a pintura? Creio que sim! Com certeza, que com estes dois cenários muito bem controlados  tudo iria correr pelo melhor.  Até porque foi criado no Estado de Massachusetts o famoso "Comité 75" pró-separatista onde estão incluídas as cidades de New Bedford e Fall River e outras inclinações. Providence, onde os políticos portugueses foram em embaixada da ex-Raça e de boa vontade, pertence a outro Estado, o de Rhode Island. A percentagem dos portugueses e seus descendentes é aqui muito baixa. Compreende-se os pruridos dos altos dirigentes. Enfrentar os problemas? Nada disso! Controlá-los isso sim. Ou OK como lá se diz. Dos Estados Unidos chegam-nos imagens de Marcelo, beijos e selfies. Foi muito diferente da austeridade com que percorreu as antigas vias de Ponta Delgada. Muito à antiga, contraído em pé num aberto gipe militar, nada de selfies; momento  sério demais para esses devaneios. Pelo contrário, o momento deve ser de alegria e descontração para nos unir e não nos pôr em sentido. A CIA deu um jeitinho? Ela mete-se em tudo...

(*) - Não me apercebi da presença dos submarinos que foram comprados na Alemanha.

PS: Por favor não provoquem o Mr. Trump. É que com a guerra comercial que se adivinha entre a União Europeia e a América ele é capaz de se "meter" nos Açores.


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