sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

por uma independência económica já! não existe economia social nos açores?

a questão que foi levantada pela possível concorrência que irá sofrer a transportadora aérea regional (?) sata leva-me  a proferir considerações de ordem pessoal. não sou nenhum canino com marca de coleira no pescoço e não represento ninguém. a sata ao longo dos anos não praticou preços que estivessem ao alcance das camadas sociais desprotegidas da agora dita região autónoma dos açores. fato? sim! quem não estiver de acordo acaba aqui a leitura. isto porque os conceitos que teríamos não estariam emparelhados e perder tempo é coisa que não faço a não ser em determinadas ocasiões libidinosas. dirão, mas houve ou não melhoria do nível de vida das classes populares? obtiveram casa e emprego? ah, e carro? com certeza! ganharam casa e emprego à custa de chantagem política dos respetivos governos (?) regionais face ao perigo separatista. como? levaram a que 70% da população se transformasse em funcionalismo público. calma! muita calma! olhem para dentro das vossas casas (açorianos de são miguel. não falo das outras ilhas por desconhecimento). o que se observa? existem lares em que marido, mulher e filhos são funcionários do estado. perdão, alguns são funcionários públicos por tabela. é que onde prestam serviço cabe ao estado cobrir os passivos. a sata, por exemplo, tem 1.200 funcionários. a sata não é uma empresa privada também não é pertença do estado dado ter associados/acionistas... os seus executivos são nomeados pelo governo regional. ora, sabemos que os governos dos açores são sucursais de partidos políticos portugueses. exemplos: os governos de mota amaral-psd e os governos de carlos césar e vasco cordeiro-ps. não foram nem são governos livres. dependem dos seus patronos. são eleitos pelo povo açoriano de fato, mas são uma fraude política. custa dizê-lo. porém, não passam de governos ámen. não têm outra saída. os nossos interesses são negociados pelos portugueses do continente que abocanharam o poder. um poder corrupto como os tribunais agora denunciaram. alturas houve em que os vencimentos dos empregados do comércio tradicional eram pagos pelo fundo do desemprego que era sustentado pelo erário público português. agora, creio que devem ter inventado novos modelos que permitem travar o desemprego na ilha de são miguel. é que desempregados, os micaelenses são um perigo por causa das perturbações sociais. empresas regionalizadas (nacionalizadas melhor dizendo) falsamente denominadas privadas aguentaram e sustentaram  durante anos milhares de famílias micaelenses. milhares de micaelenses viviam paralelamente emparelhados com os subsídios de desemprego, rendimentos mínimos, etc. não vale a pena discutir o assunto pois os números oficiais não mentem embora a designação para este monstro seja diferente das que se usam na gíria. casas são oferecidas a escalões de pessoas de fracos recursos económicos. se anda tudo à mama é de se aceitar esta espécie de justiça social. a lavoura com os seus poderosos votos viveu (vive?) de subsídios. perto das eleições  eis o cheque providencial. não vale a pena contestar. há registos de tal atuação na contabilidade "oficial". aliás, a produção da lavoura é insuficiente tendo em conta as reais necessidades regionais. alguns membros do governo regional (?) e particulares têm passado pelos tribunais por atos criminosos ligados a ela. calma, calma! as sentenças são públicas. podem ser consultadas por qualquer descrente. uma pista: tribunal de ponta delgada, da ilha do pico, etc. até houve condenações a prisão de gente alta!  o comércio tradicional foi morrendo aos poucos devido aos preços praticados. houve tempos em que ser comerciante era sinal de gente rica. foi-se! as grandes superfícies comerciais pertença do capital internacional certificaram-lhe o óbito. a casa bensaúde ,por exemplo, não é capital internacional? oh senhores, claro que é! não só é parte responsável na desgraça do pequeno comércio como faz parte direta e indiretamente do governo regional (?) a nossa indústria foi pelo cano de esgoto e também foi parar com os costados nos tribunais. a fábrica do açucar teve problemas com a justiça. lembram-se do chamado golpe das ramas? hoje, deve estar a agonizar. pelo menos houve tempos em que dera o berro. tudo em segredo como convém. claro! a indústria tabaqueira? também já deu o berro! o senhor economista martins - um alto responsável deste setor - já se pronunciou sobre o assunto e neste sentido. o sentido do berro da fome! a dependência económica dos açores (são miguel) é a marca do nosso imbecilato. os açores estão intelectualmente decapitados. somos um estado socialista tipo antiga urss. riam, riam, seus bananas. tudo nos açores depende do estado português: universidades (três), centenas de escolas, hospitais e centros de saúde, segurança social, funcionalismo público, transportes públicos e semipúblicos, polícias e polícias limitadas, tribunais e o resto que pertence, a zona marítima de perto de um milhão de kms quadrado, capitanias e parte da igreja de roma. tudo o estado supervisiona e coordena. a nossa economia é uma economia planificada! nem sequer produz o suficiente para matar a fome aos caniches das  nosas donas de casa. se não fossem os monopólios já tinham ido dar uma volta ao bilhar grande. não podemos discutir liberalidade económica porque não nos permitem os colonialistas. as leis portuguesas atrofiam o nosso crescimento e expansão para o mundo. ganhámos estatuto deitados como uma michela.  vendemos a alma porque somos de fácil viver. quando a tap era a única via para sairmos das ilhas não vimos nenhum governo açoriano forçar ao fim do monopólio daquela transportadora aérea. e porquê? primeiro por causa das ameaças do governo central seu patrão e segundo porque os açorianos em contato direto com outros povos ao preço da chuva (um exemplo: lisboa/londres igual a 29 euros) poriam em perigo a "unidade" nacional. um povo culto (não é o nosso caso) mandava os centralistas para o diabo que os carregue. temos uma economia dirigida pelo governo central. em contrapartida eles permitem que vivamos mais ou menos bem. eh pá, é tão bom! e a sata? enquanto houver um governo socialista a sata vai aguentar-se embora deficitária. e os seus 1.200 empregados e suas famílias não temerão o papão do desemprego tão cedo. existe ou não economia social nos açores? existe sim senhor, por enquanto. não é como agora em portugal, o governo psd-cds está a acabar com tudo que foi nacionalizado/socializado. a tap? vai à vida! ordens da união europeia. quem paga tem direitos. você nunca foi às putas? quanto aos açores? vai ser muito difícil fazer o mesmo que faz o governo central aos portugueses. os portugueses estão a um passo da europa dos brancos que precisam de criados. o seu primeiro-ministro apontou-lhes a porta da rua: emigrem seus tansos!  ao passo que os açorianos para não se afogarem têm de viver em cima de rochedos. passando necessidades há o perigo de se revoltarem uns contra os outros. a fome é má conselheira. neste momento qualquer revolta popular do tipo itália e grécia não poderia ser controlada pelas forças da ordem da região. temos falta de efetivos. os micaelenses comeriam as autoridades ao pequeno almoço mal soubessem da sua fraqueza. cobardia? o costume! claro que para debelar qualquer rebelião popular o governo (?) regional solicitaria os bons serviços das forças de repressão continentais. não é nenhuma novidade. no tempo de mota amaral e quando era ministro das polícias jaime gama, fomos invadidos por tropas invasoras que distribuíram pancadaria por toda a parte. até que acalmamos. possuímos fotos de muita cabeça rachada pelas forças da ordem estranha. hoje, talvez a coisa não ficasse assim e havia que contar com a resposta da nossa rebelde juventude... somos um povo colonizado (só falo dos micaelenses), estupidamente pacificado e muito acomodado. tanto assim é que portugal ainda tem o descaramento de colocar entre nós um seu sátrapa que já foi designado por ministro da república e que hoje é... ora porra não sei como é tratado. prevejo maus tempos para os micaelenses. somos um barril de pólvora! cuidado com a estopa. como dar a volta a esta economia? bem, fica para a próxima diatribe.
mmb

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