quinta-feira, 3 de maio de 2012

parece que lisboa foi bombardeada em pólvora seca



este artiguelho é dirigido ao presidente da câmara de lisboa, de quem eu já apreciei mais. hoje, não tinha muito aço para estar aqui a dedilhar. mas, há sempre um mas e como dizia a minha avó: nem mas nem meio mas! o menino tem de respeitar a sua namorada não a levando para a rua do cemitério (rua térrea e esburacada). mas, minha avó é precisamente ali que ninguém nos vê. nada disso! um cavalheiro deve poupar a sua futura mulher das bocas do mundo. eh, minha avó, quem é que está aqui a pensar em casar? olha, só por causa desse teu comportamento já não levas o "velhinho". velhinho era um código que havia entre mim e ela para que não houvesse ciúmes dos outros e que representava uns dinheirinhos para os meus alfinetes. naquele tempo o dinheiro não circulava em parte nenhuma. só das bolsas dos ricos para os bancos. de resto, era tudo no fiado. e quando os pobretalhas arrancavam o vencimento, este já estava destinado à mercearia. às vezes, o alfaiate via algum. bem, mas esses que utilizavam este tipo de artista (que hoje se diz estilista) pertenciam a uma classe que conseguia alimentar-se a três refeições diárias. claro que a sopa saltava do almoço para o jantar e outras manigâncias das donas de casa. quem tinha tinha, os restantes deviam tudo o que aparentavam possuir. toda a gente sabia disso, mas que fazer? e quando um pelintra da nação comprava um carro de segunda mão vindo do continente (que é donde escrevo esta tralha) esticava-se todo e era logo promovido socialmente. nunca percebi o porquê de tal importância. o chicharro ajudava muito os pelintras da nação pois mantinha-os bem vivos sem custos adicionais. ah, o presidente da câmara. onde já ia eu. bem, hoje, estive a passear de carro nesta lisboa troikanista. olha, meu caro leitor, deu-me para contar os buracos e as covas das ruas e das avenidas. ai, meus lindos, eram tantos que perdi a conta. veio-me à ideia de fazer de cada um deles uma urna. será assim que antónio costa irá perder as eleições. as covas de dia para dia aumentam de volumetria. por um lado (este texto não outro lado) o passos da merkel e sua orquestra de violinos chupa-nos o tutano. o dinheiro para comer já não estica e foi ver o assalto (mesmo pagando) ao santos do pingo. vamos ficar elegantes. e para quê? para cabermos nos buracos do costa das covas. atina costa. entonces já não somos assaltados mesmo dentro das viaturas pelo estado com os impostos sobre a gasolina, pelo sêlo, pelo seguro, pela inspecção? fora as peças, os óleos do motor e dos travões, para já não falar nos pneus e outras merdas, para agora estarmos a ser tramados pelos balanços das viaturas. se eu pago imposto para circular, qual a razão que não tenho um mapa dos buracos de lisboa? ou acha o dr costa que eu sou algum vasco da gama que sabia de cor e salteado todos os buracos, perdão, os rochedos e os recifes do mar imenso que o levou à pimenta? se amanhã não começarem a tapar os malditos buracos eu emigrarei (*). é por alá que o juro. porra, retiro o alá por causa dos americanos e reafirmarei a minha jura em nome do luíz pacheco.
(*) - estou brincando
varett

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