sexta-feira, 4 de maio de 2012

ainda bem que portugal tem um barroso na união e cavaco no belém dos pastéis


mal liguei a televisão entrou-me pela casa dentro um homem muito feio. era o barroso do mrpp e companhia. e disse ele à porta do castelo: temos de vencer. nós, os portugueses, damos exemplos ao mundo. há que seguir os passos do mourinho e do ronaldo da bola e dos modelos (como é madeirense, deve comê-las e depois descartá-las). eh pá, o josé barroso (que em tempos foi primeiro-ministro de portugal) quando abre a boca é isso! pensando bem, ele tem meia razão quanto aos dois artistas da bola. só que, quanto à outra parte? bem, na minha terra diz-se taiásno. como é que aquilo chegou a primeiro-ministro? bem, cavaco também já o fora. são bento nunca deu bons exemplos. é pensar-se que naquele lugar esteve um tal de salazar. ficam pois os actuais e os antigos inquilinos justificados. depois, entraram  (os do costume)  para o castelo, onde almoçaram (a gente é que pagou). ah, foram transportados em brutos carros com motorista que pertencem ao estado português e a nós também. a cena desenrola-se em cascais sobre a marina. para melhor indicação, ficaram a comer como as bestas a uns bons trezentos metros da estátua de dom carlos I o monarca mártir a quem os republicanos mataram. bem, acabado o repasto que nós pagámos, surgiu nas portas do castelo o cavaco silva (como ele não come muito, fica de fora dos que comeram como bestas, e a gente a pagar). as televisões, sempre  tão diligentes para ouvir as opacidades do presidente, lá lhe enfiaram o micro em frente dos queixos. o homem safou-se bem. fez-me lembrar o luís de camões e a sua mania de nos comparar com os gregos clássicos (nada de confusões). não sei se os dois combinaram a estratégia das palavras, mas lá que estavam em sintonia, lá isso estavam. gostei muito de os ver aos dois (cavaco e barroso) a lutar por um portugal meritório. sim senhor. louvemos o senhor, o mesmo que apareceu a dom afonso henriques quando se proponha matar mouros usando a espada em vez de bombardeamentos aéreos como fazem as tropas de paz nos países árabes. àquelas duas cabeças que a nossa democracia pariu, gostaria de ajudar com esta pergunta: como é que acham que a economia pode crescer se os produtos não encontram compradores? a malta sem dinheiro não pode comprar! é lógico, não? os produtores ficando com o produto em casa como poderão pagar aos seus trabalhadores? não os irão despedir? com tanto desempregado, não estará o governo a preparar-se para baixar os vencimentos da malta toda que trabalha com excepção dos donos e capatazes da nação? e para quê? para podermos exportar! com a venda dos nossos produtos, agora tornados competitivos, haverá naturalmente a retoma por que espera o dr passos. sem dúvida! só que às custas de tornarem o poveco mais pobre e confundível com os pobres do tempo do estado novo e da igreja do cardeal cerejeira. caímos numa armadilha muito bem delineada. alguém vai ficar com muito dinheiro... repare-se no seguinte: uma pessoa compra uma casa com dinheiro do banco. a casa fica penhorada a este. quando se tornar impossível pagar as prestações, o banco fica-lhe com a casa. o banco come-lhe o dinheiro que entretanto já pagou das prestações e ainda avalia a casa de modo a que não dê para pagar a dívida que cresce como o diabo quando vê uma besuga (na minha terra é uma jovem nova). o que cresce não é o diabo, mas sim aquilo que a maioria das mulheres gosta mesmo que se lhes pague a prestação do serviço. os políticos e os seus parceiros económicos actuam sempre no sentido de chuparem o sangue ao grosso da população que dá pelo nome de povo. é que não são só estes chulos que chupam o suor do povo. querem ver quem mais o suga? olhem só: as igrejas de todos os credos e feitios. os sindicatos que deviam actuar de graça. os médicos que trabalham para o estado e que fazem uns garetos de esfolanço. os professores que levam dinheiro para dar explicações. os industriais que acolhem os novos escravos. os advogados que vivem com os olhos abertos a tudo que podem botar o olho. os destribuidores que alteram o preço da produção levando a que muita gente  não possa pagar os produtos essenciais. depois para que estes que aqui referi poderem viver em segurança há que organizar as forças de repressão para que a chulice se faça na paz do senhor a quem chamam deus em certos dias do ano. isso faz-me lembrar as formigas. é que as obreiras (que são escravas) quando se atrapalham no arrastar os alimentos para a rainha e guardas, as formigas guardas agarram-nas e estraçalham-lhes os corpos desmembrando-lhes ao mesmo tempo as patas (ou braços. sei lá o nome). olhem, não estou a inventar. não leram o papillon? é de lá que retirei esta analogia. está tudo muito bem organizado neste mundo. e ainda dizem que foi o deus que o fez durante sete dias. puta que o pariu!
varett

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