sexta-feira, 27 de junho de 2014

o ps caiu na armadilha da comunicação social

que as lideranças partidárias num regime democrático obedecem a leis bem definidas todos que nós sabemos disso. que leis são essas? que um líder não é um bom líder se não tiver em atenção duas coisas: o adversário externo e os competidores internos. basta um olhar rápido para o que foram as lideranças dos partidos políticos nacionais neste regime democrático. olhemos para trás: mário soares, sá carneiro, por exemplo, sofreram no interior dos  partidos - que ajudaram a criar - várias contestações. o que resultou desses comportamentos? um psd e um ps mais fortes e vencedores nas urnas. socialistas e social-democratas sabem-no bem. só que nesses tempos a comunicação social da altura não estava nas mãos de grupos empresariais mas sim acoplada aos partidos via subvenções estatais. o estado pagava vencimentos aos jornalistas através de vários meios, feitios, verbas para papel e cotas. muitas cotas! quer dizer o jornalismo estava domesticado e emparelhado consoante o poder político-partidário. quando o estado ficou impossibilitado de cumprir com esse enorme compromisso e também assustado pelas pressões internacionais, começou a verificar-se falências e a debandada  de jornalistas para outros campos: reformas e saltos para empresas privadas que se apropriaram dos títulos foi o que mais se viu. hoje, por exemplo, jornais e televisões são propriedade privada. e se todos os órgãos de comunicação social ainda não se converteram à privada é apenas fogo de vista. não há possibilidade de distinguir o que é público e o que é privado. olhe-se para o serviço público da rtp. parece um prolongamento do hollywood pornográfico de baixo jaez com tiros, políciais e vampiros até à hora da missa. ah, também existe o truque tipo casino baratinho que enche a pantalha de 10 em 10 minutos. figuras gradas de tv torcem-se todas a pedir que joguemos através de um telefonema numa rifa que dá dinheiro e carros. deixaram de ser jornalistas e agora são apresentadoras/es. bem, já me perdi. ah, bom, eis o que queria dizer: os empresários-donos-dos-jornalistas entendem a seu bel-prazer  estragar/condenar este ou aquele partido ou este ou aquele candidato. o recente embate entre costa e seguro está a chegar ao público tratado "jornalisticamente" como se estivéssemos no tempo da outra senhora. os "jornalistas" estão a querer passar a ideia de um certo colapso socialista. seguro já alinhou inconscientemente no jogo proferindo certas bocas que foram empoladas e tratadas para dar a entender que o ps está em  frangalhos. um combate interno é legítimo, pois os líderes devem ser os campeões dos seus partidos reforçados com a vitória sobre os competidores internos. é salutar meus senhores. não é o fim do ps como certos empresários querem fazer crer cá à malta. prolongar o processo das chamadas primárias até setembro só traz proveito a quem quer empolgar para dar um sentido depreciativo a um desafio normal a que estão sujeitos os partidos políticos. a brincadeira já custou um vislumbre de fragmentação entre certas figuras gradas o que permite inferir a formação de grupos. e neste momento nada pior do que grupos pró-costa e outros pró-seguro desvairados. o tal  jornalismo nacional está a dar a entender que as duas vitórias de seguro mais não são do que uma espécie de ganhar  uma  taça cândido de oliveira e uma taça de honra. e que o que costa quer alcançar é a taça da primeira divisão. o que ele quer é o campeonato nacional. esta é a aposta onde vão incidir os tais empresários-donos-de-jornalistas para impedir que o partido socialista saia vencedor nas próximas eleições-legislativas-primeira-divisão. estão a conseguir laivos de separação. é que o ps uma vez no poder iria colocar a sua missão em primeiro lugar o que quer dizer que iria fazer respeitar a constituição. e isto quer dizer quebrar um pouco os queixos ao capital que está a abusar e a reduzir o país numa grande superfície comercial. maria de belém, presidente do ps, percebeu o que pretendia paulo magalhães na tvi24, isto é, o dr paulo, ontem, queria que m. de belém desse o pontapé de saída à rotura e divisão dos socialistas. até agora assistimos a todo um cuidado para não esfrangalhar o ps. o que é de louvar, diga-se. antónio costa está mais contido. mas mesmo assim o que tem passado cá para fora não deixa ninguém sossegado.  o psd do passos tem um plano tipo economia à americana. minha nossa! resolvam a querela das lideranças fortes à cabeçada mas discretamente sem intérpretes e reportagens em direto. tá?
mmb

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