domingo, 11 de agosto de 2013

pequenos no tamanho mas muito grandes nas mentiras e lacunas históricas

o monge matoso (1), um dos mais credenciados historiadores portugueses deu uma entrevista muito "pesada" à antena um. como já disse, apesar de esta estação ser um ninho de comunistas e ex-comunistas de favor, é altamente pedagógica. valha-nos isso! portugal - para eles - só o é a partir do 25 de abril. o resto é marquês, alexandre herculano e agora matoso. matoso sim! que disse matoso de importante? que se deve a ele a revolta do novo sentido da história portuguesa, pois introduziu o estudo do poder das classes substituindo-a (história) pelo acervo de mentiras ou construções imagéticas sobre um povo que se quer ter sido heróico porque se aventurou mar adentro, tendo antes matado e esfolado espanhóis que nos queriam roubar (não se sabe bem o quê, nem isso pode ser esclarecido pela tal história de classes). esclareçamos o seguinte: povo heróico que foi mar adentro? um grupelho de marinheiros à cata de mercadorias não é um povo todo! e quem ganhou com a pimenta e os roubos que se foram fazendo pela costa de áfrica e américa não foi o povo mas uns certos negociadores que o fizeram sem princípios cristãos até ao princípio do século XX. matoso é um intelectual e um investigador de primeira. deve ser lido? sim, mas com reservas. as mesmas que se deve ter com todos os que se dedicam a escrever história pelos seus bonitos olhos. a parte que mais gostei foi quando ele - rapaz novo - se deu conta da existência de deus quando numa certa manhã (madrugada) sentiu deus  no cantar de um passarinho. eu que estava bastante atento não me contive e gritei de dor de tanto rir. e se o passarinho estivesse a ser comido por um gavião? era o diabo, não?... hoje, no público, li como sempre o que o prof. vasco pulido valente escreve (fora as suas férias e o vazio que isso representa nas melhores crónicas do mundo) nos seus recheados textos (não se pode emitir aquele tipo de ideias sem se ter estado muito tempo entre raciocínios e livros). só que hoje, temos de fazer um certo reparo às informações expressas sobre o poder que os ingleses mantiveram sobre nós  a partir do século XVII. andam para aí uns festejos sobre a batalha de aljubarrota. festejar o quê? a vitória dos ingleses sobre os castelhanos? certamente! a táctica do quadrado alguma vez foi originalmente nossa? que forças armadas (passe expressão) tínhamos no século XIV para enfrentar a poderosa castela? os ingleses sempre nos olharam como porta-aviões do continente pois sabiam o que nós éramos em termo de nação, país e território. não contentes por terem destruído a unidade ibérica ainda nos empurraram para a chamada expansão em 1415 (conquista de ceuta? um grande barrete) quem é que enchia os "barcos de guerra" senão mercenários ingleses e os filhos ingleses de dom joão mestre de avis que foi imposto pelos ingleses. ah não? o que se viu foi uma farsa democrática. uma espécie de assembleia da república da altura - que vota sempre a favor dos mais fortes - elegeu um rei. fico-me por aqui. eleger um amigo dos ingleses para que a inglaterra pudesse travar a expansão espanhola, isso é que foi. ah, já me esquecia: o filho do eleito não foi a votos, mas tornou-se mais tarde rei na mesma! mas, atenção, prestara juramento à inglaterra ao ponto de ter-se sempre sentido inglês. daí ter-se consolidado no trono. 
(1)- não sei se já se demitiu do posto.
mmb

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