terça-feira, 6 de agosto de 2013

a normalidade corruptiva e os parceiros na conivência

a rainha do finanço tem-se aguentado contra a leva de invectivas partidárias. como ela não é uma qualquer, deu para dar a volta aos obtusos acusadores. acusadores de quê? calma que estamos a raciocinar sem o corte abrupto do antónio jorge da antena aberta. esta só fecha quando ele quer e quando batem as 12 badaladas do panela cheia barriga vazia. a nobílissima maria luís trabalhou nas altas esferas da finança europeia. fez um trabalho de estalo (para o capitalismo, claro). na altura em que é convidada para o governo como secretária ela acabou por fazer um favor ao grupo do ministério das finanças. como? passos (e seus obscuros amigos) queria transformar o estado social em estado empresarial. não há no panorama político português quem tivesse estofo intelectual para cumprir tal tarefa. ela tem-no! aliás, ela é mais competente do que vitor gaspar porque desenvolveu skills aos quais aquele não se adaptara. ai é? então ele meteu-se numa estratégia para o qual não estava preparado. ainda estava muito perro para saltar de um projecto financeiro semi-estatizado para um projecto de economia de mercado aperfeiçoado pelas linhas mestras da alemanha. ele armadilhou a sua própria saída porque a sua especialidade não se baseava em critérios de política económica sob influência dos credores. vitor não passava de um ignorante (provou-o) que tinha duas armas a  seu favor: fingir calma e controlo, acrescentado por uma obediência profissional. patrão dele não residia em portugal... ora, não acham estranho que sendo dona maria luís apenas mestre e não doutorada esteja a mandar nos doutorados regionais que estão para aí como as baratas no forno da tia aninhas que faz cá uma morcela que é um louvar a deus mesmo que este não se dê a conhecer? é assim: o que ela sabe de mais não se ensina nos doutoramentos nem nas espécies de universidades que como cogumelos danosos (para o cérebro dos que o têm) assentaram por cá arraiais. eu, num artigo neste mesmo blogue, alertei o palermanço nacional para o que aí vinha. se os patetas que fazem opinião (eu sou um deles, mas sem entidade patronal)  tivessem percepcionado a estrutura do discurso da ministra maria luís teriam percebido que se trata de um cérebro muitíssimo bem apetrechado. até dá para relacioná-lo com o do prof. freitas do amaral, mas para melhor. tive dó dos seus opositores parlamentares comissionistas que confundiram lógica substancialista com o discurso dialéctico com pés no chão. quem tem estatura para governar as finanças do país de acordo com o modelo de estado empresarial senão ela que era tu cá tu lá com os governantes económicos da europa?  ela fala a linguagem deles e é por isso que é bastante credenciada na europa onde domina o bce. percebem? quando ela escolheu paes jorge para seu sec. do tesouro, estava a escolher um perito empresarial que ao tempo do governo de sócrates já dera mostras de ser um óptimo vendedor de produtos. e agora vamos ao que interessa e que antónio jorge não deixou que eu dissesse na sua gaiola aberta das 11 horas. mal comparando, veja-se o que acontece com os estados unidos. quando estes querem petróleo barato e são impedidos de o obter, que fazem? invadem os países, depõem os seus governos que lhes são adversos e colocam no seu lugares marionetas. depois são os americanos a estipular o preço do crude. etc e tal. para isso têm nas suas costas umas poderosas forças armadas. e nós, coitados? coitados, não! a nossa grande arma é: não pagamos se nos chateiam! calma, queremos pagar mas vai ser como nós pudermos e quisermos, senão não há nada para ninguém. e os credores perante este tiro certeiro o que fazem? se se armarem em duros chupam nos dedos e ficam sem os milhões e os juros. como são espertos vão fingindo que estão zangados e a querer espremer os portugueses de modo a poderem receber tudo a que têm direito. acontece que as negociações começaram a ser realizadas com os governos socialistas. só que estas eram atabalhoadas e levaram à queda dos seus governos. com as garantias de alteração do estado social abertamente explanadas pelo governo de passos (o ps não teve coragem de dizer para onde íamos aos portugueses...) os credores e os mercados tornaram-se sorrisos e beijos. entretanto o povo leva no pacote. adiante: os americanos com as suas forças armadas estipulam o preço do petróleo aos povos invadidos. os portugueses com a sua homicida dívida negoceiam o modo de morrer. devagar está-se mesmo a ver,e estipulam como vão pagar os juros e a dívida. quem melhor que um bom  vendedor sem estômago para negociar com quem quer comprar a nossa "mercadoria" tóxica e obter êxito? os prazos para cumprirmos os nossos compromissos serão alterados como muito bem nos calhar. o actual governo português é um braço alongado do poder económico europeu. o primeiro a ver a questão foi cavaco silva que tem apadrinhado esta alteração de regime. há uma coisa que me espanta: qual a razão de o partido socialista não ter denunciado paes jorge quando este queria enfiar o barreto ao erário público aquando das reuniões com o governo de sócrates? hem? então o homem representava parte da banca que se estabelecera em portugal e nos queria mandar para a miséria com aldrabices? não era de denunciar a coisa à pj ou ao banco de portugal? hem? conivência? estão todos a chafurdar nos dinheiros públicos. finalizo: a rainha do finanço vai tratar da vossa saúde. esperem para ver. 

Sem comentários:

Enviar um comentário