domingo, 1 de setembro de 2013

o assalto ao estado fez-se através da associação de certas empresas com com os partidos que desde 1976 governam o país. será lícito pegar em armas para correr com os traidores? que responda o tribunal constitucional que eu tenho medo em dar a minha resposta.

a gente (escrevo para a plebe) lembra-se muito bem da dança que havia (e continua a haver) entre grandes empresas e os ministros. eu explico - plebe é estúpida e ainda por cima vota - quando os patetas e ignorantes derrubaram o estado novo sem um plano alternativo tiveram que chupar com mário soares (um burguês que aspirava vir a ser político) e um álvaro cunhal - que não passava de um agente soviético - como futuros dirigentes. os fascistas que gostam de morrer de pé - empedernidos   e cheios de crendices - não perceberam que os tempos estavam a mudar, o que implicava olhar o país com vista ao futuro e politizar a questão da guerra nas colónias. os portugueses  mantinham uma guerra em três frentes (nela só morreram 10.000 jovens! - de entre estes a maioria pertencia ao campesinato).  éramos e continuamos a ser um portugal pequeno mas cheio de sonhos! organizar a casa para podermos viver melhor? nada disso! vamos é conquistar terras e riquezas que é menos trabalhoso. é assim que se pensa e não há volta a dar. caiu o estado novo e caiu o país no lodaçal dos partidos. em pouco tempo o país estava dividido em partidos. daí ao aparecimento do fanatismo foi um saltinho. é claro que esse fanatismo alimenta e bem os que aderem. e foram muitos! passada a euforia das ideologias, de repente, tínhamos empresas por um um lado e uma assembleia de deputados pelo outro. abreviando: para manter a vida partidária é preciso dinheiro. sem este ninguém é eleito. quer em portugal quer nas outras paragens... note-se. ora, entre nós o que aconteceu? o partido socialista e o partido social-democrata envolveram-se em negócios, melhor a aprovar negócios com os quais metiam ao bolso milhões. começou-se em escudos e acabou-se em euros. ah, claro, no entrementes os dólares também fizeram um pezinho. o cds também pôs a boca por aí, mas em menor fatia, daí nunca mais sair dos seus 10 por cento dos votos que saca aos patarocos nos actos eleitorais. os grandes partidos não deixam... ah, fala-se muito do negócio dos submarinos e de entradas de dinheiro nas suas contas feitas por um tal capelo leite que o sentia no rego. mas para aí não posso adiantar mais do que li por esse mundo comunicável nacional. adiante: encheram-se os partidos e as empresa. aquilo é que foi abocanhar. tanto abocanharam que o país secou. agora vejam - seus palermas que ides votar nos mesmos pulhas - o que fez o capital ao país. num golpe palaciano, um grupo financeiro apoiou um empresário - no caso passos coelho - na sua campanha para alcançar o poder. repare-se - volto a chamar patarocos aos que votam com a estupidez do costume - que até para se ser presidente de um clube de futebol é preciso gastar milhões em campanha para "convencer" os sócios a votar nas suas propostas. lembram-se  de sá carneiro, um assíduo frequentador dos grupos de casais que a igreja do norte apadrinhava e que a casamenteira natália correia empurrou para os braços e não só de uma loira bonita? ele previa um novo (?) modelo de representação patriótica que era assim: um povo, um presidente e um governo. passos coelho tem outra visão política para o país: consumidores, empresa e contabilistas. como sabemos, este empresário passos e o grupo que o comanda não respeita as leis, os tribunais e a constituição. será legítimo pegar em armas para correr com gente deste calibre que está a destruir o estado português como ele é? eu não responderei a isto com medo das represálias. mas pode, por exemplo o bloco de esquerda dos piropos - questionar o tribunal constitucional sobre se o governo atentar contra a soberania e a legalidade estará ou não sujeito a ser acusado de traição? a constituição é clara no seu artigo 3º ponto 2: o estado subordina-se à constituição e funda-se na legalidade democrática. a perda da soberania nacional sem consulta ao povo é ou não crime? para que serve a constituição? às vezes quando passo num troço de estrada em que é proibido viajar a mais de 50 kilómetros por hora e respeito a velocidade ouço os condutores que vêm atrás chamar-me nomes. "passear é ao domingo, seu chouriço!". sabem como respondo? seu passos! seu passos! que tem outro significado constitucional, obviamente. aonde vai parar a constituição?
mmb

Sem comentários:

Enviar um comentário