sexta-feira, 10 de agosto de 2012

portugal, um país sem cabeça ideológica

neste momento, quem quiser fazer figura de parvo (não incluindo os diversos comentadores que estão a surgir em todo o sítio como maestros sem orquestra) bastará dizer que o país está a ser conduzido por uma corrente ideológica. a não ser que se entenda por isso uma administração à imitação dos lucros dos comerciantes e industriais do salazarismo. a  fazer-me entender: a exploração dos trabalhadores caracterizava-se pela falta de direitos. a cartilha aprovada era orientada para a criação de riqueza para os que sabiam aproveitar-se do esforço da classe trabalhadora. bem, tudo o que eu caracterizar na política da aliança actual preexistiu naquela época com a diferença das novas tecnologias que acompanham os executores de uma terceira política (a política dos que querem receber os juros dos dinheiros que nos emprestaram e que estão a desmontar com êxito o estado português construído ao longo destes últimos 38 anos). os governos ao longo dos séculos sempre foram o braço prolongado dos mais fortes e poderosos. sim, houve revoluções e o povo beneficiou com elas. não esquecer que o povo só se revolta quando a fome os faz organizar tendo como objectivo a sua própria sobrevivência. é o chamado último caso; uma espécie de ultimato sem diplomacia. dirão: temos ainda serviço nacional de saúde e educação. a escolaridade obrigatória saltou (digo bem) para os dezoito anos. que beleza! não sei se repararam que o ministro dos remédios avança para a privatização da saúde? como se ele está sempre a garantir melhores serviços? ele recua aqui e ali e logo a seguir vai fazendo o que os privados desejam. não se esqueçam que o homem é muito competente e é de longe o maior caçador de impostos logo atrás do pina manique. porra! acho que este era chefe de esquadra. na educação? toca a salarizá-la. isto é, permitir às universidades que adquiram aqule toque de fazedora de futuros políticos. mas dos verdadeiros. elas as que cresceram para todos (democraticamente), estão pela hora da morta. estão a ser autopsiadas - logo estão cadáveres. têm dívidas até aos tomates. porém, algumas (as escolhidas e eleitas) fornecerão os futuros governantes. no entanto, as privadas com nível internacional ficarão ao serviço da indústria (que for possível) e comércio (que é o nosso poço hereditário). o resto da moçada vai transformar-se em college boy. isto é, limpar retretes com diploma "daquelas universidades". ah, os filhos do capital e os políticos lambe cus com os mesmos diplomas terão o seu lugar  reservado na pia. a não cabeça ideológica que nos governa não podendo mexer no euro já começou a reduzir vencimentos dos que trabalham. melhor, que andam a pedir trabalho. como o fez? para já, os que pretendem trabalhar de novo começam a auferir um ordenado muito baixo que mal dá para pagar a renda de um quarto. párem e olhem e vejam se o que aqui se diz não está a acontecer. os elementos já circulam no ine. um jovem engenheiro ofendidíssimo por ir receber de ordenado 600 euros. ah! depois de porem a correr para fora do estado centenas de milhares de funcionários (tudo aponta para que os servidores do estado não ultrapassarão os 400.000) o fiel de armazém vai entregar a malta (a que sonhava) aos privados. vai ser um tal esfolar. os bichos estão com saudades de os ver de chapéu na mão e com modos respeitosos. o senhor josé, o senhor manuel... já era! vai chamar senhor manuel à puta que te pariu. o antigo respeito vai voltar com a benção do deus dos velhos altares também ciosos do antigo explendor. é a tradição no seu melhor. ao lado do pálio das vetustas procissões estarão os mais altos representantes da nação. ah, o hábito! tão bonitos ao lado do papa! vou terminar, não sem antes dizer duas coisas acerca da televisão oficial. os comunas colados ao erário público e parceiros esquerdotes escancharam-se naquele organismo. é muito difícil correr com eles. logo é preciso vender. mais, reduzir o antro de desobedientes e pouco respeitadores da autoridade é o que está na manga. até lhes vá faltar ar. às velhas ratazanas  vão se lhes atirar pedaços de bom queijo. eles cairão. têm preço como qualquer capitalista. é preciso ideologia para sacanear o próximo? é preciso ideologia para se saber comprar por um e vender por cinco? não! o que é preciso é procurar o lucro. qualquer cachorro sabe isso.
varett

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