sábado, 16 de junho de 2012

a cada um que come para além do suficiente é dar-lhe chibatadas e eu a cortá-los bem rente se...



antes de começar a vomitar mais um texto de ódio higiénico devo pedir desculpas por alguns erros de ortografia da minha última crónica.
escrevi esfingta em vez de esfíncter. quem me manda a mim armar em literato. devia ter falado em membrana que obriga o cu a fechar-se. também escrevi partiço por partisse. vai ser assim daqui para a frente. isto é, escrevo e pronto. não vou estar cá com pruridos "australopitecampistas"

todos nós, mais cedo ou mais tarde nos envolvemos na política. uns metem-se nos partidos, outros não querem saber dela para coisa nenhuma, esquecendo-se que quando votam estão a realizá-la. mesmo os que não votam a fazem. não votar é um acto político. e dos mais corrosivos. que o diga o estado novo quando comunas e socialistas fingiam aliar-se à farsa eleitoral e à beira das urnas inventavam não terem condições para concorrer. isto punha os salazaristas fodidos da cabeça pois no estrangeiro a ideia que faziam de portugal (país europeu) era a de que vivíamos debaixo de uma ditadura. o que era mentira descarada. como se pode chamar ditadura a um país que tinha sete espíões a recibos verdes, 300 polícias, 72 terríveis pides e um milhão e tal de bufos fora a padralhada. a fronteira com a espanha era vigiada por 14 terríveis guarda-fiscais. éramos 10 milhões. quando queríamos fugir a salto era só arranjar um contrabandista oficial que nos levava até ao cu de judas. não havia ditadura não senhor! o que tínhamos era um medo patológico criado nas nossas cabeças pelo grande filho de puta do salazar associado a outro filho de deus, perdão filho de puta do cardeal cerejeira. estes dois sacanas inventaram uma espécie de inquisição tanatológica. hem! sim, falava-se baixinho pois as paredes tinham ouvidos. estávamos todos borrados de medo. a terrível pide assim que sabia que havia livros proibidos (há quem não saiba o que isso é) em casa de algum ledor (uma espécie que optámos por designar de académico) entrava-lhe pela casa adentro logo de manhãzinha e sem armas e roubava tudo que tinha letras. ah, rica pide! que saudade devem ter os que vivem nos bairros sociais do tempo em que a polícia esperava pelo nascer do sol para fazer o seu papel da merda. estou a desviar-me do que me levou a escrever hoje. bem, vou recuperar: ontem a estação do dr. pinto balsemão a quem devassaram a vida íntima nocturna mostrou uma reportagem bastante dolorosa. a  uma criança de 9 anos apareceu-lhe há tempos atrás um cancro na cabeça. este crescia e a criança sofria imenso. em portugal não podiam acabar com a doença porque a nossa medicina ainda está atrasada na área (nada que já não soubéssemos; hácanos!) bem, a solução era ir a londres que lá havia esperanças de salvar o miúdo. mas qual quê? pais pobres, onde iam arranjar 60.000 euros para fazer face ao custo dos tratamentos. porra, interrompo aqui só para telefonar a quem de direito para que me responda (sou jornalista profissional, acredite quem quiser) o quanto custaram os jantares que mamaram e as viagens pelo mundo tanto o presidente da república como os seus acompanhantes de luxo (cuidado que não os estou a comparar com as putas caras que são denominadas de acompanhantes de luxo em certos meios. isso é com o dominique strauss-kahn que está inocente da foda na fofa de cor de chocolate). fiquei pendurado no telefone e não consegui a informação. mas pelos meus cálculos a coisa deve rondar centenas de milhares de euros. saltando novamente: os pais tiveram a feliz ideia de pedir ao povo dádivas em dinheiro para poderem salvar a vida ao seu filho pagando aos médicos estrangeiros o preço da operação. sim senhor! resultou e a estação do dr francisco (é chic tratá-lo assim. merece. gosto de si. tem classe!) culminou a reportagem com imagens do miúdo - já curado por médicos estrangeiros - a pular e a brincar com os colegas. fim feliz. a viagem do presidente mais os seus acompanhantes de luxo também teve um fim feliz. pelo menos foi o que deduzi (ia dizer reduzi) das palavras do presidente. bem, vou acabar esta merda que já me está a embrulhar o estômago. cortava eu os meus tomates bem rentes se fosse presidente da república deste ´país de tolos e de espiões se lêsse nos jornais que havia um peditório para salvar uma criança portuguesa e me estivesse a preparar para ir viajar e papar com os meus companheiros da farra ( é farra porque não se vê resultados dessas viagens gastando o dinheiro do povo. ah, perdão. fiquei a saber que mário soares cavalgou uma enorme tartaruga num paraíso estival onde ia, como todos os da mesma freguesia de belém passaram a fazer o mesmo. que grande tartaruga! isso eu nunca tinha visto. bebendo e aprendendo, já que morrendo é coisa que só para amanhã)... e papar com os companheiros do regabofe do erário público grandes manjares instalado nos hotéis mais caros e mais não sei o quê. até parecem os da selecção que também gastam dinheiro nosso para nada. já nem coices sabem dar. é só estilo para as fotos dos comerciais. repito: cortava os meus tomates bem rente se não assumisse a interrupção da viagem e dos seus gastos sumptuosos para que o dinheiro para a operação do miúdo chegasse às mãos dos pais. sentia-me nojento sabendo que estava a gastar a verba que ia salvar a criança em comilanças e viagens de luxo. nem comunistas, nem socialistas, nem social-democratas nem os centralistas dos submarinos têm uma palavra a favor dos que sofrem. e sofrem às mãos dos seus carrascos. mas o pior é que quanto mais este banana de povo é chicoteado mais ele agradece. e não é que nas sondagens estão a subir. país de bananas governado por sacanas. não sou eu que o digo. foi el-rei dom carlos.
por hoje é o que se pôde arranjar
manuelmelobento

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