sexta-feira, 25 de julho de 2014

eu fui preso, tu também irás. mas eu não cometi crime nenhum. isso é o que se vai ver...


- fui convidado para ministro.
- que disparate! nem pense!
(pouco tempo depois)
- olhe, pensei melhor, aceite, pois pode trazer alguma utilidade.
- então vou responder ao primeiro-ministro que aceito.
garanto que este telefonema foi escutado e guardado para mais tarde ser usado se tal fosse necessário. este fato deu-se há uns bons 4 anos. o convite foi feito por um primeiro-ministro a uma personalidade do meio académico. vejamos o significado político desta "encomenda". quem fala assim não é gago, é banqueiro. banqueiros há muitos. ministros há muitos. depois de contabilizarmos quantos ministros, secretários de estado e outros "altos funcionários" obedecem aos banqueiros ficamos com uma pequena ideia de como o estado português foi transformado num balcão de uma instituição bancária. para os meus dois leitores ficarem  por dentro do "nêgócio" será bom que recordem um pouco de história. uma das nossas rainhas precisando de fundos para custear despesa da coroa recorreu aos bons ofícios de um banqueiro judeu. o banqueiro judeu emprestou o dinheiro necessário tendo obtido como fiança as jóias da sereníssima majestade. mais tarde, o ditador salazar - dono e senhor de portugal - não dispensava os banqueiros - não podia. o avô de ricardo espírito santo salgado almoçava todas as semanas com ele. isto é, nos dias de ontem e de hoje, nenhum país prescinde da intervenção da banca e dos banqueiros. o estado precisa de dinheiro para as obras públicas. a quem recorre? ao banqueiro, claro está. salazar oferecia monopólios como garantia de empréstimos a quem lhe estendia a mão com dinheiro. a velha rainha era mais séria pois dava como fiança as suas jóias. salazar oferecia o suor do povo. por exemplo, o eng. sócrates queria construir um novo aeroporto. a quem recorreu ou pensou recorrer? ao banqueiro! e este? que sim, que o negócio interessava. por exemplo (outro de muitos) , o durão barroso depois de ser despedido de ministro dos estrangeiros por via da derrota nas urnas aonde foi pedir esmola? acabou por  fingir que trabalhava como consultor (?) para um banqueiro. de ministro a lacaio foi o tempo de criar uma remela. para não levar a coisa muito longa o melhor é dizer que a banca toma conta do estado com a cumplicidade dos políticos-lacaios e do povo. sim do povo! do pelintra ao burguês estamos nas mãos da banca. o pelintra compra carro, casa e bidé pedindo pelas alminhas à banca para lhe adiantar o cacau. são estas despesas higiénicas a quem alguns sacanas acusam de permitir uma vida  acima das suas possibilidades. e o burguês? também pede. pede mais que o pelintra, pois até pede emprestado para comprar brilhantes para a amante. e porque não? burguês também tem direitos. tudo vai ter à banca! na casa de meus pais - e nós pertencíamos a uma classe média alta pois tínhamos direito a cinco refeições diárias: pequeno-almoço, almoço, lanche (para não ficarmos em fraqueza), jantar e ceia - ouvi muitas vezes meu pai dizer que na nossa mesa havia uma cadeira-vazia-comilona que pertencia ao banco. só anos depois - devido à minha estupidez - é que percebi que ele se estava a referir aos juros que pagava à banca. porra! era mesmo assim. ora de tudo isto meus queridos e pacientes leitores fica muito mais a dizer. por exemplo, quem julgam os senhores que financia os partidos? claro que são os banqueiros e os empresários à banca ligados. para perceberem isto eu teria de os mandar ler os processos que já são públicos. alguns empresários e banqueiros vêm entregando dinheiro em sacas para os partidos tendo como objetivo contrapartidas que se materializam em futuros concursos que armadilham o estado em quantias impensáveis e que acabaram por empobrecer a população. prender o dr ricardo salgado foi um ato suicida... já explico. já imaginaram o que o homem sabe das relações entre bancos e políticos? os negócios sujos e criminosos que envolveram o estado e que o levaram quase à bancarrota? até agora vieram a público dezenas de grados nomes. e os outros? e os cúmplices desta grande e histórica teia? será que o estado está  à beira de dissolução pois está todo minado? saímos de uma ditadura confessional que moralizava o roubo perante a população e saltámos  de cabeça para uma ditadura da banca que se organizou como um polvo - os tentáculos são ministros, secretários de estado, deputados e outros clientes da mesma área - insaciável. a banca e os políticos secaram a nação. a verdade também deve ser dita: não se pode prender essa cambada toda pois portugal poderia implodir. vão sendo presos aos bochechos porque ainda existe uma consciência judicial. só que esta tem de ter em conta o interesse nacional. infelizmente este permite pensarmos no exemplo do que foi a vitória de pirro. prender todos os suspeitos e arguidos era destruir o país. vamos com calma. termino já, pois só tenho mais um minuto de tempo de antena. só um povo interventor e interessado iria moralizar e travar um pouco os monstruosos lucros de quem domina tudo em nome de uma democracia que está ao serviço da banca.  esta democracia está ao serviço da banca e tem como lacaios os políticos que se dizem defensores dos interesses de quem neles confiou.
mmb
ps: a minha avó costumava dizer: "meu neto, onde há dinheiro há ladrão." oh, minha avó, e então os políticos e os banqueiros? é que para ela o salazar era "um santo querido da minha alma." outros tempos e outra maneira de chamar os bois pelo nome. uma coisa eu sei que vai acontecer: as cadeias vão tornar-se em estabelecimentos mais habitáveis e até certo ponto luxuosos. nova clientela prepara-se para lá ir cumprir o serviço militar obrigatório, perdão o serviço prisional obrigatório. ri-te, ri-te! aqueles que fogem ao fisco-irs por exemplo, aqueles que pagam serviços sem fatura, aqueles que não pagam  os novos impostos criados pelos democratas e etc que vou acabar com esta história que se passou em itália. a sofia loren uma grande atriz mamalhuda "esqueceu-se" de pagar os seus impostos. conclusão: esteve presa durante 30 dias numa vulgar prisão romana. ela era considerado uma verdadeira deusa nacional e um símbolo pátrio italiano. meus meninos, não se esqueçam que há por aí muitos carlos alexandre à espreita. vão por mim, tenham à mão o estojo para a barba, pasta de dentes e escova. se for mulher, convém ter sempre consigo o penso higiénico à mão. tenho experiência, pois já estive dentro. não gostei, mas a gente habitua-se. oh se se habitua!

terça-feira, 22 de julho de 2014

plebleu aburguesado acoplado ao poder ou brutalmente enriquecido conquista para si e família o título onomatologicamente social de aristocrata


e... o velho  senhor kennedy que ganhou muito dinheiro em atividades ilegais como, por exemplo, contrabando de tabaco, investiu na campanha à presidência dos eua qualquer coisa como um milhão de dólares. o candidato chamava-se franklin delano roosevelt. ora, para abreviar, depois da vitória de roosevelt, o senhor joseph kennedy foi nomeado embaixador em londres. pertencia ele a uma família de plebeus irlandeses que emigrara para os eua. em pouco tempo tornara-se rico, depois poderoso, depois ambicioso e finalmente aristocrata. os seus filhos, a quem obrigou tornarem-se políticos, pertenciam a uma indiscutível classe aristocrata americana. americana, claro. um deles, que mais tarde foi presidente da maior potência militar do mundo, até se casou com uma aristocrata-da estirpe-velha  para reforçar a imagem (uma espécie de lavagem de estatuto) que para além do nome  que carregava - que teria tido origem em alguma fidalguia francesa - arrastava apenas consigo dívidas peludas. mas com muito charme! muito mesmo. séculos e séculos a tratar da "pele" das mãos faz com que se note à distância de um "parsec" a distinção, a beleza, o trato e muitos et coetera cooptados. pelo menos esta faceta é um capital indestrutível. no nosso caso, o caso português, dado que fodemos muito por essa história fora, a nossa aristocracia é um tudo nada diferente. farei um relato não muito exaustivo para não cansar os meus dois únicos leitores: a nossa primeira rainha (sim, rainha), a dona teresa - mãe do grande guerreiro afonso henriques - era filha de um bom passo fora do casamento do rei de castela. era à luz da igreja de roma uma filha ilegítima. passados uns anitos, um dom fernando - pessoa que era muito bela mas fraco em esperma - descendente dessa rainha amancebou-se com uma bela mulher já casada. como era rei fê-la descasar-se e legalizou a sua situação. dessa relação, dom fernando só conseguiu emprenhar a agora legitimada uma só vez que, menina real que se dava ao chamado do "espanhol" e aos súbditos por beatriz . a menina ainda nasciturna foi prometida ao rei de castela. depois a coisa deu para o torto e entrámos em despique com os nossos vizinhos. mais tarde com a intromissão dos ingleses veio a tornar-se rei de portugal um tal joão que era filho ilegítimo do pai de dom fernando (dom pedro, o terrível justiceiro) e de uma senhora empregada doméstica. dele houvemos muitos reis de alta estirpe, filhos e sobrinhos também muito cotados. até que chegou a vez de um tal de dom sebastião, figura mítica  meio anjo meio  imberbe cavaleiro que a guerra levou para sempre. deixou o país sem descendente direto posto que vieram os filipes a quem o povo chamou de carrascos e filhos de puta. não o eram, principalmente o filipe II que atacava os cães ingleses sempre que acordava mal disposto. com a saída do poder dos filipes quem nos calhou para governar? nada mais nada menos que os poderosos descendentes de uma filha de um guerreiro de nome nuno álvares pereira e de um filho ilegítimo de dom joão, de que já falámos acerca do seu nascimento fora das regras bíblicas. historicamente houve de tudo. até mesmo a chamada nobreza cagada que era composta por gente plebleia endinheirada que ajudou o filho ilegítimo de dom pedro (atrás citado) a conquistar o trono. a velha aristocracia foi corrida e empobreceu. a dita cagada (a história político-religiosa refere o fato) passado uns bons anos deixou de cheirar mal  e a malta habituou-se a ela respeitosamente. saltemos anos e anos. mataram o rei dom carlos (personagem histórica que eu adoro) e logo uma caterva de esfomeados se alcandorou no poder começando  a tratar da sua saúde e carteira. lá veio outra nova aristocracia, mas desta vez não cagada mas sim borrada com o sangue real que fizera derramar no terreiro do paço. esta aristocracia - não titular - em 16 anos tornara-se dona do estado. e foi a sua ganância e corrupção que deu origem à sua queda e falência. a seguir veio a ditadura que acabou com aquilo a que se chamou república parlamentarista. esta ditadura materializou-se em duas pessoas: salazar e o chefe da igreja católica. a ditadura soft (mas com alguns assassinatos) criou novamente uma excelente aristocracia tanto militar quanto civil. em 48 anos gente da plebe ranhosa aperfeiçoou-se. começou a saber comer com talheres e a não fazer barulho com a boca quando mastigava - imagine-se carne... era vê-la nas suas casas altas compradas  à pressão e de grande volumetria servidas por inúmeras criadas. algumas delas, suas aparentadas, ainda pertenciam à sua abafada árvore genealógica. e como já dizia o desgraçado do galileu - vítima da igreja de roma por ter tido um cisco a mexer num olho - que tudo se move. assim, também a aristocracia salazarista foi vítima da mudança universal por pressão militar extraordinária. a aristocracia estabelecida e perseguida deu de abalada e como mandam as regras deu azo a uma nova onda formada por campónios e operários letrados que se aliaram com gente de meios e incompletos estudos. olhem, pois foi esta working class e seus filhos que deram origem a uma nova aristocracia. esta ocupou não só os corredores do poder como também os seus esgotos. aos poucos ei-los com tiques dos bem. merecem? claro! faz parte das regras, isto é, o velho tem de ser substituído pelo novo. esta nova aristocracia já sabe estar à mesa e falar sem ser com a boca cheia e manápulas agressivas. ah, até, quando abre a bocarra para bocejar coloca os dedos nos lábios. e o género feminino, como se tem portado com o novo estatuto social? bem, hoje, as mulheres deles e sem eles ainda não se deram conta de como ser-se charmosa e aristocrata. e a bobone, não as educa? ainda sabe pouco pois é adepta do garrido. é pouco discreta e isso nota-se nas suas seguidoras. a nova aristocracia é assim, isto é, vem de "fora da cidade" e vai-se acomodando. muita delas acoberta-se nos partidos políticos. é uma saída. quem a censura tem é inveja. ora, a história da restauração da aristocracia venha ela de onde vier faz parte da vivência da comunidade humana. nos primeiros passos para se impor torna-se risível, anedótica e pirosa. depois passa. ultrapassada a má e incómoda fase há o assentar de arraiais e passamos a ter dificuldade em distingui-las: a velha e a nova aristocracia. claro. há sempre um um trejeito denunciador, um beija mão que se confunde com chupa unhas. mas tudo isto sem importância relativa dado que a maioria tem o mesmo berço estiloso. quer dizer, se me encafuasse nos tais corredores ou esgotos ainda me haviam de ver com ares de aristocrata. e o motorista (do estado) a esperar a "minha senhora" à saída da chique "louis vuitton" da avenida não seria um sainete catapultador para ministro ou na pior das hipóteses secretário de estado? ah que bom para mim. e depois? depois, mim rico mim praia que é  o  que está a dar.
mmb
"louis vuitton"

quinta-feira, 17 de julho de 2014

o que trouxe de arrasto o movimento salarial e promocional denominado de revolução de abril, senão a entrega do estado português à banca!


vivíamos num regime político muito diferente do atual. havia quem o  chamasse de fascista, ditatorial, confessional e outros epítetos correspondentes. havia uma ordem de rigor que abocanhava todas as classes sociais. havia naquele tempo classes sociais muito distintas. neste tempo também as há com muito mais imposição. porém, não é delas para que apontam estas linhas. nesse regime todo e qualquer cidadão era vigiado pela polícia política e pela maioria do povo português que se vigiava a si mesmo. tanto é assim que os agentes da polícia política podiam ser contados pelos dedos. já os bufos e os pré-bufos eram como as formigas. tudo sabia (do verbo saber)  a pide (polícia política para quem já nasceu depois da rotura com o antigo regime). a pide acumulava sucesso sobre sucesso devido a um povo de bufos, fidelíssimos da santa sé e outras instituições difusoras de amor ao próximo. no tempo do carmona e do salazar (fósseis que nos governaram anos e anos) havia uma instituição que era muito temida e respeitada. refiro-me às forças armadas. se não lhe dessem o conforto que elas aspiravam a coisa poderia tornar-se feia para o lado dos políticos. um pequeno exemplo para breve matar securas: os açores - ilhas adjacentes de baleias e tunídeos - eram governados por duas aberrações. a saber: um governador civil e um governador militar. tinham um papel importante? tinham, sobretudo nas procissões religioas quando aperaltados um de casaca e outro com os penduricalhos bélicos davam passos cadenciados e orientados pelo som das bandas da música que acompanhavam um cristo que usava um esplendor ( objeto desviado dos açores para substituição das pedras falsas com que um penitente do novo mundo o presenteara). estala a guerra nas possessões portuguesas do planeta. e ala que se faz tarde. toda a minha gente teve que bater com os costados em terras longínquas. por acaso safei-me por sofrer do coração. já não foi mau, pois escrevo ainda vivo. salvo seja! no começo das hostilidades , os oficiais das forças armadas esfregaram as mãos de contentes que nem um mouzinho de albuquerque. só que os habitantes desses terrenos a quem lhes tiraram as terras e outros bens não materiais já não estavam a defender a sua honra e território de tanga e zagaia. usavam armas modernas e exército organizado. resulta daqui que era preciso que houvesse mais oficiais para dirigir as operações de guerra, pois era disso que se tratava. o governo de então foi buscá-los aos estudantes que cumpriam o serviço militar. e depois, porque era assim mesmo, teve de os promover. eles foram a carne para canhão. nessa guerra morreram à volta de 20.000 soldados portugueses... as promoções ofenderam os oficiais de carreira que iam ficando para trás nas promoções. daí que e para abreviar começaram a reclamar reunindo-se aqui e ali. só numa só vez reuniram-se 400 numa cidade pequena. claro que a pide sabia das reuniões pois o poveco a informava sempre que havia um ventinho mais forte a soprar pela calçada. o que queriam os oficiais do quadro (uma espécie de elite social)? mais dinheiro e galões. certo dia resolveram mexer-se e foi a desgraça quase total. não fora a padroeira de portugal e a sua visualizadora terrena  a irmã lúcia terem-se empenhado junto a javé e tínhamos sofrido mais uma guerra civil. bem, os militares-elite deram um golpe e conseguiram derrubar o governo. não tinham plano b para o que desse e viesse. tanto é assim que o grande chefe spínola foi obrigado a aceitar adendas num  chamado programa das forças armadas. e isto tudo por causa do povo que encheu as ruas para ver as balas e os canhões. e não havia maneira de arredar pé nem mesmo com avisos dos oficiais da eleite para irem para casa dormir. esta consequência alterou o plano pacífico daquela elite.  desta balbúrdia surgiram uns carolas que se armaram em revolucionários sem nunca terem lido ou ouvido falar de revoluções populares. só quando estudaram no liceu é que os professores falaram acerca da revolução francesa. acontecimento muito longe que deu em cortar o pescoço a uma tal antonieta... nesta área eram uns analfas de primeira. aprenderam rapidamente com o povo esfomeado que não precisa de ler marx para invadir propriedades. neste caso foram as dos privados. a toda a hora o programa expandia-se como a lepra, juntando mais uns dizeres para enfeitar. até que apareceu uma alínea que dava para caçar os pides. pudera, se não fosse o povo começar a folia de os apanhar na rua a pide ainda estaria aí para o que desse e viesse com a mesma designação. um dos grandes chefes da revolução de abril tinha sido condecorado pela pide e dava pelo nome de general costa gomes, mais tarde presidente da república indigitado e feito marechal antes de bater a bota. perdão, isto não era para ser divulgado... outra consequência das reivindicações da elite militar foi a de que a soldadesca deixou de obedecer a quem quer que fosse e negou-se a ir para a guerra. acabou-se a guerra e claro houve logo uns políticos-novos que se aproveitaram da onda para substabelecer posições nos camaradas. quantos mais melhor pois os partidos sem gente não são ninguém. concluindo: as duas constituintes imediatas aos afazeres desrespeitosos da elite militar foram: o povo descontrolado, o que serviu para grandes assaltos pela parte de todos àquilo que não lhes pertencia; depois veio a desobediência dos soldados, daí que o portugal histórico afunilou. no tempo de dom joão I isso nunca podia ter acontecido por causa da ajuda dos mercenários que não eram nacionais. faço-me entender? claro que não! agora saltemos para uma das últimas e mais vergonhosas consequências provenientes do chamado 25 de abril, o tal que construiu a ponte que era do salazar. no tempo logo atrás e também logo a seguir mas mais moroso, quem era funcionário público nunca tinha o dia certo para receber o seu vencimento. na privada  davam-se casos em que a data em que os trabalhadores deviam receber passava para modelo de apostas. é já amahã. ou talvez depois. toda a gente gemia. de um momento para o outro tanto o estado quanto os patrões da privada começaram a pagar ao segundo. dia tal e logo o dinheirinho  já cabia na conta dos esfomeados, outros nem tanto. que alegria beata lúcia! mas o que se estava a passar? a banca, meus senhores. a banca! até o estado passou a ser considerado pessoa de bem. e que bem, pelos funcionários que antes o execravam por causa da incerteza de calendário dos pagamentos. a banca foi fazendo a cabeça ao estado e depois apropriou-se do mesmo estado. neste caso, o nosso. como foi possível? através dos lacaios que os senhores da banca colocaram ao seu serviço dentro do estado e que ao mesmo tempo serviam a banca. era uma rebaldaria. tipo elefante branco das meninas. havia putas de todas as cores e feitios. era vê-los sair do governo e entrar de cabeça na banca e vice-versa como uma espécie de sexo oral que para muitos não é sexo. dizem,  que eu de sexo já nem tenho dinheiro para ir ao banco. perdão às putas. quer dizer, hoje em dia os estados estão nas mãos da banca assim como as moças estão nas mãos do tráfico sexual que dá para todo o serviço. a culpa de eu escrever assim recai no platão. que mania de escrever alegorias, sobretudo a da caverna. e a alegoria da caverna queria dizer o quê? que um desgraçado - que fora agrilhoado desde que nascera numa caverna escura como breu e que só podia olhar em frente onde visualizava sombras falantes por via de uma luz que lhe aquecia o cu (logo, estava por detrás dele, logo projetava sombras) - se libertara. e que quando chegou ao portão se espremeu todo por causa da claridade. chegado aí, e passados uns minutos em que a luz abrandou de intensidade que não de velocidade,  deu graças à palas atena pois ficou a conhecer a realidade ou a verdade. como era democrata-cristão resolveu voltar para junto dos outros agrilhoados (tinha-me esquecido que o vesgueta estava acompanhado) para lhes apregoar a boa nova. diz-me irmão qual é a boa nova, perguntou um dos escurinhos (era escuro devido à falta de luz)? que o estado é uma banca, respondeu o do agora luz.
ps: "estamos fodidos!" bem, isto fica para próxima letranovela
mmb

terça-feira, 15 de julho de 2014

banco espírito santo cai numa armadilha criada em áfrica e com ramificações em portugal

a ingenuidade e a ganância dos administradores agora caídos em desgraça está na base do grande golpe que o bes foi vítima. vejamos os passos do "assalto": o dinheiro - primeira tranche de 3.000 milhões - sai para uma espécie de filial do bes em angola que a canaliza em empréstimo de imediato para uma "certa conta". este dinheiro volta a portugal e é investido por gente de primeiras páginas na compra de grandes empresas. os jornais afetos a essas empresas publicam loas a este tipo de negócio. e quando certos dinheiros em movimentos escusos são "apanhados" numa de pagamentos a "estranhos" gestores a justiça entra em ação. durou pouco tempo a investigação. pouco tempo  depois tudo volta ao "normal". quem se apropriou dos três mil milhões voltou à carga e "recebeu" mais quase outro tanto. este capital voltou pelo mesmo circuito para lisboa para novas compras. esse montante desapareceu por conveniência para quem se serviu deles. na bolsa houve vendas e compras e muitos movimentos. vamos por partes, como é que um banco como o bes caiu nesse engodo? é simples, alguém de peso oficial em angola garantiu o pagamento integral dos empréstimos. como? lançando mão ao petróleo como garantia. os líderes bancários - chamemos-lhes assim - não hesitaram em autorizar o empréstimo. até, segundo consta, havia mais uma terceira tranche a realizar. por acaso a questão do petróleo salta para os corredores da política (adversária... não  explicarei)  e fica-se a saber que o petróleo angolano está nas mãos de chineses e russos por uns bons 15 anos. mais, que não servia de garantia ao banco português nos mesmos próximos 15 anos. pânico! a família que umas vezes é banco outras empresas precisa de dinheiro para as aflições surgidas com a razia do capital que lhe rapinaram e que está em vias de o ver por um canudo, recorre à pt (onde tem lá antigos lacaios) e saca 900 milhões para desafogo (trata-se de um pedido de empréstimo - à la  calote - mas para pagar mais tarde, pois a família é gente séria) . é uma espécie de prolongar a agonia. quando lhes começa a faltar  o ar, tomam conhecimento de que quem pediu o dinheiro emprestado para angola e que dava como garantia o petróleo sabia muito bem que não poderia utilizá-lo como garantia tão cedo. vingança do tempo colonial...  mas, como caíram como patinhos os responsáveis pelo banco? aqui entrou a diplomacia. uma diplomacia traficante e percentual, quase oficial - tipo paralela. esta parte será entregue aos investigadores oficiais a indicar pela justiça portuguesa na base de um inquérito, isto se  não houver outro meio... até lá há que corrigir erros e tentar equilibrar o "comércio" entre o estado angolano e o estado português para evitar maiores prejuízos. só que ninguém acredita que o governo angolano vá permitir uma investigação que talvez lhe bata à porta. hoje, foi dito oficialmente na tvi 24 que o regime de angola era o mais corrupto de áfrica. e também foi dito que a própria comunicação social portuguesa omitia este fato. bem, mais um banco que estoira e mais uns euros a serem espremidos aos pacóvios dos portugueses para a desbunda da canalhagem. eh pá, tanta mentira que me contaram que não resisti em repeti-la também. e foi assim  que acrescentei mais um ponto ao conto.
mmb

sexta-feira, 11 de julho de 2014

o futuro primeiro-ministro de portugal e o seu vice-primeiro-ministro

imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">a malta já percebeu o que se está a passar: dois homens andam país dentro e fora que é como quem diz litoral e interior, mais litoral que interior. quem são? antónio costa e antónio josé seguro que disputam oralmente uma corrida que na américa passa pelo nome de primárias. para os que estão lembrados foi numas dessas primárias que mataram um kennedy (dos muitos que encalharam na máquina estado-unidense, tem décadas e décadas e dela não fazem intenção de sair) que se predisponha a conquistar o direito a habitar a casa branca-washington-not-dc. nas primárias os candidatos vão dizendo coisas de interesse para o país e para captar prosélitos e pagantes  e pelo meio vão tentando encostar o outro candidato concorrente ou outros às cordas. em portugal foi criado recentemente um entretenimento  do género, só que os dois interessados na presidência do futuro conselho de ministros ainda estão na fase do croché. seguro já deu uma picadela. porém, sem resultados visíveis, pois costa só desinfetou o buraquito. e porquê? porque para ele é ainda muito cedo para uma luta fratricida e costa perderia imenso com este tipo antecipado de luta, pois ficava com o bebé morto ao colo. e às vítimas ou corruptos o poveco embala e acaricia. esta competição vai aquecer mas já em cima do dia da estimulosa e nóvel votação "interna" no feudo socialista e virada para um "eleitorado" aficionado-simpático e espectante.  seguro já está a meter pena. arrasta-se por centros de caridade política para televisão ver e difundir e discursa como se já estivesse a combater a imagem putativa de passos coelho-portas numa corrida maluca para o parlamento. a confusão na cabeça dos pensionistas e outros pesos sociais já está instalada. a sua verve - de seguro - está direcionada contra passos e indiretamente contra costa - pelo menos é esta mais uma conclusão-confusão espalhada. costa dá-lhe meia praça e corta-lhe a volta. seguro já tem a língua de fora. e vai morrer assim à beira das "urnas" privadas. costa tem já uma corte de pesos-pesados-muito-adestrados que são quase um ministério completo. se não me engano até já sei quem vai ser o próximo vice-primeiro-ministro. isto é, costa conta com um vencedor nato com provas dadas no terreno. aliás, partiu recentemente para os açores  para preparar o "exército" a fim conquistar o mindelo para o seu "companheiro de rota" ou route. carlos césar, é o campeão dos açores. está escrito nos hadrões do LHC.  dá para apostar. aguardo mais indícios para continuar com esta saga. a verdade se diga, eu costumo acertar numa percentagem de 50%. já não é mau!!!
mmb

quinta-feira, 10 de julho de 2014

se o que se passa no bes é passível de suspeição....

não seria melhor meter lá um comissário da polícia de segurança pública  em vez de um conselheiro de estado?

quinta-feira, 3 de julho de 2014

o novo partido socialista-socialista de antónio costa



contam para aí e acolá que tanto antónio costa e o seu grupo se preparam para avançar com a criação de um novo partido político.  antónio josé seguro para poder sobreviver ao vazio que se lhe envolveu arrastou o partido socialista para um previsível desastre eleitoral. com esta atitude antónio costa vai forçar seguro a esclarecer o caso da liderança do ps antes que cavaco e psd façam o mesmo que o irmão do prof. daniel sampaio quando era presidente da república: convocou eleições depois de ter dissolvido a assembleia da república. o psd na altura coligado com o cds detinha a maioria no parlamento... se cavaco dissolve a assembleia neste momento lá se vai o que resta do ps que parece estar - pelo país profundo - em campanha eleitoral. quem presta atenção à opinião pública sabe que passos coelho está a subir no entendimento e consideração do povo português. ele mexeu com as pensões dos mais poderosos que até se associaram para berrar nas escadarias do palácio de são bento quais militantes da cgtp... as pessoas sabem e sentem que o governo de coligação está a tapar os buracos deixados pelo partido socialista. está ideia apesar de ser meia verdade está a passar e é bebível por uma grande parte do eleitorado que não foi muito "incomodado" pelas medidas restritivas do governo. depois, é de crer que passos faça como todos os governos quando se aproxima o período eleitoral. isto é, alivia  a canga à besta. logo, será de ter em conta este velho golpe. é por isso que nasceu a ideia de um partido socialista-socialista para ir rebuscar um passado recente glorioso e poderoso para fazer frente ao monstro social-democarta. costa é um poderoso? sim mas com as portas  vedadas para a realização de  uma eleição interna  antes do cisma socialista que o catapulte à liderança, não passa de um leão enjaulado. e leão enjaulado até o camões lhe envia perdigotos rimosos através das grades. partido socialista-socialista... não lembrava ao diabo.
mmb

quarta-feira, 2 de julho de 2014

há o mercado do bulhão, o da ribeira e o mercado jornalístico que está na moda e que promove anódinos acontecimentos para poder sobreviver à custa do empresariado


passada que foi a campanha jornalística sobre o futebol-mundial, eis-nos metidos numa outra encomenda comunicacional que está a gerir  a ida de shopia andresen   para o panteão. olha, é a netinha a ler uma poesia da avó. depois o neto. a seguir o manuel alegre e um sem número de individualidades a colocar a poetisa num olimpo à portuguesa equiparando-a à lírica homérica. tudo isto num refolgo jornalístico para entreter o pagode  na pantalha e/ou rádio quando o país bancário se afunda. para pagarmos mais uma vez o golpe ou golpes preparados nas barbas dos jornalistas de investigação que andam por aí cegos e receosos.  digo eu. não se discute a ida de sophia para o panteão. eu pelo menos não discuto. também não discutiria a ida de bento de jesus caraça para o panteão. eu que até nem sou comunista, entendo que poesia, futebol e marechais carmona e outros têm o seu espaço mas não podem reduzir a representatividade nacional no panteão a áreas de salão e diletâncias litúrgicas. por acaso, bento de jesus caraça, considerado  um grande cientista e matemático  que morreu na prisão salazarista sem direito a visita da família nos últimos momentos de sua vida, fez mais por este país que muito pimpão condecorado anualmente por chefes de estado e que serão sérios candidatos ao panteão no futuro. que critérios são estes que escolhem uns e rejeitam outros que até deram a vida pelos seus ideais sendo que estes  englobavam maior justiça social para os seus concidadãos? sophia também poetisou a justiça social . mas fê-lo recostada nos sofás do seu solar aristocrático. não arrostou com a prisão nem foi maltratada pela pide. grande poetisa! não duvido! mas há outros que esta comunicação social qual cróia acamada esquece por servilismo. mas que rica comunicação social esta.
mmb