terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

a nova política cultural


sábado, 22 de fevereiro de 2014

pedrados? cannabis? nada disso: marcelo


ouvi algumas intervenções dos social-democratas e até que gostei. umas eram de gordas figuras públicas em dieta permanente, outras eram dos mais elegantes mas também mais desconhecidos do grande público. os congressos são praticamente todos iguais. claro que às vezes um artista não convidado surge de entre a plateia e desmancha o protocolo previamente dimensionado. em dois discursos me fixei: o de  passos e o de marcelo. passos com a lata que deus lhe deu e que os progenitores materializaram excedeu-se. foi brilhante. é evidente que misturou ações políticas da sua lavra com acusações aos adversários. mas isso todo o político ousa fazer para cair bem na pantalha. e posteriormente arrecadar papeis que se dobram como guardanapos e que oferecem - depois de contados - emprego a uns quantos. repenso: passos modificou a minha maneira  de o entender. para além disso - e não estou a brincar - teve a coragem de (re)promover o seu amigo e companheiro das lides ludo-politicosas. miguel relvas - que foi maltratado na praça pública por ter utilizado a lei das equivalências académicas em seu proveito com o fito único de obter tratamento de dr antes do nome próprio ou de família (dr relvas-dr miguel) - foi catapultado a principal conselheiro nacional do partido do poder. ouçam o que voz digo: nenhum ditador teria feito melhor que passos. passos tem tomates. tiro-lhe o chapéu! falo e escrevo a sério: a própria comunicação social que lhe ( a relvas) mordeu as canelas durante semanas seguidas por causa da velocidade com que foi requisitar um certificado de licenciatura mal o novel lic. foi expulso da trincheira estatal esqueceu o processo dele e de milhares que também queriam ser dr. antes de qualquer vocativo usual em receção de hotel ou restaurante público privado. acresce-se o seguinte: muito mais rápidos que o feito de relvas foram as aquisições de centenas de diplomas de mestrado conquistados que saltaram por cima de licenciaturas, não realizadas. a lei permite que qualquer um se possa mestrear sem qualquer habilitação bastando para tal passar no crivo de uma entrevista. é só confirmar. quando passos, o novo huno, pronunciou o nome do amigo relvas, a assembleia calou fundo de vergonha. garotada, pensaram. não, meus senhores! ficou esclarecido que daqui para a frente, mais ninguém é senhor total de um partido em portugal. passos põe e dispõe do partido. o regular funcionamento das instituições passa por ele doravante. é exagero? digam-me o nome de um só um político que tivesse tido a coragem de fazer o que ele fez a relvas? relvas  tinha caído em desgraça. todos fugiram a sete pés do último panzer social democrata que se tinha resguardado-refugiado  ultimamente no papel de escuteiro e na figura modelar de chefe de família. de gritos! e mais não digo. estávamos a assistir às cenas do costume e eis que surge o prof. marcelo para falar no congresso. habituado que estou a ouvi-lo encantado e a ser manipulado pela "sua lógica" não fiquei  mais perplexo  quando o mestre da palavra televisiva começou a tergiversar com substância. hipnotizou toda a gente. parecia o marido da fadista cidália moreira quando atuava no maria vitória. foi histórico quanto um hermano josé saraiva o podia ser; foi aglutinador de unidade tanto quanto um jorge jesus antes do nonagésimo minuto em jogos periclitantes. ia discursando normalmente até que repescou o seu passado revolucionário. "que saudade ao lembrar-me do assalto à sede legião portuguesa após o 25 de abril de 1974". o quê? quem encontrou lá dentro? o pai? rebolei-me a rir. eu se o fizesse encontraria o meu pai que era todo estado novo. ah, levava pela cara, lá isso levava, que meu pai não sendo fascista não era de brincadeiras com a ordem estabelecida, que bem nos alimentou a todos... bem falou o dr rebelo. e isso viu-se  com o grito de unidade de toda a massa congressal-crítica do psd. rebelo voltou a unir o partido de sá carneiro que depois por este dividido se uniu até ao descalabro cavaquista. um bom descalabro em estradas e fachadas. para mim tudo bem que gosto imenso de percorrer autoestradas no verão que as praias do sul me esperam até que a morte me impeça de pôr o pé no acelerador. interrompo neste momento este texto pois está a falar o presidente dos pobres de lisboa. o dr santana está a borrar o clima que foi criado pela pedrada cannabiana rebeliana. que rica passa que foi. santana está de pé e a discursar com os papéis organizados. não é um organon mas tem frases hilariantes que fizeram descontrair a plateia. falou santana de casais desavindos? não, mas sim de casais desempregados. choro na assembleia? não, mas compreensão. a compreensão possível dado que estão todos bem da vida. tanto quanto se pode estar em portugal. isto não é um comentário, eu não sou comentador mas também posso afirmar que não acredito em congressos tipo passarelle. contudo se tivesse que votar no melhor escolheria passos coelho de entre marcelo, rangel e santana. aviso: o que ele fez a relvas é para estarmos atentos. ele quer o poder só para si. quem assim procede não teme a linguinha da plebe de bairro. a ver vamos.
mmb



   

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

o caroço dos pregadores

padre pedro, missionário paulo, abade antónio josé, beato vitor, freira pregareta maria joão, capelão antónio (o contente sempre baixinho) e outros veículos da oratória da causa pública, todos eles - esta semana - imitaram os antigos pregadores católicos apostólicos de roma que iam de vila em vila  expandindo a palavra do senhor deus de moisés e de outros judeus refundida para moldagem pelos europeus tanto do norte frígido como do sul mais quentinho. para vender a palavra divina era preciso fazer lembrar a bem por vezes a mal por outras (fogueiras como último argumento) os benefícios da fé. com o andar dos tempos e quando as verdades mitológicas estavam bem assentes nas mentes e nos ritos dominicais e outras datas agendadas , os arautos passaram a organizar-se à volta dos estabelecimentos sagrados. a vida das poplulações retomou o ritmo normal após as conversões e viveram felizes para sempre como o príncipe e a branca dos sete anões. no entanto, as estruturas da metodologia  que orientaram essas missões evangélicas - dado que muito frutuosas - foram repescadas por uma outra classe de pessoas. refiro-me aos políticos. estes também têm problemas de pregação e mentalização. e lá de vez em quando lá vem missa, perdão, lá vem tomada de posse, comemoração, condecoração, campanha, parada militar, etc. e tudo para quê? para arregimentarem adeptos. a fé é que nos salva dizem os emissários da palavra revelada por deus criador da eva e do adão (hoje substituídos pelo óvulo e espermatozóide evolucionados), tudo pelo bem público apelam os segundos. e o que significa bem público? eu pessoalmente não sei! tenho uma vaga ideia. talvez distorcida do que isso é. mas depois de esta semana que passou ter assistido a preleções de pedro (passos coelho) em lugares onde o apuparam, de ouvir paulo (portas) entregue todo ele à agricultura impecavelmente vestido, de ter traduzido com dificuldade a verve de antónio josé (seguro), fiquei com a sensação de que estava na idade média. isto é, ouvia espalhar a palavra da verdade por toda a parte. numa segunda vaga de tipo vieira no púlpito, surgiram maria joão (avillez) e antónio (vitorino) já como coadjuvantes. qual era o motivo dos discursos e intervenções públicas? beatificar um tal vitor (gaspar) que estivera dois anos e tal a pôr em ordem os dinheiros dos portugueses que estavam em boas mãos e que acabaram por cair em mãos menos boas. em abono da verdade diga-se que antónio josé seguro não esteve nesse aglomerado de bons pensantes porque esteve em sines a delirar.  o parque mayer e as saborosas revistas à portuguesa estão a ser substituidos por novos entreteiners. não há comparação, estes últimos são mestres da dissimulação. são intelectuais uns, mixordeiros outros. como descobrir se o que dizem é verdadeiro e serve o objetivo que dá pelo nome de bem comum? é muito difícil para mim percebê-lo. mas recordo o que dizia   a minha avó quando a questionava acerca do que era a verdade e do que era a mentira. dizia ela: a verdade e a mentira depende do gosto de cada um. se gostares de azeitonas só tens de a comer de fora para dentro. dentro encontras o caroço. cuidado com os dentes. se gostares de amêndoas, terás - para as comeres - de partir a crosta que envolve o fruto pois  no lado no seu interior encontras a semente, que é o que se deve comer . para não dar uma de estúpido disse a minha avó que tinha percebido. agora lá! mas uma coisa sei. umas vezes como azeitonas pela parte de fora outras como a semente  do fruto da amendoeira depois de partir o seu fruto. e não é que o vitor gaspar está parecido com o santo condestável do século XIV. só que na litogravura do meu livro escolar o nuno álvares pereira tinha as mãos numa grande espada. ele há cada coisa!
mmb

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

césar extrarregional


antónio josé seguro foi alertado por carlos césar para reorganizar a estratégia do partido socialista, estratégia esta que está a levar o partido para uma longa travessia no deserto. porquê césar e não outro? bem, daqui para a frente vou inventar. nos últimos 40 anos - nos açores - surgiram  3 líderes de raiz e três quartos. mota amaral, josé de almeida e carlos césar. as ameaças de liderança foram materializadas por natalino de viveiros, martins goulart e berta cabral. natalino -  após a saída histórica de mota amaral no meio de um mandato legítimo - seria o indicado para o suceder. enganei-me na leitura que fiz dele. no entretanto refugiou-se num império onde pontifica com três jornais e uma revista. e foi-se. nada mal! martins goulart foi empurrado para liderar o ps-açores. fez alguns estragos, mas tão depressa surgiu tão depressa se volatizou. que ganharam os socialistas com a sua liderança? pompa e circunstância! outra experiência na liderança partidária nos açores  teve como personagem principal  berta cabral. o caminho que teve de percorrer para chegar a santana estava minado. todo minado. os verdadeiros líderes foram três como disse: mota amaral governou e governou que se fartou, apoiado pela igreja. sendo senhor de uma inteligência fora do vulgar foi por ela ajudado a entrelaçar as ilhas num todo. certo dia, mota amaral teve de sair à pressa e refugiar-se em lisboa. disse-se muita coisa acerca da sua fuga, mas só mais tarde saberemos o que levou um líder carismático-religioso dono de nove ilhas e meia dúzia de ilhéus a atirar o poder às feras e voltar ao posto de soldado. é verdade que foi mais tarde catapultado para a presidência da assembleia da república, mas que valor isso tem senão um prémio de carreira... é uma espécie de óscar que se costuma atribuir aos arrasta pés dos estúdios. quem traiu mota amaral? quem lhe destruiu a carreira imparável? não sei, já me basta estar a inventar até aqui. reparemos, agora, para um líder que dá pelo nome de josé de almeida. no período conturbado do pós 25 de abril onde alguns quiseram sovietizar os açores surgiu um movimento popular com muita força que travou tendências suicidas em terras de controlo norte-americano. quem o encabeçou foi josé de almeida. e durante anos aparecendo e desaparecendo do palco ativo foi a ele que se recorreu para dirigir exigências legítimas dos açorianos. foi alvo de censura nos órgãos de comunicação social. abafou-se a atividade dos independentistas e apagou-se a história dos açores nos últimos 40 anos. lisboa recebeu instruções de washington  e em troca da não intervenção dos eua teve de autorizar a criação de uma assembleia legislativa com um governo próprio. por outro lado deixar cair o seu aliado josé de almeida foi uma medida diplomática. portugal da altura deixou de impor aos açores a tal sovietização que alguns crânios mais desvairados julgaram ser o futuro do mundo (deles). note-se que tanto governo como assembleia funcionavam a fingir. era a brincar, mas como pagavam bem, os "representantes do povo açoriano" também fingiam. e por que não? apesar de ser a fingir, a assembleia permitiu que nela  sobressaíssem várias personalidades empenhadas na atividade política. uma dessas foi carlos césar que surpreendeu pela positiva. o seu discurso permitia vislumbrar um caminho aglutinador assente em não roturas, coisa que não era apanágio dos social-democratas amaralistas cheio de votos, baptizados, procissões, mitos e bandas de música. a cada intervenção carlos césar juntava mais uma peça no acrotério vazio da liderança socialista. com a queda do "antipático" goulart o ps ia-se transformando mais numa consciência cívica do que num verdadeiro partido capaz de enfrentar o poderoso psd. césar aparecia e cativava. o ps começou a florir numa sociedade capada, esteriotipada e visceralmente anti-esquerda. aquelas frases de combate ao inimigo político foram substituídas por  avisos aos adversários. aos poucos foram engolindo um césar democrático e abrangente. uma cultura de esquerda adequada à mentalidade açoriana foi criando raízes. ramos cresceram e flores para colher e pronto, estavam os social-democratas arredados do que pensavam ser o eterno poder tradicional na parvónia. na primeira campanha eleitoral para as legislativas  que o elegeram césar destronou os adversários. quando começou a governar perspetivou a prazo uma ação globalizante onde as pressões políticas  foram diluídas sistematicamente. perseguições deixaram de estar presentes no dia a dia, o que de certo modo aliviou as mentes de  putativas vítimas. abriu a governação aos ostracizados. e sem abandalhar recuperou pessoas que a política tinha desfeito. ao mesmo tempo mudou a face física dos açores. são miguel que tinha marcado passo ao longo de vários anos de democracia, no fim dos seus mandatos já não era o mesmo são miguel. quando césar sai dos açores, fá-lo para a frente. é um júlio césar comandante das hostes romanas que regressa a roma. claro que esta roma é rateira e não o coroou com folhas de louro. mas como os socialistas-romanos-de-lisboa estão a contas com falta de liderança capaz de travar o inimigo, inimigo esse que tem deixado os bárbaros entrar nas fronteiras outrora invioláveis, qualquer vento encanado abala todo o ps, neste momento dividido e subdividido em vários paladares. (este período está extenso e um pouco confuso. paciência) antónio costa que envelhece dia após dia está à espera que uma  de duas portas se lhe abram. ou belém ou são bento. se apontar para belém, o esforço é menor do que se se candidatar a são bento. governar este inferno arrepia. se costa quisesse muito são bento já teria posto ordem no ps e no país face ao destruir do estado português pelos putos do psd. moralmente teria o apoio de todo um povo descontente. depois,  governar é que está quieto. césar em lisboa é como um eletrão. ora está aqui e não sabemos a que velocidade se move, ora sabendo a que velocidade se move desconhecemos onde se encontra. bastou césar retocar a gesta de seguro e todo o ps residencial se propôs a desdizê-lo. encenação, claro está, pois sabem que assim o ps está aqui está à bloco e lá se vão as digestões prolongadas encharutadas. o que o ps quer é líder. e neste momento caiu do céu césar. pelo menos para antónio costa o matemático das urnas. o que costa deve estar a pedir a césar é que não abane muito seguro senão tem ele de se candidatar a futuro primeiro-ministro. vai-te mexendo devagarinho que as presidenciais estão por aí e isso agrada-me mais do que qualquer outra coisa. quando chegar as eleições para as legislativas tens de avançar pois tu só tens trazido vitórias para os socialistas. e  césar, não pensa? claro! césar é um unificador e o papel de presidente da república cabe-lhe que nem uma luva. é um socialista limpo, não chefia fações internas do seu partido. não está para aí para dividir. e o que disse de seguro está na mente da maioria dos socialistas e do povo em geral. só que não o dizem por cobardia. os portugueses estão fartos de cavaco e quejandos. seria salutar um açoriano em belém. no passado conturbado foi assim. teófilo braga, manuel arriaga foram lições políticas. o segundo andava de elétrico no tempo em que era chefe de estado. "10.000 euros mensais nem dá para os alfinetes da minha maria." essa imagem tem de ser corrida dos detentores do poder. mais. césar está livre de compromissos. e isso é muito perigoso. ai se é...
mmb

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

papagaios criados pela igreja e pelos partidos. os primeiros estão a aprender a libertar-se com papa francisco enquanto os segundos ainda se treinam nos novos conventos

os seminaristas eram arrebanhados ainda na terceira infância pela igreja. as crianças fazem os seus primeiros anos de formação nos seminários menores sendo depois integrados nos seminários maiores onde lhes são ministradas matérias como filosofia e teologia. quer dizer, se não saem com antolhos para a vida prática deve estar muito próximo disso. basta lembrar que uma das regras internas é proibir visualização de corpos nus, por exemplo. depois há toda uma panóplia de mistérios e e milagres que são aceites sob pena de não se licenciarem como sacerdotes. a formação é superior, mas fechada. ali se fala de verdadeiros mitos com tanta certeza que ai de quem os coloque em causa. a mim aconteceu-me quase uma desgraça quando questionei o padre de religião e moral sobre matéria da fé. foi o fim! ó senhor padre, eu não sou obrigado a acreditar nessa sua informação! foi só o que eu disse. bem, adiante. a igreja fez de liceu e universidade para quem tinha fracos recursos ou vivia longe dos três centros académicos. as universidades nasceram das catedrais e durante séculos o ensino esteve na mão da igreja. por exemplo, a faculdade de letras no meu tempo tinha mais padres que a paróquia da minha cidade. os padres com o seu fervor religioso acabavam por humanizar o deus e seus parentes mais próximos fornecendo-lhes características como vingança, castigo e pecado. enfim, era assim que mantinham as mentalidades dos seus fiéis no grau zero da evaporação cerebral. não tinham outra linguagem alternativa. era o que estava a dar e o que saía das suas mentes. por azar meu dei por mim na terceira infância a ler livros "proibidos" e, claro, passei a desconfiar dos enlevos fideístas e seus pregadores. milagres era coisa que eu nunca chupei. falas divinas em todas as línguas, pior ainda. porém, certo dia perante um possível perigo de morte comecei a pedir batatinhas a deus da primeira infância: ai nosso senhor querido, eu que tenho tantos pecados... sim fiz essa figura. tenho de aceitar que o que me meteram na cabeça surtiu  efeito na ocasião. senão controlar racionalmente os incidentes que me surjam em ápice ficarei mal colocado. espero estar bom da cabeça para fugir àquelas cenas de fim de vida em que se reza e encomenda a alma a deus. quero ter prazer ao morrer. tenho exercitado diariamente esta minha intenção. é um treino do tipo que jorge jesus aplica ao jogadores do benfica para vencer os jogos... bem, quero dizer que eu e outros fugiram a sete pés da castração judaico-cristã. há quem não pense assim e eu não respeitando racionalmente o fato acabo por perceber da sua "necessidade".   "as vocações" foram desaparecendo à medida que o estado foi criando todo o tipo de escolas para toda a gente. num plano paralelo (mal comparado) surgiram no fim da ditadura salazarista organizações de ordem política que passaram a preparar adolescentes para futuras ações difusoras das suas ideologias. criou-se assim uma espécie de seminários abertos. destes saíram líderes e seus adjuvantes que se atiraram às palavras com tanta ou mais energia que os antigos emissários da palavra divina. são eles que dão vigor aos partidos. são uma espécie de jogadores criados na escola do sporting. o sporting criou o ronaldo e o psd o durão barroso. quer dizer os miúdos que saem das escolas de jogadores não sabem fazer outra coisa senão dar chutos na bola. os paridos dos seminários políticos  quais sacerdotes (também existem sacerdotisas) têm como missão encher a cabeça dos eleitores das suas verdades. quantos mais conseguem arrebanhar mais sobem na escala partidária. alguns chegam a bispo mercê das sua qualidades influenciadoras. passos chegou a bispo, por exemplo. e relvas? a cónego. e ministro silva penteadinho? a abade. a juventude partidária é um espanto! é que se não fosse assim iriam enfileirar as estatísticas dos desempregados ou candidatos a emigrar. os partidos são centros de empregos para os seus jogadores. estes invadem todos os clubes e não só. só  são eles que jogam todos os domingos, apesar de haver outros mais aptos. os atuais partidos dividiram o estado em parcelas  apropriando-se de certas cotas. é por isso que não nos espantamos com a colocação no alto funcionalismo público e noutras mordomias esquisitas de certas pessoas. tão contentinhas que elas aparecem no seu papel. são os papagaios da era moderna.
mmb

ah, maldite, excomungade!


antónio capucho abre os noticiários sistematicamente. de quem se trata? até hoje, era considerado um dos mais categorizados e nivelados social-democratas. no tempo do namoradeiro sá-carneiro (de quem f. holland copia no cuspar as leis da santa madre igreja) foi escolhido para secretário-geral do psd. mais tarde aparece como ministro de cavaco silva no tempo da loucura dos dinheiros da união. depois, ei-lo presidente de cascais, até que saiu da presidência por sua livre vontade. e por sua livre vontade concorreu numa lista fora do seu partido à assembleia municipal de sintra. nada consta em seu desabono nas fichas policiais e/ou morais. digamos que se trata de um homem digno. falo e escrevo pelo que sei e que veio a público. de repente, foi expulso do partido. eh pá, tudo serve para aumentarmos o nosso saber. e este caso faz-me recordar as excomunhões do passado assinadas pelo papa ou seus representantes credibilizados para o efeito. na minha já costumeira ignorância, julgava eu que aquele ato não passava de uma proforma. mas não era assim. as pessoas ficavam impedidas de certos comportamentos interativos de ordem social e política. outros tempos, outros papas e seus poderes! digamos que ninguém gostava de ser visto em sua companhia. quando se tratava de um figurão a coisa ficava pior que estragada dado que era apontado a dedo pela plebe. se o excomungado fosse um zé das couves qualquer, bastava mudar de vila ou aldeia e passaria despercebido. na companhia de capucho foram corridos do psd uns quantos gravetos que ninguém sabe quem são nem ninguém quer saber. como capucho ocupou vários cargos importantes nesta democracia - ultimamente era conselheiro de estado - não deixa de ter certa visibilidade. claro que a partir da sua excomunhão os aspirantes a lugares remunerados do estado e a companhias de aconchego vão voltar-lhe as costas para não serem penalizados pelo chefe dos carreteiros. capucho e sarna estão - a partir de agora - muito identificados. só que a política é a arte do possível e do impossível. e capucho, um todo fleumático tio da linha, não vai atirar ao rio todo o seu capital político que amealhou ao longo do seu percurso de vida. passsou a reserva da verdadeira social-democarcia portuguesa. não tem ações escusas, não meteu a mão em dinheiros públicos, não se pôs a bater nos adversários com os bofes vomitando impropérios, não pactuou com empresários. está limpo e agradável. temos candidato futuro quando a epidemia for debelada do partido que ajudou a nascer em tempos perigosos para a democracia. quem assim é em política não deve ser chutado sem mais nem menos. e digo isto porque  temo que com estas excomunhões fiquemos só com o lodo debaixo dos pés.
mmb

domingo, 9 de fevereiro de 2014

tráfico de arte?

claro que até condenação em tribunal presume-se inocente todo o cidadão suspeito. creio que deve ser o caso do senhor xavier. deve ver pouco com aquela caixa de óculos. mas prevenir é sempre apanágio das democracias. e é nesse sentido que se levanta a questão. mais, é preciso entender que há legislação específica para controlo e penalização do tráfico de obras de arte. será o caso? não deve ser! agora, assinar  um documento em que se declara extintos os procedimentos administrativos de autorização de expedição de obras de arte com os olhos fechados é considerado um ato ilegal uma vez que as obras de arte já tinham passado a fronteira... logo os defensores da lei têm de atuar. acontece que a autorização tem uma data. gostaríamos de saber qual a data da autorização. se foi concedida depois de os mirós já estarem em londres... 
mmb
nb: a polícia judiciária - provando o crime de tráfico de bens culturais - terá de atuar conforme a lei nº.65/2003/23 de agosto. concretamente  no capítulo I, secção I, artº. 2 no seu âmbito de aplicação da alínea t). vejamos: caso tenha havido má fé de alguém que enganou o secretário de estado da cultura, este ficará ilibado de qualquer suspeita. porém, quem transportou as obras de arte e as colocou à venda na leiloeira sabia que o não poderia fazer sem autorização ministerial escrita pois o património nacional não é vendável sem aquela. tendo levado as pinturas de miró à socapa evitando o conhecimento público do ato estava-se a infringir a lei. se o transporte fosse transparente e se fossem travados pelas autoridades no aeroporto sem documentos saber-se-ia tal fato. não foi o caso. as pinturas para passarem pelas barreiras alfandegárias teriam de possuir imunidade diplomática. quem a deu? e a que cargas de água seguiram por esta via? via esta secreta para que a polícia ficasse impedida de fiscalizar. depois, porquê londres e não nova iorque? que ligações existem entre os "carregadores-vendedores" com a christie´s para que fosse esta a preferida? a américa costuma pagar melhor! está provada a ilegalidade. isto é ponto assente. queremos saber quem foi que a cometeu já que dizem que as obras pertenciam ao estado e este somos todos nós. quem são os intermediários portugueses que tomaram a seu cargo o negócio. sabemos que o sr passos coelho autorizou o negócio chave na mão. tudo bem! quem levou a "chave" e a quem eram endossados os cheques da venda da negociata? queremos saber de quem se trata! 85 quadros de miró não são sucata! e mesmo esta já colocou na prisão um empresário e levou a julgamento uma séria de casacas. a sucata era pertença do estado! o senhor xavier da cultura pode estar completamente inocente, pois tem cara de boa gente. eu não me arrependo de pedir a sua prisão preventiva dado que com ela se iria levantar de uma vez por todas tanta poeira que quando esta assentasse iríamos saber o que tinha sido feito de centenas de obras de arte que tiveram sumiço nas nossas barbas. se não fosse levantada a questão miró como haveríamos de vir a saber o que aconteceu a outras obras de arte que estavam bem arrumadas no bpn, banco este que pertence ao estado. (perdão, acho que já foi vendido. porra esta corja vende tudo que é nosso). vamos ter de saber como é óbvio? não? ou foram só os miróses que se encontravam lá encaixotados? deve haver gente que tem o cu bem apertado com medo que algum jornalista se meta a arriscar o emprego colocando a boca no trombone. a banca tem muitos segredos tipo código da vince. sem cumprimento da lei seremos de fato uma república das bananas. que até os galeristas londrinos têm medo de negociar connosco. disseram-me que tiveram tanto medo quanto os alemães  que concorreram à adjudicação do aeroporto de macau. os alemães foram presos por corrupção passiva e perderam o dinheiro das luvas. presos na alemanha por tribunais alemães, claro! os ingleses estariam sujeitos a serem presos no reino unido se levassem o negócio avante. daí que o medo da prisão e o descrédito os tenha levado a denunciar a venda. safa!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

oral natural, com ou sem fatura da sorte? e o oral televisivo?


a prostituição está para portugal como mónica - a estagiária - para bill cliton. quero eu com este tipo de pensamento coçar platão quando se dispôs a definir, classificar e dividir ideias. parece-me que esses toques foram discutidos no livro 7 da república. se o não foram, peço desculpa. vejamos: tem dias que um velho como eu tem vontade de agarrar uma boa besuga (besuga na minha terra é fêmea boa). que faço? compro um matutino bem conhecido, procuro a página dos classificados e ponho-me a escolher as michelas (camilo designa assim as queridas putas) que oferecem os seus serviços, designadamente sexo oral. bom, depois segue-se um telefonema para o número indicado a combinar o encontro e etc. e tal que não vou ensinar o padre "vosso" ao vigário das homilias dominicais. para já, as górgones, para pespegarem no anuncio o seu volumoso traseiro - que é o que mais se vê - nas fotos têm de pagar o serviço prestado pelo órgão de comunicação social e este inclui o na fatura o imposto de valor acrescentado. até aqui tudo legal. estão a soprar-me (será o espírito que não é santo?) ao ouvido: afinal não são só os chulos  que ganham com as prostitutas. adiante: mal entramos no quarto do serviço sexual somos coagidos a pagar o preço previamente acordado. bolas! e recibo? é que sabe, eu ando a fazer tratamento à próstata e este exercício poderá estar incluído nas despesas de saúde o que me daria um certo jeito. "minino sábi nós cá  não temos ainda terminao do multiban". pode ser que da próxima vez tenha mais sorte. bem, até agora quem ganhou com a prestação de serviço foram, a saber: o fotógrafo que as retrata, o jornal que publica o anuncio, o estado que cobra o iva do mesmo. ah, já ia esquecendo a declaração do arrendamento  entregue nas finanças também fornece ao estado uma percentagem sobre a renda cobrada. dentro desses apartamentos (antigamente dizia-se que eram casas de passe) há ainda os custos com a água onde a malta lava as miudezas (quando ainda as tem), a luz e se for no inverno o aquecimento eleva o preço da energia. na água e na luz toma que já levas com iva também. também se pode tomar uma bebida enquanto nos aclimatamos com um cigarro para disfarçar algum nervoso miudinho que acompanha geralmente os machos latinos que são os que menos fodem no mundo (falam é muito). cigarro e bebida não pagam iva quando consumidos em casa das perversas? pagam sim! eu não acabaria de escrever hoje este texto se me dispusesse a relatar outras dimensões da venda de corpos com iva que existe por esse mundo fora inclusivamente em portugal. corpo danone, oral natural até ao fim, atrás adoro e mais um ou outro toque da nova estilística literária vai tomando forma. ah, também na net se pode consultar sites com meninas bonitas a oferecerem os seus préstimos. aí também ganham muitos proxenetas-indiretos.  todos nós sabemos que a net paga iva, saltemos para a fatura da bica, do queque, do pastel e de outro género distinto mas comum na obrigação de pagamento. uma espécie de formas-essência  que comunicam entre si (agora é que platão me esfola). sabemos que a maioria de cafés e pastelarias são explorações pertença de uma pequena burguesia que se arrasta pelo mundo dos negócios com eles (os tomates) bem apertados ou muito juntos. está certo, todos devemos pagar imposto. mas todos! é nesta ordem de ideias que eu vou pedir um recibo por cada chamada telefónica que faça, tal qual como peço por cada café que bebo. mal acabe uma telefonema no meu telemóvel ligo para lá (não sei onde é). passa-me um recibo (único) por cada chamada? nós aqui só passamos o recibo global! ai é! mas nos cafés do meu bairro onde bebo três cafés ao dia o proprietário é obrigado a passar-me três recibos um de cada vez. por que não fazem vocês o mesmo? eu, hoje, por exemplo, fiz quatro chamadas não seguidas. portanto quero o recibo imediatamente para cumprir as orientações do nosso primeiro-ministro. dirija-se, por favor, aos nossos serviços administrativos e lá lhe darão com certeza a resposta adequada. eu penso que tenho direito a  recibo por cada serviço prestrado em que se pague iva. e quem não mo passar está à pega com a lei. fatura da sorte é impositória!!! e na banca como se passará o esquema das faturas? está, é a minha gestora de conta? sim! olhe daqui eu, é para lhe pedir que me passe uma fatura por cada serviço que me cobram. como? oh porra, pagam-se retirando da minha conta, por exemplo, 50 euros de mensalidade por uma merda de um computador que comprei, acho que tenho direito a receber a fatura correspondente ao vosso serviço que não é de graça. e para que é que quer o senhor um recibo por cada serviço.? não lhe bastam a correspondência que lhe enviamos mensalmente? não porra, quero um recibo para me habilitar ao topo da gama do carro do mafioso! o senhor é um malcriado! ouça, eu estou a seguir as determinações do nosso governo. vou ver o que posso fazer. ouça, ou me dá  recibo  a recibo ou eu enfio-lhes com uma providência cautelar pelo cu acima. ouviu? sim, vou transmitir a sua questão ao meu chefe e logo que tenha o assunto resolvido contatá-lo-ei. ok! eh, pá, vou tentar foder o esquema do passos: está lá, é da administração do banco (segredo). sim, quem fala? ouça, estou a falar-lhe anonimamente. é assim, façam favor de pedir por cada selo que compram aos ctt e os enviam aos milhares para os vossos clientes um recibo para se habilitarem aos carros topo de heroína gama. eh pá, boa ideia, com isso ficamos com muito mais probabilidades de ganhar se nos habilitarmos aos prémios que a fatura da sorte sorteia.  ó dona maria? sim, meu querido vizinho! é o seguinte, a senhora compra todos os dia 12 carcaças no mesmo padeiro. faça o assim: compre nas sete padarias  aqui à volta as 12 carcaças e peça recibo. em vez de fazer as sua compras todas no mesmo estabelecimento divida-as por este e aquele e saque o recibo.  já se viu a ir às compras num topo de gama? vá espalhando a notícia , minha querida. bem, não sei se a fatura do pão dá direito a qualquer prémio. paciência, a minha vontade é foder este governo já que ele não faz outra coisa senão  saltar para cima dos que menos têm. passos e seus ministros são uns nabos em fazer leis por isso recorrem aos compadres que são peritos em gabinetes privados e que as fornecem muito enfeitadas. os grandes impérios económicos fogem aos impostos auxiliados por técnicos contabilísticos mas acho que desta vez vão entupir os canais da batota ou jogo que se está instalando entre nós. hoje, são os carros topo de gama  que foram apreendidos a traficantes e a gente de má nota (ou muito boa má nota). amanhã, estão a oferecer como prémio uma queca  numa uma cortesã devedora do fisco e que não teve mais nada a oferecer/a penhorar, para pagar as dívidas, senão o corpo que se encontra ainda no prazo de validade.  ai que bom! com gente desta que tira o pão à boca dos mais carenciados, acham que seria impossível que pensassem assim?, tal como eu que tenho baixo estofo moral (desta moral vigente, ressalve-se!). este governo está na onda do jogo e da batota. é raro quando se liga o televisor não assistirmos às meninas-figuras-públicas (espécie da feirante dos tirinhos) a pedir que telefonemos para o 760 mais o raio que as parta e tudo para nos habilitarmos a prémios pecuniários. ó freguês, vai um tirinho? está quase a sair só têm mais 15 segundos, telefone já, olhe que pode perder a ocasião de ganhar. eh pá, é por todo o lado a pedirem que joguemos. agora para fecharmos este coro de desvergonhas está passos e companhia a enviar-nos pedidos para comprarmos com pedido de fatura para ver se temos sorte. meus amigos, são milhões de chamadas com iva com direito a fatura. venha ela ou vou tentar apresentar o pedido de uma providência cautelar. ah, ou queixo-me ao tribunal europeu dos direitos do homem! é assim, subiu-me à cabeça que poderia fazê-lo... outros poderão aceitar o jogo da fatura da sorte mas devem obrigar aos que tudo levam que devolvam o iva que enfiam nos bolsos. é uma questão de fazer contas já dizia o guterres-atrapalhado .
mmb

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

onde há dinheiro há ladrão

.. onde há dinheiro há ladrão, dizia a minha avó; só tens direito na vida a três gargalhadas, usa só as primeiras duas e guarda a terceira para quando  estiveres a borrar-te de dor e medo, concluia a velha senhora nessa tarde de chá e bolo de abóbora,  altura essa em que   fui cravá-la nuns dinheiritos para os cigarros, copitos e gastos numa visita a dona leonor augusta freire, senhora de um negócio oficial de prostituição que se dizia sócia em  parceria público privada com madame blanche também industrial do mesmo ramo mas residente no continente. minha avó também me ensinou a cheirar ladrão. não digo como é porque é segredo. esta conversa ficará para mais tarde pois vou ver o programa da teresa guilherme. oh, já acabou! também não faz mal. talvez ainda dê para apanhar a rtp (r)=renovada  com muitos filmes de porrada! porrada! porrada! ah, e facadas! ah, e tiros! e ainda culpam o primeiro passos coelho e o seu sec. da cultura de quererem enviar para londres aquele lixo e merdas do miró... pinturas horríveis que até arrepiam o caixa-de-óculos da cultura com aquela cara de acusador de arte decadente. depois do desaparecimento da natália correia mais nenhuma voz credível tomou forma  e som para pôr na ordem este escol de escudeiros do deve e haver. há uma coisa que me faz pensar acerca do procedimento policial, pois quando acontece haver suspeita de um crime - o caso das pinturas cheira-me a qualquer coisa pouco correta e ilegal -  as autoridades costumam apreender as provas para as levar a tribunal. neste caso nada disso acontece, e já corre uma segunda providência cautelar... os objetos circulam de um lado para o outro mesmo nas barbas  das autoridades. sou só eu e uns poucos que vêem isso? será mesmo portugal uma república gerida por leis fundamentasis ou se orienta por leis de bairro? onde uma espécie de capo dita as leis...........
mmb





terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

continuação: "mirós" abalam a honorabilidade inglesa e deixam numa franja de nervos os que se sujaram com este negócio

os reputados donos da leiloeira inglesa  levaram um pontapé nos testículos e dobraram-se que nem os expulsos por mau comportamento das casas noturnas de má  e boa fama de prazeres. gemem (ganem) neste momento que nem cães apanhados nas antigas redes camarárias.  eu tenho de parar pois estou a rir que nem um perdido por causa deste  final imprevisto do primeiro capítulo desta história de saque à cultura. vejamos se explico a gargalhada: sabe-se agora que "os mirós" não foram roubados mas a sua deslocação a inglaterra à socapa para serem vendidos ao maior lance foi ordenado pelo governo. disse-o sua excelência governativa o atual secretário da cultura perante as luzes das câmaras de televisão que os agora muito despertos jornalistas lhe enfiaram nariz adentro. quer dizer, os patetas dos ingleses (são-no só neste momento do desenrolar do episódio, pois darão a volta dentro de momentos e como de costume agarrarão uma boa fatia do nosso dinheiro) tendo a cobertura oficial do governo português para levar a efeito a realização de um leilão de pinturas de miró (coleção única no mundo) julgaram que a coisa lhes ia render qualquer coisa como 13 milhões de euros. negócio  limpo e  dentro de todos os conformes legais. julgaram os ingleses que lidavam com gente cuidada e que levava muito a série a questão fundamental que é a confiança nos negócios. estavam os até agora patetas dos ingleses convictos  de que um governo democraticamente eleito forneceria a respeitabilidade que convém quando se lida com clientes multimilionários que gostam de investir em segurança. quanto engano! os ingleses fazendo jus  ao seu apanágio e marca, a marca inglesa de credibilidade indiscutível sentiam-se fleumaticamente invencíveis. por outro lado, o mediático passos coelho e o seu vice passeando pela europa apresentavam uma ideia de um portugal moderno. mais, sempre que possível lá iam abraçar o chefe máximo durão - outro pavão delirante - o que se traduzia por muitas fotografias e bocas difundidas por esse mundo fora. o cenário externo era incólume e era  de pensar ser mais válido que as jóias da coroa da rainha (pode ser a inglesa).  quantos mirós ? 80 senhor primeiro-ministro! venda-se! mas senhor... venda-se, já disse. porra, a coisa estava a caminhar sobre carris e em beleza. agora vamos dar um pequeno salto para olharmos o precipício em  que se meteu a coligação psd-cds. a oposição ao governo assim que percebeu que apesar de "os mirós" terem saído legalmente do país embora à socapa e em segredo continham matéria explosiva  queixa-se diretamente ao ministério público a fim de ser aplicada uma figura jurídica muito usada entre nós (mais do que os preservativos oferecidos à juventude pelos responsáveis educacionais) que dá pelo nome de providência cautelar para impedir a venda daqueles. não serviu de muito dado que quem  julgou o pedido achou que apesar de "os mirós" serem pertença do estado não haveria incompatibilidade ao enviá-los a leilão. são feitios, nada a comentar... acontece que este balançar dos quadros pariu uma coisa que nem passos, nem os ingleses e  nem os órgãos de soberania envolvidos previram: o descrédito  e a condenação pública nacional e internacional a quem à falsa fé e às escondidas envia para vender um tesouro nacional fora do seu país e a quem negoceia a compra . não sei se estão a ver aqueles queridos que na segunda guerra mandavam encaixotar às escondidas obras de arte roubadas para depois as colocarem em lugares onde possivelmente as iriam buscar mais tarde. tudo isto feito em segredo como convém . não é o mesmo caso. este governo não rouba.  mas este governa trai. trai a confiança e procede como os ladrões sem o ser. diga-se em abono da verdade: não é a mesma coisa! não são ladrões mas a imagem que passa agora não é nada abonatória. deixemos a questão da nazificação da arte aos tribunais internacionais. voltemos a esta atitude nojenta, traiçoeira e velhaca que caracteriza este governo. com a sacanice dos partidos de esquerda ao apresentar  queixa crime os ingleses começaram de início - armados em parvos - a exigir indemnização de 5 milhões de euros pelos custos causados pela despesa em organizar um leilão com tal envergadura e que ficaria sem efeito. só a publicidade gasta neste evento rondou um milhão e meio de euros. vejam só!!! os ingleses fodidos (já digo porquê) a quererem como sempre não perder. mas queridos quem põe os pés numa pocilga suja-se e não são só os porcos que estes já sabemos estão sujos... logo, mal visto um governo que vende e exporta bens patrimoniais comuns nas costas do seu povo, mal vistos também os seus companheiros de negócios. por mais que se sacudam  a fim de limpar a má imagem da negociata obscura e suja (foi apresentada queixa aos tribunais pelo ps e parceiros) mais ela - nos tempos mais próximos - os conspurca. e não há indemnização que os compense. esse negócio repugna tanto quanto o que se faz com os diamantes de sangue ou aquele em que somas astronómicas são depositadas em contas bancárias de ditadores e parentes. os ingleses perceberam a delicadeza da questão  e por isso estão todos cagados e condenados moralmente.  foi tiro de canhão que lhes foi bater à porta... está o governo português a retirar dos vencimentos e das pensões quantias que fazem falta à mesa de milhões de portugueses e ao mesmo tempo anda a vender às escondidas obras de arte para encaixar milhões. eh pá, para onde iria mais este  dinheiro? para pagar dívidas? mas elas continuam a aumentar! passos borrou a pintura. vou terminar: tenham cuidado todos os responsáveis pelos museus onde se encontrem obras de arte. ponham-nas a bom recato. olhem o que aconteceu a "os mirós" . as galerias que estejam também atentas. há por aí gente que não se confessa. esquecia de dizer que  foram os ingleses que desistiram de vender diamantes de sangue, perdão pinturas de miró aos molhos, e não o governo português.
mmb
nb: disse o pre-culto joe berardo - numa estação de tv - que as 80 obras de arte foram emaladas como sacos de fardo. não foi bem assim, mas parecido. se é assim, essa gente (governo) não tem sensibilidade para as artes e letras. e vejam só que quem o disse foi berardo, um quase intelectual de letras e artes.

o golpe dos "mirós"? mas que grande organização...

qualquer obra de arte (considerada como tal pelas grandes autoridades portuguesas...) está impedida de sair do país sem a devida autorização oficial. se houver ministro da cultura é a este em último caso a entidade permissora. há, portanto, toda uma cadeia (salvo seja) de intermediários oficiais que tem de se pronunciar.  no caso atual, para se poupar uns dinheiritos substituiu-se o ministério da cultura por uma secretaria de estado. é o que temos: um secretário, que por acaso desconheço o nome. eu e muita gente. "os mirós" representam uma apreensão de propriedade uma vez que as dívidas (prováveis) dos seus proprietários não tendo sido pagas tiveram esse destino: o destino de todos os caloteiros: penhora! passaram pois "os mirós" das mãos dos seus ex-legítimos donos para os seus novos legítimos proprietários. estes quem são? nada mais nada menos que o estado português e extensões (direções, departamentos, etc). isto é, quando são as obras de arte propriedade de particulares, elas têm de possuir autorização para sair do país. como já pertenciam ao estado, a sua deslocação não poderia nunca ser executada sem que o conselho de ministros o permitisse. eu explico para que não tenham dúvidas sobre a legitimidade cultural do que aqui se vai afirmar. no século passado (1968 ?), quando a giaconda (l da v) foi de passeio a nova iorque para delicia dos seus habitantes o governo francês (aquele quadro fora rapinado aos italianos) deu ordens para que a deslocação fosse efetuada num cruzador cheio de tropa para a guardar de possíveis desvios... "os mirós" que pertenciam ao estado português apareceram em londres ao cuidado de uns comerciantes a quem a malta denomina de leiloeiros. "os mirós" estavam à guarda de entidades oficiais. "os mirós" eram propriedade do estado português. "os mirós" tinham como responsável "um" diretor geral. "os mirós" - pelo seu alto valor - estavam à guarda de uma empresa de segurança. "os mirós" valeriam à volta de 80.000.000 de euros (oitenta milhões de euros). quer dizer, valem tanto que excita a cobiça de muita gente, sobretudo de gente de países que  por lidarem com as coisas da cultura com outros modos não perdoam aos parolos a sua ignorância e a sua ganância. sabendo do tesouro, os leiloeiros e seus "friends" cá no burgo acharam por bem que portugal devia vender "os mirós" para seu próprio beneficio - seu dele portugal... amenizava a dívida que o bpn (a quem tinham sido retirados por dívidas fraudulentas) tinha para com o estado. era uma grande ajuda o que se pudesse apurar com a sua venda. uma enorme ajuda para o estado português!!! assim pensaram os ingleses atuais guardas de "os mirós". obrigado, muito obrigado aos ingleses!!! que gente boa!!! como é que "os mirós" saíram de portugal? saíram à noite das instalações onde estavam guardados auxiliados por quem e com que autorização? quem a assinou? não tem nome? o seu transporte teria de ser muito bem realizado pois tratando-se de quadros tinham de ser muito bem condicionados. 80 quadros ocupam muito espaço pois têm de ser encaixotados. a viatura que os transportou teria de ser grande. muito grande mesmo. se passaram pelo aeroporto foram de certo vistoriados pelas autoridades muito atentas às barrigas das mulas e outros seres humanos que tudo fazem para ganhar uns trocos transportando nos intestinos um certo pó que dá pelo nome de pó de anjo. "os mirós" passaram pelo nariz dos "fiscais" sem mais nem menos? que fiscais!!! tal volume não levantaria suspeitas? teriam sido "os mirós"  mulas? eh pá, neste mundo tudo é suspeito!!! e em portugal até as ondas do meco estão a braços com... tir (termo de identidade e residência...) se de fato os quadros seguiram o procedimento legal, onde estava a oposição que tudo fiscaliza (mormente os atos do governo) quando aquele acervo mirolante passava de um estádio a outro até cair nas garras dos  tratantes finais? ah, e só agora é que põe a boca no trombone desconfiada de golpe!!! qual o papel da oposição quando se delapidam bens nacionais? pelo andar da carruagem das duas uma: ou foi autorizado o seu transporte para inglaterra pelas autoridades portuguesas ou as pinturas foram roubadas. neste caso, não há problema pois há que considerar o seguro. assim, não haveria prejuízo para o estado.  quem as roubou? ninguém!!! porque neste caso a pj estaria já em campo. ou não? se não houve participação aquela polícia nada poderia ter feito para prender os transportadores de bens nacionais atuando à socapa. parece que tudo foi feito em segredo para não dar nas vistas senão quando as pinturas estivessem seguras em solo inglês. e, neste caso, não podemos considerar roubo nem aceitar que houvesse alguém responsável que tivesse assinado os papéis. então como sair deste imbróglio? à portuguesa!!! e como é que isso se faz? o governo de portugal ofendido pelo que dele se diz (o pior possível) autoriza a composição de uma comissão de inquérito para averiguar o que "realmente"se passou debaixo do seu nariz e para lavar a cara que diga-se de passagem não só está cagada como exala fedor simiesco . entretanto as pinturas estão neste momento a ser leiloadas e compradas por chineses em substituição dos japoneses que compravam tudo desde picasso a klimt entrando com milhões de milhões. grande negócio para os cofres do estado dirão os entendidos que conspurcam na pia de todos os partidos. uma última palavra para os jornalistas. quando se aventou a hipótese de estarem na iminência de serem vendidas as obras de miró no valor de mercado de 80 milhões de euros e de este dinheiro ir desaparecer na fogueira da suspeição, qual a razão de pararem com as investigações precisamente na altura em que elas são "roubadas" ou oficialmente desviadas do lugar onde se encontravam detidas e  à disposição do estado? estranho, muito estranho!!! claro que legalmente haverá quem encontre um buraquinho na lei onde tudo caiba a bem da nação. vão-se foder!!! safa! e dizia a minha avó: onde há dinheiro há ladrão! e eu: querida avozinha, não fui eu! juras? se juro! entonces não... entretanto a comissão de inquérito... porra, com  a idade que tenho já fui cremado quando uma mistura de oficial às ordens com escuteiro de passagens de peão aparecer como porta-voz... vai durar tanto tempo - o debate miroquiano - tanto quanto o que até hoje foi "gasto" com  as faladuras de camarate.
mmb

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

se houvesse uma revolução... o povo aplaudiria!

(e) se houvesse uma revolução em que aparecesse um "general" chefe da mesma (e) que proibisse os partidos políticos (e) instaurasse uma representatividade popular direta (e) permitisse  ao povo recuperar o que lhe roubaram (e) na pior das hipóteses lhes permitisse armar-se.... (e) ... (e)... (e)...
e o quê?
o povo aplaudiria!