terça-feira, 26 de novembro de 2013

dos quatro ministérios invadidos só um poderá aguentar mais tempo

o ministro das cervejas, por ser estruturalmente robusto, é o único dos seus colegas do executivo capaz de aguentar uns bons  dois minutos no jogo do sopapo que tudo leva a crer irá ter lugar dentro em breve  em vários ministérios. e a polícia? a polícia nos dias mais próximos está de mãos-morais-atadas pela triste cena da tomada das escadarias do palácio de são bento onde pernoitam e "perdiam" os representantes dos empresários, dos esquerdistas e de outros queridos que têm deixado passar imensas leis criminosas contra um povo e a sua constituição sem se aperceber que o próximo 25 de abril está já na forja. marcelo governava contra o povo - e os miliatres - e lixou-se, perdão fodeu-se e acabou no brasil e dar aulas que era o que ele mais sabia fazer. estas invasões nos ministérios que o povo mascarado de sindicalista (e vice-versa) anda a realizar fazem-me lembrar  outras, especialmente as de 12 e 13 de novembro de 1975 quando o governo e deputados à exceção dos comunas  não tendo ninguém (forças policiais) para os defender (eh pá, não gosto de ser sequestrado...) resolveu organizar uma fuga à dom joão VI para não levar umas bofetadas dos filhos de puta dos franceses e de alguns indígenas nacionais que eram do contra, isto é, eram republicanos. não pensem estes trastes  viajar até aos açores que maus cheiros já há lá que  baste. aqui - nos maus cheiros - não posso deixar de incluir o eleitor servilista regional que é de uma tristeza de todo o tamanho. só um aparte: cavaco lixou o povo açoriano e descredibilizou as suas instituições democráticas e como resultado de tal sacanagem foi o que mais votos obteve nas urnas aquando da sua reeleição. a rebelo pinto acaba por ter razão: não incomodem a burguesia com esses barulhos seus populaços reivindicativos. pois é, o governo e os deputados ficaram reféns de uns tantos ferozes trabalhadores de sindicato que lhes queriam ir às fuças. ninguém os defendia. nem os militares. a bagunça estava instaurada e a vida nada valia. trinta e tal anos depois, uns esqueceram e outros não tendo assistido ao perigo não fazem a mínima ideia do que é estar próximo de uma guerra civil em banho maria ou banho de sangue. estamos  falar de lisboa-portugal. não refiro terras do cu de judas. a malta não liga muito àquilo que alguns andam a preconizar. são como todos os que deixam para o último dia a resolução dos seus problemas. depois, é um ai madrinha que estou fodido! pois é, sem os militares e a sua cobertura nem o ranhoso lacaio dos americanos queria ser governo. estou a referir-me ao amigo do criminoso de guerra george bush. eh pá, esta merda saiu-me sem querer. é que não se pode ofender os americanos nem os seus cúmplices que isso até pode dar prisão ou um tiro no toutiço. quer dizer que em qualquer lado que estejamos a vida não vale um tusto. se levarmos a vida toda direitinha ou vem ladrão que nos assalta a casa e nos maltrata ainda por cima ou os pulhas que se infiltram nos corredores do estado  nos roubam descaradamente e nos obrigam a fazer dieta. ninguém, hoje em dia, tem palavra ou honra. nem eu! com as greves por tudo e por nada controladas pelo pcp, com todas as forças de segurança em atitudes desafiadoras contra estado de direito, com as greves dos meretíssimos juízes e procuradores através dos seus sindicatos, com os sargentos dia sim dia sim a imporem-se contra a desarticulação da instituição militar, com as greves semanais nos transportes e com aquilo que nos foi dado observar acerca do derrube das barreiras que impõem o limite para manifestações pela própria polícia é bom que nos preparemos para uma próxima madrugada... é pena que a dona zita seabra - que edita grandes pensadores portugueses como os casos de santana, filomena, etc. - não queira ganhar algum editando um manual de defesa e nos instrua como nos defendermos das invasões tanto de civis como das forças de segurança. este manual deve ser dedicado aos deputados, aos ministros, à dona maria cavaco silva (esta senhora está inocente neste caldeirão, e não achei bem que ela fosse apupada pela populaça aquando de um seu recente aparecimento público numa grande superfície comercial) e a muitos outros que nunca leram o que fez afonso costa e seus apaniguados no tempo em que portugal estav na fossa. ministro prevenido vale dois secretários de estado, um cartão com desconto de 10% no continente, um preservativo com música e a possibilidade de assistir a um filme na rtp1 à noite e que também se recomenda a presidiários. para terminar esta carta e que já vai longa: com a aprovação do tribunal constitucional no aumento de horas para os trabalhadores da função pública sabendo que isso fere o espírito da letra da constituição estamos conversados. vem aí outra vez a vez do medieval clero, nobreza e povo.
mmb

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

cantador de fado ridiculariza mário soares dizendo que dormia nos conselhos de ministros quando o assunto em discussão versava finanças.

  1. o dr. mário soares cometeu um enorme erro de análise ideopsicológica ao convidar o cantador carlos do carmo para discursar numa espécie de ação "pró-comissão eleitoral de união democrática" que teve lugar ontem na sacra aula 










magna da universidade clássica de lisboa. lugar de "muito respeito" onde a luta ideológica atingira no passado altos momentos. estou a lembrar-me, por exemplo, de uma célebre intervenção da intelectual fátima bonifácio quando portugal se desmoronava em cacos e havia que definir rumos à custa de um confronto que apresentou - por vezes - a sua face  mais violenta. o atrás citado cantador, para além de ter retratado o convocador do "encontro de esquerda (do tipo pseudo e muito clorofórmico)", o dr. mário soares como dorminhoco nos cenários do conselho de ministros  atreveu-se mesmo a atirar uma boca tipo fadistal  para os supranumerários  oposicionistas: soares portava-se como um monarca. depois desta deselegante prosopografia cc empolou a sua amizade com álvaro cunhal para evitar pronunciar-se sobre o período do prec... mal citou o nome de cunhal levou com uma ovação do tipo canoa de vela erguida cantada pelo zé viana no parque mayer. o peripatético cantador - move-se muito no palco - ainda se atreveu a dizer que estamos nesta púcara vazia e cheia de juros a pagar por causa de uma certa  esquerda. qual esquerda? todos perceberam e calaram. a maioria estava pregada nos fauteuils. não vou comentar intervenções de helena roseta, mário soares ou mesmo do prof. j. pacheco pereira porque pertencem a um grupo de rotativistas. podem dizer as coisas mais alarves que não conseguem afugentar nem agregar seja quem for fora do seu circulo de amigos. são todos beneficiários do estado e de outras instituições aparentadas como sejam câmaras, assembleias e outros apanágios. fazem o que podem: ganham o seu. se ganham demais, não sei, não vou atrás do que se diz pelos jornais. a mim só me interessa a lei e o respeito por ela. refiro-me à lei fundamental e não às leizinhas que à custa dela se vão impingindo aqui e ali mordomias para beneficiar este ou aquele, grupo ou indivíduo. para estas espetadas legislativas estou-me espremendo. ao mesmo tempo que se discutia a situação do pais -( e alguns oradores mais tripadores pediam a demissão de cavaco silva e aconselhavam a fuga dos usurpadores do trono dos antigos reis antes que o povo se lembre de acordar )- os polícias derrubavam as barreiras que dão direito a bastonadas indiferenciadas nos ciaddãos   manifestantes (os que lhes pagam o vencimento). os polícias que não são parvos - o que querem é ganhar o seu para poderem comer, sustentar os filhos, pagar a renda da casita, a prestação do carro e outras culinarices - permitiram que os seus camaradas de armas reduzissem as leis protetoras dos senhores do regime à ínfima espécie. isto é, se aquela malta estivesse  mais esfomeada, naturalmente que imitaria o golpe intramuros do 25 de abril congeminado pelos capitães por via de estarem a ser mal pagos e fartos de dar tiros e levar alguns. a guerra matou cerca de 11.000 portugueses quase todos paisanos... um membro deste governo que já esteve mais longe... invocou a instituição militar para dizer que os militares não se poderiam confundir com os polícias pois sabiam obedecer e cumprir a lei. neste caso era a lei das barreiras. estava discretamente a pedir uma próxima intervenção militar para pôr em ordem a polícia que ponha as suas vidas em perigo. não diria que enlouquecera mas sim que empatetara. hoje, a força física está toda centrada nas várias polícias, são estas que detêm o poder nas mãos. ou queria o empatetado que os militares para defenderem este governo e seus apêndices bombardeassem lisboa como o está fazendo o "assador" da síria? há cada pateta por aí! para já os militares estão velhinhos e os novos estão - acho eu - na bósnia ou afeganistão... os polícias estão militarizados e especializados. não acham que se resolvessem dar o golpe ou o primeiro passo não atuariam preventivamente como aqueles que fizeram o 25 de abril? ps e psd transformaram as forças militares no penacho e os polícias a puros centuriões defensores dos... que se escancharam na caixa dos dinheiros públicos. os polícias de hoje tem mais habilitações literárias do que aqueles revolucionários abrilistas. os polícias de hoje pensam! o ministro das polícias "expulsou" o diretor nacional da psp para dar ao país uma imagem de defensor da lei. a polícia prevaricou a polícia apanhou. nada mais falso, não passou de cenário. vamos só ver o que cedeu passos e cª à polícia. se não cedeu, o melhor a fazer é sairem pelos seus pés. para acabar: não gosto de carlos do carmo - aprecio muito mais lucília do carmo - mas dou-lhe nota positiva: aquilo é que foi liberdade de expressão ao criticar os ricos socialistas e parentes social-democratas nas vitrinas do seu próprio antro de vaidades abstratas. tanto uns como os outros entregaram o poder do povo de quem tinham procuração para um grupo de financeiros internacionais. dá-lhe carmo! quanto aos polícias: por favor, da próxima vez não batam nos seus companheiros civis de infortúnio quando estes se expressarem em proximidade temerária  aos que nos estão a empurrar para uma pobreza que julgávamos estar só nos livros de história.
mmb



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"democratas no hemiciclo de são bento com tanto tempo de permanência quanto o dos seus históricos camaradas do antigo regime"

no estado novo, aquelas caras foram quase sempre-sempre as mesmas. estou a referir-me aos deputados da assembleia nacional refundida  em assembleia da república pelo repúdio que os democratas demonstravam por tudo que cheirasse a salazarismo. quando salazar foi exonerado - por doença - pelo almirante américo thomaz e substituído pelo prof. marcelo caetano a assembleia nacional foi invadida por um pequeno grupo que trouxe sangue novo e a que deram o nome de ala liberal. era uma espécie de revoltosos bons burgueses que lutavam contra a asfixia em que o país vivia em muitas frentes, sobretudo no que dizia respeito ao direito de informar a população na área da política, das artes, das letras, do social (era até proibido aplicar o termo  barraca quando em notícias e artigos de imprensa se referiam a pessoas que viviam em bairros de pobres adjacentes à cidade de lisboa e do porto). já em relação à igreja católica romana, futebol, touros e fado (com letras respeitosas da moral vigente) nada a dizer, pois este conjunto orientava actividades que contribuíam para a alienação das massas, o que era de agrado a quem governava. os deputados da assembleia nacional ganhavam relativamente bem em relação aos funcionários públicos e relativamente mal em comparação aos tubarões da banca, dos seguros e da indústria. melhor dizendo, não se considerava o vencimento de deputado escandaloso. escandaloso era o que defendiam... e aquelas caras - sempre as mesmas -  a aparecer nos televisores e paradas militares. com o golpe dos capitães em 1974 a assembleia nacional levou uma limpeza total e transformou-se em assembleia da república. tomou o nome inicialmente de assembleia constituinte já entregue a grupos políticos que se organizaram em partidos que aprovaram uma constituição que substituiu a de 1933. até ao desaparecimento de almeida santos, por imensa idade, a assembleia da república manteve durante dezenas de anos consecutivos as mesmas caras. quando estas começaram a cheirar a mofo, os partidos resolveram transladá-los para outras esferas da política portuguesa. e foi assim que ex-deputados foram descobertos em centenas de conselhos de administração de organizações que se cooptaram com o estado em negócios esquisitos que a comunicação social vem dando às pinguinhas conhecimento pelo interesse público que ostentam. lá de vez em quando saltam para a ribalta do conhecimento público qual electrões sujeitos à incidência de fotões muitos figurões ex-deputados com elevadas contas bancárias. aliás, deve-se ao trabalho de investigação jornalística o facto de alguns que mexeram muito  mal em dinheiros do estado estarem a ser acusados de má conduta pelas polícias especialistas e magistério público. hoje acusa-se (prof. paulo morais, in cm) muitos deputados de servir e defender interesses de grandes grupos económicos na casa da democracia. a saída dos fósseis foi lenta e programada com os interesses dos que mandam no nosso governo e de quem o nosso governo se apraz servir.
manuelmelobento
jornista
carteira profissional-2754





quarta-feira, 13 de novembro de 2013

a última do governo de passos e portas

foi-nos garantido que o governo português elaborou um plano para pagar as indemnizações e despedimentos na função pública. leiam só esta:

"com o dinheiro que retira aos funcionários e pensionistas da cga, o governo português chefiado pelo economista pedro passos coelho pagará os despedimentos com indemnização dos funcionários públicos. é isto que passos coelho e paulo portas chamam de reforma do estado e   redução dos efectivos para aliviar a carga do estado. esta estratégia foi congeminada em abril de 2012 e era considerado uma espécie de plano b, caso as medidas de recuperação financeira falhassem como veio mais tarde a verificar-se."

não há dúvida que este governo nos surpreende economicamente. e para onde vai o dinheiro que vai receber através da troika para a reforma do estado? estejamos atentos! (só por curiosidade, claro)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

já é tarde para as forças armadas actuarem:


percebe-se agora melhor a "descolonização" começada por dom pedro IV depois de "olhar" para a que foi feita na década de setenta do século passado. ainda há muita gente viva que pode falar acerca desta última por ter actuado em  muitos palcos africanos. quer numa quer noutra foi essencial a participação das forças armadas. por exemplo, dom pedro reorganiza parte do exército para combater uma outra parte deste a quem por economia de palavras chamaremos de situacionista, a fim de acabar com o domínio português na américa do sul. dom pedro retorna ao país com armas, bastardos, bagagens e homens armados à custa de ajudas financeiras de muitos mercadores a quem mais tarde "tornou" nobres pelo pataco investido naquilo que se chamou exército libertador. chefiava o contraponto dom miguel. a história conta que ganhou a guerra o liberal e libertador dom pedro. até hoje ninguém explicou com evidência o que é que ele libertou, dado que nos entregou aos ingleses tornando-nos uma espécie de lacaios assalariados. mais recentemente a descolonização das possessões africanas precisaram da actuação do exército para terminar com os custos da  exploração daqueles territórios. neste intervalo de tempo o liberalismo lusitano (?) deu origem ao fim da monarquia e ao surgimento da república a qual pôs o exército a trabalhar (1915) fora do país onde levou uma sova mortífera por falta de preparação e treino. aquando da descolonização dos territórios de áfrica não havia uma cabeça a chefiá-la mas várias o que fez com que a ordem e a disciplina levassem muito tempo para se impor. as forças armadas terminaram com a guerra sem pedir licença aos políticos. não havendo solução política por parte do governo fascista só restava uma solução: retirar de mãos a abanar. isto deveu-se à falta de um chefe militar carismático que encarnasse o espírito de um portugal imperial e multirracial que julgávamos ser e que impedisse a fuga desastrosa de quase meio milhão de portugueses. numa forma tosca teríamos uma imitação de dom miguel num spínola e no de dom pedro IV um  francisco costa gomes como chefes militares. tanto dom miguel quanto dom pedro eram carismáticos e isso levou-nos à guerra civil. os referidos militares não o sendo não passaram de um amanho positivo que não gerou clima de guerra mas sim de desentendimento social. a verdade é que os políticos ajudados pelo capitalismo financeiro aprenderam a lição e acabaram por descaracterizar as forças amadas reduzindo-as a um punhado de altas patentes de quem nada sabemos. são desconhecidos do povo. não falam, não se comprometem para não serem reduzidos à reserva compulsiva. são vistos em paradas e pouco mais. em vez de suspeitas e perigosas forças armadas os civilistas criaram forças policiais especiais que estão sob o seu exclusivo comando. atiram contra a cara do cidadão o facto de ser preciso cumprir a lei quando o poveco se manifesta. é o estado confessional no seu melhor. depois é a vigilância secreta para prevenir futuros golpes com muitos civis à mistura já de que militares estamos falados. é preciso que saibamos que para se impor os cortes e os assaltos aos bens dos portugueses nada como um contingente policial em permanente prevenção. não será exagero dizer-se que com a redução dos vencimentos e das pensões de reforma tanto do sector público quanto  do privado muita propriedade passará para as mãos dos bancos. muitos portugueses - mesmo depois de espoliados - ainda ficarão com compromissos financeiros incomportáveis. os negócios passarão para outras mãos levando a que muitos empresários entrem em falência num ritmo maior do que tem acontecido até agora. por que se pediria às forças armadas para agirem no sentido de avançar e prender os responsáveis políticos como aconteceu em 1974? por três coisas de máxima importância: o não cumprimento da lei fundamental; a desconexão entre a população e o executivo; e a destruição do estado português através da privatização de sectores chave do estado num faseamento escamoteado. o não cumprimento da constituição está plasmado na posição dos juízes do tribunal constitucional. a desconexão entre povo e governo está comprovado pelo perigo que corre qualquer dos seus membros quando descoberto por populares na via pública. existem videos que confirmam o que aqui se afirma. é por isso que se passeiam rodeados de guarda-costas quais cosa nostra. com os despedimentos e a redução das repartições do estado orientando-os para associações do foro particular como - entre muitas - os ctt, os hospitais, as escolas fecha-se o ciclo. quanto à segurança social, com o corte sistemático e descontrolado por vezes, o que permite reflectir-se no empobrecimento dos beneficiários, é mais do que previsível a sua desarticulação e desvio para regimes do tipo americano. nada se pode provar. o que existe são indícios. tratando-se do tipo de gente que assaltou o estado, não será difícil adivinhar o futuro. é o destino? não! estivemos ao longo da nossa história próximo do precipício e sempre demos a volta. esperemos que a próxima volta não seja ao bilhar grande...
mmb

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

o estado social não está já em putrefacção porque ainda sofre o efeito da congelação. é demais o desrespeito pelo tribunal constitucional e pela procuradoria geral da república



não sabemos como são fornecidas, via troika, as directrizes para corrigir a governação de passos coelho. mas dá para percepcionar alguns indícios. vamos tentar levantá-los. assim, e sem fugir a uma leitura subjectiva, podemos começar pelo que foi o golpe na educação. a troika-porta-voz obriga o governo a reduzir os gastos com o sector exigindo não o despedimento declarado mas o cumprimento de um contrato com exigências que desviarão do ensino dezenas de milhar de candidatos. como diz crato: "o ministério não despediu, o que existe é que para um determinado número de vagas concorreram 80 mil candidatos a mais. naturalmente que não serão colocados". a par desta estratégia a troika obriga a que o governo abra as portas ao ensino privado apoiando-o descaradamente. a legislação virá cobrir o que aqui se infere. a seguir e muito mais grave, veio a guerra contra o tribunal constitucional e contra a procuradoria geral da república. passos e durão barroso pressionam os juízes arregimentando um prazo previamente combinado. a estratégia é sempre a mesma. primeiro atacam para depois desmentir. os juízes do constitucional não são estátuas e estão sujeitos aos tratos psicológicos de qualquer ser humano. é natural que fiquem abalados pela responsabilidade do possível desastre económico que se vislumbra irá registar-se. o orçamento para 2014 é uma ofensa aos portugueses e um ataque à constituição. o esquema é simples: umas vezes é a troika-porta-voz a impor as directrizes ao governo, noutras é o governo de passos e colegas partidários na comissão europeia a tentar castrar vergonhosamente um órgão de soberania que se quer independente apesar de o seu ADN estar ferido de partidocracia. mais grave foi o que a comunicação social difundiu acerca de uma investigação a um alto membro do governo angolano  que obrigou o governo de passos a pedir desculpa ao visado antes mesmo de a procuradoria da república ter comunicado o arquivamento do processo. como é que um pedido de desculpas feito pelo ministro dos negócios estrangeiros pode vir a lume sobre um processo de averiguações que se encontra por força de lei em segredo de justiça? ao pedir desculpas pelo engano não estaria o ministro a incorrer num acto ilícito, uma vez que não tinha competência para se referir ao inquérito? como obteve conhecimento que ilibava o político angolano? e por que razão não é chamado a prestar declarações na procuradoria a fim de esclarecer o facto de estar por dentro de um assunto que estava em segredo de justiça como foi já referido? estranha-se que em vez deste procedimento o que se verificou foi o surgimento de um comunicado da procuradoria a dar por terminado o inquérito de há muito tempo atrás arquivado... acho que era uma boa altura para se saber de onde provinha uma possível fuga de informações. solicitar ao senhor machete de onde a origem da informação que o levou a referir-se a um inquérito  ao vice-presidente angolano nos termos em que foi feito aos microfones de uma rádio seria uma boa tarefa para a polícia judicária ou outra. para terminar, agora é que vão ser elas. o ministro das polícias foi aplaudido por duzentos agentes na casa da democracia na mesma bancada  onde o povo canta grândola vila morena. para se dominar o estado é preciso reduzir a assembleia da república a uma consultadoria geral do governo, os tribunais a tribunais plenários, o presidente da república a um corta-fitas e muito poder policial para calar a voz da nação. perdão, perdão, a voz dos europeus do sul comandados pelos europeus do norte...
mmb