domingo, 30 de junho de 2013

para governar portugal com objectividade salazar precisou do apoio das forças armadas, passos, ao contrário, recebe a confirmação do poder assente na vontade do estrangeiro


objectividade relativa a um regime - como se viu - absoluto que tinha um princípio e perspectivava  um fim. a história que o julgue assim como o que aconteceu com o absolutismo assassino de dom josé que eu já não tenho pachorra. porém, todo o nosso passado quer adocicado  pelo rimoso luís de camões , quer descascado pelo artista josé vilhena serve para abrirmos a mente para uma intuição não sensível. logo espiritual. então não é que camões -  o poeta grande mas graxista - não foi designar de ínclita geração os filhos do bastardo mestre de avis que se intitulavam de ingleses porque a mãe teria nascido filha de duque real e nas ilhas britânicas e que por isso teriam vergonha do berço do pai? as nossas forças armadas na altura não passavam de um bando de cavaleiros que lutava pelo que era seu e dos outros quando conseguia pôr-lhes a mão em cima. em 1384 e 1385 portugal organizou um exército com base no auxílio anglo-saxónico. foi esse embrião organizativo que depois se expandiu para as conquistas do norte de áfrica em 1415. daí para cá essas "forças armadas" com altos e baixos (épocas houve que era necessário importar um chefe militar estrangeiro para dar um jeito à coisa...) foram o apoio do poder quer ele fosse o legítimo nacional quer o do colonialista inglês que nos escravizou como nós escravizámos os africanos. a comparação é coxa, mas é o que se pode arranjar. quando a dona maria I fugiu meia aloucada para o brasil quem ficou a tomar conta do país foi a escumalha inglesa. nos princípios do século XIX o chefe militar inglês mandou para a forca generais portugueses só porque estes queriam ver o país limpo da bosta inglesa. até dom pedro IV ter vencido com o seu exército emotivo, (uma espécie de resistência anti-nazi francesa) as forças estrangeiras - que tinham dom miguel I como "chefe militar" -, as nossas forças armadas estavam divididas. penso que a partir da vitória liberal o exército se consciencializou num ele e a pátria formavam um todo simbólico. a intervenção na primeira grande guerra e as campanhas de áfrica ao tempo  de mouzinho e posteriores atribuíram   ao poder militar a dignidade universal. em 1926 e mais tarde em 1974 as forças armadas reencarnaram mais uma vez o conceito de valor pátrio. se depois disso houve adulterações no seu interior, isso fica para depois. a última intervenção militar pôs no terreno as atenções dos políticos. sem o apoio das forças armadas nenhum poder político pode ser sustentado. os políticos aprenderam a lição da história e para fugir ao destino secundário que lhes é sempre reservado - quando por qualquer razão as suas políticas destroem a economia e passam a ser escorraçados da máquina do poder - intentaram dar cabo das tradicionais forças armadas. o que fizeram? reduziram-na a um corpo especial restrito com muitas cabeças cimeiras que a qualquer momento pode ser dominado pelas forças policiais especiais. resumindo: com as forças armadas desmanteladas o povo ficou à mercê dos políticos. o país entrega-se dia após dia à democracia bancária com centro na alemanha. dir-se-ia que as forças armadas, hoje em dia, têm tanto poder bélico no terreno quanto a guarda nacional e as polícias que estão 24 horas de prevenção não vá o povo - à imitação do egipto, da síria, da turquia, do brasil e de outros que as televisões já não se atrevem a enviar correspondentes - sair à rua e fazer um levante. mas afinal, aonde quero chegar com este razoado inteligentíssimo? é simples: neste momento os políticos da linha do comerciante passos coelho dão-se ao luxo de se  marimbar para a opinião pública que sai à rua ainda quase indignada porque as forças físicas (policiais) que os servem já estão em sintonia com as da união europeia. essas forças físicas não são as nossas forças armadas. pelo contrário, elas são forças de repressão federalistas... o povo está com as forças armadas? sim, mas onde estão elas quando o povo é esmurrado quando se manifesta nas ruas pelos guardas-costas daqueles que por meio do voto (isto é que dói) engoliram o poder? já não há senhores da guerra em portugal! o que temos são os senhores que servem outros senhores para nos arruinar como nação. valente e imortal? a continuar assim, isso foi chão que deu uvas.
varett

sexta-feira, 28 de junho de 2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

apologia de mário soares ou o julgamento político de soares por varett


às vezes dá-me para fingir de intelectual - coisa que abomino dada a sua conotação com os pensadores nacionais alimentados pelo erário público distribuído pelos amigos e publicitados por alguma farelagem da comunicação social (desta democracia). ora, como o verão me veio obrigar a parar a minha actividade (ah, ah, ah!), lembrei-me de fazer como kant - que detesto por inveja - uma reflexão universal sobre as três vias para portugal e para os portugueses. digo eu já que kant já morreu porque nasceu, claro está. ah, lá de vez em quando leio uns trechos dos textos de platão para retirar alguma ideia, melhor roubar alguma ideia, tal como  faz a maioria dos filósofos. muitos deles também andaram a meter a mão nos direitos de autor. bom, melhor começar já antes que este artiguelho seja sobre mim - o que não era mau. ora vamos a mário soares: "alguém poderá dizer-me - "uma vez fora de atenas, digo lisboa, sócrates, perdão soares, não serias capaz de viver quieto e calado..." qualquer coisa como uma tradução que pinharada gomes fez da apologia de platão para a guimarães. soares é hoje um alto repositório de conhecimentos e de "truques" sobre a política europeia. na europa comunitária ninguém está à altura da sua mentalidade. antes de continuar devo dizer que detesto mário soares desde 1976 aquando da invasão da tropa de choque que bateu na população da minha terra (são miguel) para vingar um tal almeida santos esbofeteado por retornados de angola. mário soares era na altura primeiro-ministro... para mim está feito. porém, querendo fazer um juízo sobre portugal tenho  de ser imparcial o melhor que puder. o que for, de facto, fanatismo, pois que me perdoem. estão a ver a diferença entre um durão barroso e mário soares? durão é como um insecto sem ferrão ao lado de soares. de nada nos serviu ao ser nomeado para um cargo onde tinha obrigação de zelar pelo país que ele ajudou a afundar.
as três hipóteses para portugal: a do psd, a comunista e a de mário soares
a) a via durão, empresários gananciosos, psd e alguma franja católica do partido socialista para portugal caracteriza-se por impor uma austeridade que assenta no modelo americano (operário ganha à peça). máximo rigor para máximo rendimento. exige-se de quem trabalha o maior esforço e em troca paga-se esse esforço com boa remuneração. só que se o trabalhador quiser que os filhos frequentem uma boa escola terá de pagá-la do seu bolso. a escola pública é uma bosta. estão a ver os kennedy a assentar o traseiro num banco dessa escola? não! o trabalhador adoece. tem direito a tratamento social-estatal? não! ou tem dinheiro ou tem um seguro de saúde senão vai morrer longe que é para não enjoar por perto. quanto à reforma? bem, experimentem a viver com ela e vejam se se dão bem com ela. mas porquê falar do sistema americano se vamos tratar de portugal e um pouco da europa? durão foi colocado à frente da comissão por indicação dos estados unidos. estes preparavam-se para pôr a europa em sentido por causa do seu sistema monetário. o euro nasceu para combater o único adversário à época que era o dólar. o sonho europeu era o sonho anti-dólar. os estados unidos permitiram tal descaramento porque sabiam que o euro tinha os dias contados. ou, como compensação alterna a essa ousadia a europa alinhava com a política externa dos eua, o que quer dizer colocar o petróleo sob a alçada das suas forças armadas e aliados a todo o custo. foi assim que durão vendeu o que restava de dignidade de um país como o nosso aliando-se sem consultar o povo português no acto criminoso que foi a destruição do iraque-petroleiro. aquela foto dos quatro não me sai da cabeça: um era o george bush do petróleo, o outro o aznar da espanha (direita-direita espanhola), de sorriso aberto o blair "inglês"  e finalmente o lacaio que viria a ser muito bem recompensado por ter permitido que a terra do santo cristo servisse de plataforma para o cometimento de crimes contra a cultura humana do oriente. esta tomada de posição traria - para pôr cobro ao descalabro social de uma europa tresloucada em gastos sociais - um período posterior de austeridade. a austeridade é o plano da social-democracia e da direita  para a europa. a austeridade verifica-se até na alemanha porém,  não damos por ela porque os povos germânicos trabalham mais horas sem fazer greves nem reivindicações desnecessárias e são povos organizados e funcionais. o resto da europa que treme diariamente com manifestações, greves e violência nas ruas mais não faz do que reagir à austeridade. o cancro do desemprego tomou conta dela. espera-se uma guerra para anunciar o stress. nada do outro mundo. (o desemprego falará mais alto)
b) solução comunista:
na prática um desastre, mas na teoria algo parecido com o cristianismo pacífico longe do medieval... é certo que se acabaria com o desemprego quando todo o tecido produtivo e a totalidade dos meios de produção pertencessem ao estado. como haveríamos de subsistir sem ajuda da europa não comunista quando começasse a faltar os principais meios de sobrevivência? ajuda de cuba? como a que fidel organizou para angola? toda a gente a trabalhar no campo? o que aconteceria à banca? haveria uma banca comunista? para servir quem e o quê de capital? portugal de senha na mão? o que aconteceria aos beneficiários? quem os alimentaria? o fadinho serrano? o corridinho do algarve? para impor um regime de esquerda segundo os cânones do pcp era preciso desencadear uma guerra-luta de classes. voltaríamos ao século XIX? ora matas tu hoje que amanhã serás morto se já não estiveres? o pcp defende a democracia. não consigo perceber, pois ele não respeita o resultado das urnas logo a partir da contagem dos votos. está, como eu, a chamar estúpido o povo, palavra com que enchem a boca os seus líderes estabelecidos aquando do actos eleitorais? creio que a resposta está no que fizeram os comunistas após o 25 de abril nas áreas onde dominavam.
a solução soares:
mário soares até já foi comunista. quer dizer que quando ele resolveu meter o socialismo na gaveta a europa só permitiria um certo tipo de esquerda na sua área de influência. se mário soares não mete o socialismo na gaveta portugal, na altura, tornar-se-ia a cuba hispânica. e candidatos a fidel havia-os aos molhos. indo por esse caminho adeus dinheiros da europa. ou será que havia um fmi russo? quando fidel e a sua tropa de barbudos tomou havana um dos primeiros actos oficiais foi o de fuzilar o chefe da polícia que ficava com o dinheiro dos parquímetros. quer dizer, o que não fariam alguns dos nossos queridos neoguerreiros se se apanhassem com armas na mão e o poder discricionário de fazer justiça comunista pelos próprios dedos no gatilho? ora soares tinha viajado pelo mundo e dele tinha tirado lições sobre o comportamento dos soldados das revoluções quer de feição militar quer de civis. se salazar com os seus truques conseguiu que não fôssemos morrer na frança ou na alemanha numa guerra horrorosa, mário soares evitou que nos matássemos uns aos outros. meus caros, só os bananas não entenderam a tomada de posição contra terroristas de estado ainda por cima armados com que ele os enfrentou civilmente. por que abafam a sua intervenção na fonte luminosa nos dias de hoje? não foi há muito tempo. pouco faltou para que o sangue da malta não jorrasse pelas ruas de lisboa que é o palco preferido para as actuações dramático-políticas. naquela altura os políticos não se resguardavam com tantos guarda-costas como os de hoje. é vê-los, simples secretários de estado, com um à frente e outro atrás por causa das coisas. e ainda a coisa não aqueceu como devia. mário soares teve vergonha na altura de se proclamar social-democrata, no entanto todos os seus contactos europeus o eram. mesmo o mon amie que se intitulava socialista mais não era do que um verdadeiro lord social-democrata. socialista na frança naquele tempo até que dava pica. como na altura pós 25 de abril passámos todos a ser perigosos esquerdistas, ai daquele que se autoproclamasse de democrata-cristão ou social-democrata em certas zonas. mário soares teve de refazer o portugal capitalista que dava de comer à malta dando origem à reprivatização da banca, dos seguros e de grandes empresas que tinham sido transformadas em ossadas pela sanha colectivista. eanes, na altura presidente da república, era um ignorante politicamente falando, acabou por impedir o projecto de recuperação económica soarista demitindo-o. abriu as portas ao grupo sá carneiro e daí para cá foi o que se viu até que ps e psd acabaram por enterrar o machado de guerra e dividir irmamente os dinheiros do estado pelas suas clientelas. estas estão na origem das suas vitórias eleitorais. ninguém ganha uma eleição se não tiver ajuda em dinheiro de gente de todo o tipo que depois vai cobrar com juros esse seu acto (ilegal ou ilegal, conforme as becas). mário soares que é um burguês tipo churchill viu-se envolvido em lutas internas no seu próprio partido. o que foram essas lutas? uns queriam continuar a ser marxistas. soares olhava para eles como se eles ainda usassem fraldas. criaram um secretariado para o derrubar. constituíram-se em opositores. imaginem, os socialistas a apoiarem eanes à presidência, um homem que só tinha conhecimento de armas. sabia menos de política que o almirante américo thomaz. soares foi o primeiro político a perceber que a divisão partidária estava a sangrar o país, daí que surgisse como sua construção o bloco central para que no exterior portugal pudesse ser considerado uma democracia a sério e pudesse adquirir créditos. às tantas soares viu-se rodeado de oportunistas internos. ao querer livrar-se deles, isto é de afastá-los dos cargos do estado, acabou por receber deles as maiores patadas para além de demonstrarem uma total ingratidão. sem soares eles não passavam da cepa torta. soares deu-lhes vida, porém, devia ter-lhes metido na cabeça que eles de pouco valiam e que se cuidassem politizando-se mais e melhor. soares é eleito presidente da república por mérito pessoal. soube propor um discurso que media o país real. combateu o lirismo de alguns politicos ancilosados demonstrando 
um caminho e um objectivo europeu. interpretou esse sonho e defendeu-o com verdadeiro pensamento lógico. aí, a meu ver foi demasiado metafísico. acho que lhe faltou compreender melhor o egoísmo capitalista inerente à humanidade (a parte dela, claro). bem, acho que já estou a exceder-me para uma crónica. vou terminar com duas palavras acerca da última (creio) entrevista de soares. só uma vida recheada de um saber político poderia oferecer ao interesse público aquele tipo de lição. recebeu críticas de pessoas que vêem com outros olhos o mundo. qual o problema? é esta a democracia burguesa que soares defendeu sempre. uma burguesia civilizada e charmosa aberta à livre expressão do pensamento.(1) será que estes indígenas perceberam? oi que não. bem. qual a solução de soares para o país? já ia escapando. "em democracia temos que encontrar soluções. não podemos afundar-nos a chorar." isto quer dizer que o diálogo político organizado, consubstanciado em diplomacia enérgica mas charmosa onde pontifique conhecimento da história da política económica possa dar azo a uma governação que não espolie o povo que é afinal quem deve beneficiar com a acção da política e os políticos. melhor dizendo: devemos e queremos pagar. só que ainda não o podemos fazer. vamos discutir a dívida! estica daqui encurta de acolá. o nosso país tem futuro! é preciso meter isso na cabeça dos senhores do capital da europa comunitária. muito suavemente que eles ou elas abrir-se-ão tal é (será) a beleza do nosso discurso. termino. façamos justiça a um homem que fez a história de portugal nestes últimos 40 anos. soares tem 90 anos. não deixemos o arrependimento para só quando os livros no-lo lembrarem.
varett
(!) - há trinta e tal anos fui condenado por abuso de liberdade de expressão precisamente por ofensas ao então primeiro-ministro mário soares. fui condenado a pagar-lhe uma indemnização. porém, fiz-me esquecido e ele não deve ter tido conhecimento de tal.ele nunca precisou de dinheiro. até deu uma de vintes ao luíz pacheco. muita massa naquele tempo. uma coisa que me parece ainda incorrecta da parte de mário soares foi o facto de não ter condenado as prisões que os democratas fizeram em inocentes que democraticamente não opinavam da mesma maneira que uns quantos que açambarcaram o poder. em relação ao europeísmo, não me parece que seja a melhor solução para portugal. sem fronteiras? sim, mas vigiadas. estamos rotos. ah, já sei. é para dar trabalho às polícias europeias. de acordo com o que disse mário soares de durão. sim. porém, interpreto como uma crítica encapotada à comunidade europeia. engano-me?

terça-feira, 25 de junho de 2013

portugal, estado ou espantalho europeu

uma das estratégias encapotada pelos grandes chefes da europa comunitária traduz-se pelas etapas atentatórias a aplicar e que  estão a tomar forma lenta e pragmáticamente. já lá vamos.  territórios organizados em estados independentes custam caro como todos nós sabemos. numa primeira etapa, os fundadores de uma europa - unida politicamente - conquistaram a ideia de um conjunto de países à volta de um cair de fronteiras económicas que por arrasto acabou por permitir a presença de uma polícia especial comum que tem por missão - entre outras - unificar o combate ao crime. começa-se por atacar o tráfico de droga e das armas, a prostituição e os desvios económicos fora do controlo dos que dominam a banca, etc. quando esta fase estiver solidificada, surgirá uma força federal altamente politizada. objectivamente, portugal e outros pobres países que caíram na armadilha europeia perderam parte integral da sua independência. são forçados a aderir à política expansionista militar europeia. e quanto à sua política externa? acabou-se! hoje, temos o exemplo do nosso paulo portas que não passa de um embaixador do comércio ou de vendedor do portugal turístico. portugal não tem política externa. não pode pois terá de seguir a que é imposta pelos "mais fortes dos europeus". nem vale a pena falar da moeda única que colocou o estado português em estado vegetativo. portugal só se salvará economicamente se for dissolvido na grande europa o que leva a crer vir a acontecer dentro de uns poucos de anos. portugal passará a mais uma região com certa autonomia. esta será muito limitada. uma das conquistas sociais como seja a da segurança social para não soçobrar será entregue aos países mais fortes da comunidade. estou a pensar na alemanha e na frança que tudo aponta  irão dividir entre si o conjunto de países falidos e que futuramente serão regidos por uma nova política económica. a perda da independência é um facto. o nosso chefe de executivo semanalmente reune-se com a frau merkel para prestar contas de como gere os negócios portugueses. antes, todo o  primeiro-ministro reunia-se para o efeito com o presidente da república. nos dias de hoje já não é necessário. e como disse constança cunha e sá, o chefe de estado não passa de um verbo de encher. o cargo está esvaziado. não sei se já repararam que o ataque que é feito ao estado pelo psd (se fosse o ps era a mesma coisa) está a transformar o país num grande centro comercial em busca de um gestor económico que traga proveito e lucro. entregar a gestão da segurança social à europa comunitária é o primeiro passo. a seguir será o ensino público. por fim, e por ser um problema quase insolúvel, a saúde dos portugueses. à primeira vista este  simulacro de razoado terá de ser desmontado. responda o primeiro-ministro à seguinte questão: que soluções orientativas  lhe foram fornecidas pela actual chefe da europa em relação à segurança social? diga-nos, por favor que é para não sermos apanhados de surpresa, o que vai acontecer à política educativa? vamos ser invadidos pelos colégios privados como há lá fora? repare-se o que fez portugal aos açores? tornou os açorianos uns verdadeiros palhaços. não se exaltem que eu explico já: os  açores têm uma assembleia legislativa que deveria servir para fazer as leis para orientar o território atlântico. fazem leis na assembleia? sim, mas contra as baratas e pulgas e mesmo assim têm de ser aprovadas pelo crivo de um alto comissário por lá estabelecido e que dá pelo nome de representante de portugal. é a troika dos açorianos. com estas limitações escusado será pensar-se num governo (que até é eleito pelo povo dos açores) livre e capaz de dirigir os negócios ilhéus. é uma espécie de pagadoria. os reformados açorianos estão sujeitos às leis da república. o mesmo acontecerá aos pensionistas nacionais quando a segurança social saltar para a gestão do centro germânico. os açores terão por acaso política externa, que sirva ao menos para travar a sangria que é feita às riquezas do seu mar imenso? não, assim como portugal não tem mão naquilo que é seu. penso no mar e na agricultura, para já. a diferença entre açores e portugal é que os açores sempre foram uma colónia portuguesa (colónia soft e bem tratada, ou isso) ao passo que portugal está a assinar a sua dependência/aderência ao colonialismo europeu de uma forma lenta e amacacada. antes de termos o estertor final acho que seria bom revoltarmo-nos contra "quem de direito". pessoalmente prefiro que portugal se transforme numa colónia angolana do que numa colónia da europa comunitária europeia. sim, prefiro! mais tarde explicarei o que penso sobre este assunto, se ainda for vivo, claro. portugal ser uma colónia açoriana? somos muito pequeninos em população e espaço, senão era uma ideia a ter em conta. e por que não? era uma coisa entre portugueses. e não foram os angolanos no passado portugueses? foram-no à força mas foram-no. e ainda bem para nós, os  indígenas do sul da europa. agora vou almoçar ainda sem senha europeia.
manuel melo bento

sábado, 22 de junho de 2013

portugal visto por varett, artista plástico respeitador da higienização das instituições

pressportugal:
como vê  portugal hoje?
varett
é um país que tem como presidente da república cavaco silva e como primeiro-ministro passos coelho.
pressportugal:
por que razão não referiu alguém da assembleia da república?
varett:
porque não conheço quem lá está. mas espere aí, está lá o seguro e o jerónimo e a esganiçada.
pressportugal:
não estará a reduzir um país a um certo humor que até nem tem muita piada?
varett:
não me percepciono como humorista porque depois me empurrariam para alguma estação televisiva a anunciar creme para a barba ou preservativo para tarados. mas deixemos de brincadeiras e encaremos o touro de frente mesmo que ele nos passe ao lado. repare-se nos pataratas que aprovam leis e que depois as tornam intragáveis. quando a malta fica na dúvida e lhes coloca o problema, o que fazem eles? não é nada com eles. estou a referir-me, por exemplo, à possibilidade de um candidato  poder concorrer a  uma câmara municipal depois de ter sido presidente de câmara por três mandatos. porém, por causa da diferença de um de e de um da criou-se um vazio na lei cuja interpretação vai custar milhares de euros aos pobres dos portugueses. os patetas acabam por não saber o que aprovam. segundo paulo morais um terço dos deputados são uma espécie de quadrilheiros que estão em são bento para aprovar leis que beneficiam os seus patrões da privada. os outros dois terços pertencem a um grupo anónimo de espectadores a ver correr a ribeira de trampa onde o país se meteu. serão os últimos a serem levados...
pressportugal:
acha que temos futuro com esta sua sucinta análise?
varett:
que é isso de futuro? a minha divisa é: rir é o melhor morrer. a morte é sempre futuro dado que só acontece depois de uma pessoa ter nascido (vivo). se ela nos aguarda como coisa certa, o melhor é rir dela para ela não se rir de nós. o facto de vivermos num país maravilhoso em termos de clima especial, céu azul, mar apetecível para os banhos de verão, mulheres que são quase todas bonitas e apetitosas etc. faz de nós um certo tipo de filósofos. por exemplo, os filósofos dos neurónios atarefados preocupam-se por querer pensar as funções superiores do espírito e da cultura como a ciência, a arte, a religião, a moral e outras delicadezas, porém, nós deixamos essas tretas de auto-reflexão (concepção do eu, ah!) e uma limitada compreensão do universo para o senhor amigo da filosofia josé gil que apesar de confundir ideologia com filosofia é um marco que não da geodésica mas do pensamento indígena. há outros pensadores regionais, mas são muito mitológicos e costumam trocar filosofia por teologia. basta-nos por agora o gil feio que nem sócrates o do platão. ora bem, eu cometo um erro de propósito ao afirmar que o português normal é um pensador de eleição. não o é. o português só pensa nele e por sê-lo atamancado  está condenado a isolar-se quer na dor quer na alegria. esta resume-se à casita, ao carro, à roupa de marca, ao descanso e o pensar em deus quando a carteira, depois de espremida, dá sinal de que não pode pensar em comer o resto do mês em restaurantes. isto é que é o drama. o português é um filósofo muito subjectivo. ah, ah, ah!
pressportugal:
sem futuro?
varett:
repare que mal o sol dá de si, as praias ficam cheias de portugueses. deitados na areia quais crocodilos a usufruir das belezuras da natureza só esperam que o apetite dê sinal de si para se saciarem em próximas esplanadas. enquanto o resto do mundo está enfiado em fábricas a esgalhar ou  metidos em altos edifícios refrescados a energia artificial a tentar negociar exportações e importações ou outras coisas chatas...
pressportugal:
nem toda a população fica deitada ao sol. e o pessoal do interior?
varett:
isto é uma caricatura, pois há os que estão internados em centros ditos de terceira idade, os que vivem em ilhas ilegais pagas pela segurança social, os aldeãos que vivem no interior e que também por receberem as esmolas da segurança repousam em tudo que é banco de jardim onde se entretêm a jogar à bisca. basta passear pelas velhas aldeias para os ver rosados ao sol, à saída das missas dominicais ou em amena cavaqueira numa espécie de esplanada pacóvia. num passeio que dei por uma terra do interior só contei 5 homens a trabalhar. fiquei tão contente! ah, mas se os querem ver acordados e a mexer-se como danados basta que o bispo da respectiva diocese envie o pároco predilecto para outra paróquia. é o fim do mundo. elas e eles a berrarem no adro da igreja a vituperar o prelado. é raça! é gente ferina! o sagrado é raiz do seu comportamento. também há os quase dois milhões de estudantes espalhados por tudo que é cidade ex-vila em cursos pró-desemprego que se estende para os mestrados. quer dizer para o desemprego. mas é porque querem. há uma coisa que devo dizer e que é de justiça referir. bem bom que estes portugueses não são muito amigos de se deitarem ao sol nas melhores praias do mundo. seria um verdadeiro pandemónio. onde é que uma pessoa como eu iria apanhar sol? ainda bem que é assim!
pressportugal:
mas você é tão individualista quanto os que critica!
varett:
primeiro, sou açoriano arraçado de português; segundo, sou a favor da higienização de todas as actividades. ser colectivista num país mixordeiro de capitalismo e mitologia compósita é prova de imbecilidade; terceiro, sou adepto da disciplina. resumindo, somos um país dependente da europa e dos seus banqueiros mas independente o suficiente para olharmos a partir do nosso descanso para os nossos companheiros comunitários que irritados que estão nos querem ver a todos  trabalhar. e se não trabalharmos que morramos de fome. querias! e para que servem as revoluções que fazemos de 50 a 50 anos? trabalhem eles que não têm as nossas praias nem o nosso sol. ah, e se quiserem que venham para cá gozar connosco, pagando, claro. sempre são quase 900 anos a traficar escravos, especiarias, ouro, diamantes, pau brasil, café, cacau e outras drogas sem fazer sangue que se veja. não nos comparamos com mais ninguém. não somos os melhores do mundo, mas somos únicos! 
pressportugal:
quer dizer, não há hipóteses de equiparar o nosso país aos demais parceiros?
varett:
não, o que há a fazer é copiar o modelo salazarista.
pressportugal:
i lá lá!
varett:
sim, e digo o que se deve fazer à imagem daquele sábio rural que ao contrário do avô do saramago sabia ler e escrever. veja-se como é que ele governou: queres misssinhas? pois as terás sempre que desejares nem que para isso se aumentem os dias santos e santificados. queres divertir-te? pois que seja dado ao futebol a categoria de circo maravilhas? queres ser analfabeto? pois que se criem as misericórdias por toda a parte. queres ser pobre e feliz? pois ordene-se à amália que cante "é com certeza uma casa portuguesa". quereis ser bravos e heróis? pois fomente-se a festa brava sem sangue que é para as nossas beatas não terem pesadelos. quereis ter segurança e ganhar o suficiente para uma bucha diária? pois torna-te funcionário público. quereis ser sindicalista? greves só no dia santificado  de são josé carpinteiro  que por coincidência é no lº de maio, dia do trabalhador. quereis saciar os vossos apetites sexuais? pois que se oficializem as casas de passe. quereis que a moral prevaleça na nossa vivência? pois que se coloquem as nossas mulheres em casa e fechadas na cozinha como fadas do lar e não se lhes permita sair do país sem autorização escrita dos seus maridos autênticos.  quereis ser verdadeiros católicos apostólicos e romanos? pois que seja proibido o divórcio. e que os filhos das ervas sejam considerados filhos fora do casamento, logo ilegítimos. porém, com direitos. quais? veremos! quereis poder despedir criados ingratos sem lhes pagar seja o que for? pois que os despedimentos se façam em nome da velha ordem. quereis ser hierarquizados? que seja deus considerado a máxima autoridade e logo em baixo - uns centímetros - a pátria. depois teremos a família. logo, terá como chefe o pai, a quem se deve respeito máximo pela sua autoridade e  em todo o sentido. que sentido? com ou sem bebida pode bater na mulher, nos filhos e na sogra, esta última contemplada com castigo desde que viva debaixo do mesmo tecto que o genro-chefe. quereis liberdade? podeis frequentar os seminários livremente para poderdes depois espalhar a boa palavra de deus que apesar de ser pedófilo pelas leis actuais (maria era menor quando ele a inseminou) lhe devemos muito.
pressportugal:
muito obrigado pela sua colaboração.
varett:
é o meu dever contribuir como cidadão....

terça-feira, 18 de junho de 2013

um certo tipo de ralé ainda não percebeu que sou adepto da liberdade de expressão

o reenvio dos textos escritos neste blogue têm sido adulterados por brincalhões. os meus amigos íntimos que os recebem - enviados supostamente por mim - vão ter paciência de os não ler a não ser directamente do blogue pressportugal.blogspot.com . pois  sujeitam-se a estar em frente a textos de uma imbecilidade a toda a prova. sou defensor da liberdade de expressão, mas não estou virado para o que se chama de sujar um texto com os neurónios de polcigueiros. estes têm direito à expressão mesmo tendo nascido em berço de bosta. costumo ser directo e assumido pelo que escrevo. porém, não me responsabilizo por ofensas feitas em meu nome que poderão surgir a todo o momento. peço que estejam atentos - se quiserem - e , caso haja descabimentos linguísticos mo digam para o meu correio electrónico: senoriao@yahoo.com.
os meus cumprimentos
manuel melo bento

segunda-feira, 17 de junho de 2013

um deserto habitado com três milhões e quinhentos mil almas insaciáveis

tudo serve aos políticos para organizar o estado e esse tudo  projecta-se conforme as forças que o dirigem alardeando nos espaços de propaganda especializada a imagem que vendem para contentar o grupo que os coordena e também para seu próprio  proveito. muitas vezes a fraqueza de alguns serve para difundir uma mentira para constar mais tarde nos anais da história como altos feitos. pessoalmente não confundo o povo com a história do mesmo povo que nos é impingida quer através  dos manuais escolares quer através de alguns intelectuais que procuram retocar o tosco que somos e fomos ao longo destes oitocentos e tal anos que levamos como desgarrados (não posso dizer independentes) no espaço que nos coube por sorte na península hispânica e noutros espaços que ocupámos que mais nenhuma outra "nação" poderosa pretendeu. explico: o nosso espaço peninsular com menos de 500.000 mil almas (séc.XII) distribuídas por quase 90.000 quilómetros quadrados se não era um deserto para lá se ia parecendo. quem o queria? melhor, quem daria a vida por este quadro de penúria e de inutilidade? havia os ingleses que sempre nos tomaram por um porta-aviões onde se serviam para se expandir quer por terra quer por mar. só um aparte: nós saímos mar fora e nos cruzámos sexualmente com todos os povos. a mulata brasileira é uma criação de portugueses. isto é confirmado pelo padre antónio vieira (digo eu). os bifes por aqui passaram! não se cruzaram com as nossas mulheres. porquê? só as inglesas abriam as pernas ao algarvio... diz a teresa da tvi. é assim que eles tratam os povos que exploram sem se misturar. portugal tem, hoje, e fruto da sua actividade sexual, vinte vezes mais habitantes do que no tempo de afonso henriques nosso segundo rei (a mãe fora a primeira rainha, digo eu) e continua um deserto. cuidado; um deserto moderno com habitações refrescadas com sanitários interiores e que se comunicam entre si utilizando estradas de primeira. até à invenção da segurança social filha bastarda da revolução do 25 de abril, o povo que ainda habitava por esses montes e vales vivia escvacando a terra para dela colher uma couvinhas e uma batatas com que se aguentava de pé. os mais novos fugiam (já não os há para fugir) para o litoral e para as franças. muitos voltaram para construir a sua casita e acabar o resto dos seus dias gastando o que amealharam pela estranja. apoio social não havia. o estado novo não estava para aí virado. era uma espécie de moda ver o povo a tomar conta de si nos fins que deus determinara. heróis do mar era cantado nas poucas escolas do cinquentenário e o amor à pátria só veio ao de cima porque a guerra pelas províncias de áfrica montou um espectáculo semi-religioso para defender o solo pátrio que mesmo lá longe não se discutia. retirando o povo de lisboa e do porto (talvez) o zé do bordalo continuou na mesma. ensimesmado, religioso-fanático-moderado e, espantado quando o estado dirigido pelos social-democratas umas vezes e noutras pelos socialistas lhe impingiu centros de saúde, ambulâncias e acamação em hospitais onde era tratado como os cavalos dos granadeiros. isto é, como gente. ah, e ainda lhe davam para os alfinetes qualquer coisa a preços actuais à volta 200 euros. que - diga-se - ele guarda(va) ciosamente debaixo do colchão  habituado que estava a não manuseá-los. nunca tinham descontado nem para a saúde, nem para a pensão de velhice, nem para a educação dos filhos e agora tinham direito a isso tudo. e aprenderam a votar. não se discute o direito a receber estas justas regalias, pois quando foi preciso carne para canhão foram-lhes buscar os filhos para morrer longe e muitos deles não tiveram direito a campa de jeito. o português é um misto de saudade e emigração. a saudade nasce-lhe de ter de partir para poder comer e para fugir à escravidão que uns quantos quando se lhes permite mandar lhes enfiam pela canga ou ombros, digo eu. de um momento para o outro o deserto transformou-se num tsunami. desenterraram dele três milhões e quinhentos de beneficiários que criaram uma mentalidade de rigor no receber a dádiva mas que não entendem os negócios do estado aquando são obrigados a retribuir. os políticos criaram este tipo de estado esmoler comprando-lhes os votos. não há, por enquanto, maneira de se sair deste "clima". também foram os políticos que permitiram criar-se ilhas de imigrantes e grupos étnicos que custam ao estado milhões e milhões de euros, cujo custo é abafado para que não nos confundam com racistas. o que é perigoso... não vá faltar o dinheiro emprestado que nos mata a fome também. claro que esses paraísos sociais eram pagos pelos dinheiros da europa e uma vez acabada a mama da comunidade somos nós todos que agora vamos ter de as sustentar. e como? indo a cima dos vencimentos do corpo activo e do corpo desactivado da população que depois de ter prestado serviço legal é agora uma espécie de fundo europeu de substituição. melhor dizendo: vítima. nenhum outro povo europeu foi tão daimoso para com os "estranhos". nem a Suíça com toda aquela higiene social era capaz de esbanjar dinheiro à nossa  maneira. facilmente se compreende que quem nos empresta dinheiro quer que se acabe com este tipo de estado que se torna incomportável financeiramente. o governo português não tem solução para este fosso onde estamos metidos. se liofiliza as pensões e corta nos vencimentos dos funcionários públicos ou mesmo os despede faz aumentar o desemprego; porque funcionários públicos e pensionistas são uma parede sólida contra o desemprego assustador. passos percebe isso, mas por outro lado, o mesmo passos quer implementar o estado-empresário. e é nessa medida que teve de optar. sabe que portugal é lisboa e o resto é paisagem e vai daí é lisboa que terá de tornar-se uma espécie de besta que levou com forte sedativo e cai na terra para lhe tirarem as medidas ou ser transportado para outro lugar na selva. até sedar o animal, passos e o seu circo, vai contando histórias. mente hoje, diz meia verdade amanhã. atenção meninas e meninos: em novembro terão o subsídio de férias. não é tão bom? o governo está a ser velhaco pois quer dar a quem não trabalha e não produz o fruto do suor de quem se esforça por cumprir ou já cumpriu. isso cria revolta. não será de estranhar que uma revolta surda venha  tomar físico entre a malta esfaimada. os milhões e milhões de euros do subsídio de férias que irão ser distribuídos pelos "pobres"  das milhares de aldeias não irão aquecer ou arrefecer a economia dos desempregados do portugal-empresário. não sou bruxo, e por isso não me atrevo a dizer mais do que me veio à cabeça. porém, posso afirmar que de braga o que poderá chegar a lisboa são os sons dos tiros das caçadeiras com que alguns machos lusitanos ultimamente têm vindo a fazer justiça doméstica. machos lusitanos naturalizados ou não pois vai dar tudo ao mesmo. passos e companhia neutralizaram a estrutura da pátria que era o conjunto das suas forças armadas e arrumam dia a dia com o esqueleto do estado constituído pelo funcionalismo público.
manuel melo bento

terça-feira, 11 de junho de 2013

e se um dia o dr. josé de almeida perguntar aos açorianos:

"quereis  ser governados pela troika ou quereis que a fla vos defenda?" será que podíamos ir a votos para saber a resposta, ou  seria  desnecessário? 
li com atenção redobrada o discurso de 6 de junho de 2013 proferido pelo líder do que significa a mentalidade liberta açoriana, dr. josé de almeida. liberdade que parte de um povo que se desvirtua, porque se refastela com as dádivas esmoleres de um poder corrupto -   diariamente denunciado pelos órgãos de comunicação social que o mesmo poder sustenta. não é de admirar! isto é portugal!, a intelligentzia continental teima em omitir das páginas da história portuguesa parte social da história dos açores e que por mais que se apaguem os feitos destes nunca serão esquecidos da sua  pertença nacional por gente que não teme a verdade. não há história de portugal sem a história dos açores. o mesmo se poderá dizer dos açores em relação à sua história. por enquanto, está claro! amanhã, e será um amanhã para breve, os açorianos irão deparar-se com uma gestão danosa e irreversível dos seus interesses e verificarão sem grande esforço que eles poderão governar-se (a si mesmos) melhor e com mais sentido de estado. e redigirão a sua própria história aconchegada da herança de um passado comum com mais sentido de futuro que aquele que os governantes portugueses escolheram para a nação mais velha de europa. os diversos governos portugueses prostituíram o velho portugal entregando-o à voracidade de empresas económicas. o dia de portugal teve lugar na fronteira (antiga) com espanha. pressagia-se algum esquema novo a sair dos crânios que - por meio do voto da mistura de gente lida com a plebe ignara que vota por impulso gustativo - alcançaram o poder? será gente competente aquela que gere os negócios de portugal como uma grande superfície comercial e que pretende destruir aquilo que se usava chamar de estado social? que fará essa gente dos açores depois de os terem reduzido a moeda de troca de concertinas internacionais? como são geridos os nossos bens? estão de acordo com o nosso viver de amanhã? temos direito a ver as contas! não as que são difundidas pelo ministro das finanças que dia sim dia não disparam em sentidos opostos ao que é o programa do governo e do seu volúvel e inconstante orçamento que acabou por embrenhar-se na mentalidade dos portugueses como uma seta de insegurança em todos os níveis da sua vivência.
manuel melo bento

sexta-feira, 7 de junho de 2013

rtp: croquetes, chouriços, promoções e futebol

neste momento deixei de duvidar das capacidades intelectuais dos responsáveis pela estação televisiva do estado para ter a certeza de que se trata de um conjunto especial de espertos comerciantes e não de uns bananas como eu os julguei ao longo das últimas dezenas de anos. aproveitando a queda do português pelo futebol e tendo a responsabilidade de transmitir o jogo com a rússia de "elevado" interesse nacional, a nossa - e de alguns malfeitores nacionais da cultura -  rtp resolveu associar-se ao negócio da publicidade das salsichas e outros bens de consumo doméstico como sejam as nabiças, a salsa e a banha de porco que agora está a dar por motivo da exportação maciça do azeite e outros pacotes em promoção. quer dizer, melhor dizendo: ronaldo (não é preciso explicar quem é nem sequer à tia anica pois todo o mundo o conhece muito melhor que a  jesus filho do mestre josé carpinteiro, que foi um santo pai afectivo) dá um chuto na bola que vai ao lado de uma trave  pintada de branco. ai, quase golo! mas nada de gritos. e porquê? porque aqueles "assassinos" da cultura (neste caso futebolística) interrompem por segundos o desenrolar do jogo para - imaginem - publicitar a casa dos tomates e dos agriões a preços imbatíveis. meus deus, perdoai-me por não vos creditar nem fiar cascalho para  um charro, mas permiti-me que vos invoque para denunciar este escândalo que é de terem posto o estado português a vender produtos hortícolas associado a uma cadeia de supermercados. mais baixo do que isto só o que está fazendo o balconista passos coelho ao estado social. melhor dizendo ao povo que o elegeu. goooooooooooooooooocouves, goooooooooooooooooooooocenouras, goooooooooooooooooooooooosalsichas, gooooooooooooooooolllllllllllllllllooooooooooooooooooooooo - que agora é que foi golo e portugal venceu a rússia, a cadeia de supermercados espera vender muitos mais feijões e a rtp mete ao bolso................. o quê ou quanto? ó seus paspalhões das comissões parlamentares, o que fazem vocês para justificar o que ganham e que para o ganhar têm de nos ir aos bolsos?
manuel melo bento

segunda-feira, 3 de junho de 2013

não vou muito com a cara de miguel sousa tavares...

comprei o terceiro romance de sousa tavares. era para lê-lo nas férias, mas acabei por o devorar em dois dias. "madrugada suja" é mais um grande romance. este homem tem o condão de quando escreve romances  acabar por viciar o leitor. aconteceu comigo com o "equador" e "rio das flores". lembro-me de ter começado a ler aos 11 anos e de ter lido um romance de uma das irmãs bronté. chorei que nem uma madalena, ou melhor como o antigo choramingas de belém.  não sendo crítico literário não deixo de me pronunciar sobre o que leio. aos 14 anos meti-me a ler tolstoi e dostoievski, depois de ter entrado de cabeça no livro do cura meslier. no que me fui meter, mas não havia outra solução dado que naquele tempo havia poucos livros e os que havia eram para ser trocados entre a malta. a malta que lia era reduzida. ler era e é uma espécie de vício. foi assim que aprendi a ler romances. depois quando apanhava um livro qualquer lá vinha a maldita comparação com os os clássicos russos. organizei-me num ingénuo espírito crítico não científico. é como gostar de um vinho e depois vir a saber que é dos mais caros no mercado e muito "considerado". é que lá vem o senhor escanção a dizer que é enrolado, aromático e entre muitos outros sintagmas adjectivais pespega com o termo personalizado. eh pá, basta! dá-me um gole e cala-te. mas voltando à minha forma naife de entender os romances devo confessar que foram os meus grandes companheiros de jornada que se aproxima do fim. descobri o proibido eça de queiroz (imaginem: tive o azar de perguntar na biblioteca do reaccionário liceu nacional de ponta delgada pelo "crime do padre amaro" e logo a responsável me ameaçou de que iria participar ao reitor o meu descaramento...) e enquanto não li todos os seus romances não descansei. até li uma crítica de antero de quental acusando eça de não ter lido os clássicos russos quando escreveu a primeira versão da história da amélia muito comida pelo amaro. pensei: mas eu li. e fiquei contente comigo. e que alegria que foi quando em 1967 descobri num livreiro "os possessos" por 20 escudos. foi a minha companhia na viagem de comboio que tinha de fazer. quer dizer, fui-me colando a escritores e fiz de alguns a minha sobremesa mental. encontrei um luíz pacheco pelo caminho e apesar de nunca ter escrito um romance fez com que eu crescesse. aprendi com joão pedro george como se trabalha com o texto pachecal. li, li, li por vício e alguma estupidez. às vezes tenho cada desgosto quando vou atrás de escritor e ele me desilude. ultimamente aconteceu-me o desagrado com irvin yalom. li de uma forma obsessiva "quando nietzsche chorou" e "a cura de schopenhauer" e quando me meti a ler "mentiras no divã" apanhei um banho de água fria. quer dizer que interiormente já escolhi os meus escritores e irrito-me quando eles fogem à imagem intelectual que deles faço. o aquilino? uma maçada! o saramago? quase intragável! o lobo antunes? para se ler com alzheimer! (gosto das suas crónicas. são de excelência). quanto aos novos, estou a tentar perceber porque escrevem para circuitos fechados com muitos comparsas difusores. esquecia-me do cristóvao de aguiar que redescobri em "marília". li quase toda a obra dele, mas só o preconceito me impede de ser imparcial, mas acho que ele é um universalista ainda não descoberto pelos grandes senhores das editoras. os que não são viciados na leitura de romances universais não sabem o que é ter pena quando estamos no fim do romance  que comprámos, às vezes, com tanto esforço e sacríficio em euros. ah, mas em compensação vingo-me quando vou à feira da ladra. 18 livros do camilo a um euro cada. "adeus às armas" do ernest hemingway por 50 cêntimos (a meu ver, fraco), dom francisco manuel de melo ao mesmo preço - não relido, "humilhados e ofendidos" que já tinha lido mas já não me lembrava de nada. idem. e o "crime e castigo"  em que a gaja segue o matador da velhota até ao inferno da sibéria. quer dizer que há romances em que a malta que os lê nunca mais esquece as personagens criadas pelos autores. lembro-me do livro do eduardo brum "não chores pela minha morte" que durante uns meses não me saíu da cabeça. há personagens que se nos colam. é o preço que se paga pelo vício. apesar de ser um viciado por autores pouco ou nada posso dizer de rigoroso sobre literatura. já cheguei a comprar o mesmo livro duas vezes por me ter esquecido do nome do autor e da obra. é pena! talvez se tivesse orientado melhor as minhas leituras fosse hoje em dia um expert. ah! ah! claro que quando falo de romances quero ressalvar o que se aprende e o que crescemos com eles. uma boa intriga é muito giro mas cansa. para isso temos as telenovelas brasileiras e as portuguesas que são muito chatas ao querer reproduzir uma realidade que só esta na cabeça dos realizadores ou autores de textos. deviam dedicar-se a plantar alhos nas serras fora das cidades para não estarmos a papar os dos chineses que as nossas glândulas gustativas confundem com chicletes. uma vez lido um romance não o vejo (nem quero) transformado em chouriços nas telenovelas ou filmes. não, o mundo da literatura não pode ser o mundo do audiovisual misturado com anúncios de creme hemorroidal. então no que diz respeito à poesia, a coisa dá para chorar. uma florbela metida num fadinho ainda vá que não vá quando for puxado à substância. talvez e eu ande um pouco desconfiado sobre se miguel  miguel sousa tavares, ao desenhar "madrugada suja", não está a tentar a entrar pelo cinema adentro. não entendi o ritmo do romance apesar de o achar uma grande peça formativa para se entender muita coisa. até dava para afirmar que mst está a preparar alguma... já anunciou que tem outro na forja. aguardemos. aprendi a separar autor de narrador e vou ficar por aqui para não meter mais água. acho que mst vai ser dos poucos que depois de morto não morrerá. sim, é o mais limpo de todos dado a sua total e irritante distância das banalidades mundanas.  
varett

domingo, 2 de junho de 2013

se o chequespias fosse português, nos dias de hoje, não apanhava prémio literário nenhum


chequespias:
vocês em portugal como é que atribuem prémios literários?
nobel regional:
eu não sei responder, mas se o senhor inglês perguntar por aí, de certo que vai descobrir. o dr. rui ramos disse qualquer coisa sobre o assunto.

sábado, 1 de junho de 2013

a esquerda da situação não quer saber da esquerda da oposição. por isso foge..........de compromissos

hoje, ser de esquerda ou ser da oposição é uma e a mesma coisa (salvo as excepções de outras áreas que as há em profusão). se havia dúvidas do lado em que se ia colocar o partido socialista da assembleia da república, elas foram desfeitas pela não comparência de antónio josé seguro - seu actual líder - no encontro que o outrora revolucionário, (quando o estado novo estava no poder), dr. mário soares, organizou a fim de arregimentar uma tomada de posição face à destruição do estado social. o dr. mário soares não pretende chefiar nenhuma revolução armada que se saiba. o dr mário soares entendeu que o rumo para a vitória da direita neoliberal devia ser travado sob pena de não ter valido para nada os anos posteriores ao 25 de abril que trouxeram uma maior e mais justa distribuição da riqueza que o país produzia ou se pensava que distribuiria. todos os habitantes de lisboa são mentirosos. eu sou habitante de lisboa mas não minto. ah malandro, se és habitante de lisboa e se todos os seus habitantes são mentirosos tu também és mentiroso apesar de dizeres que não mentes, pois tu só dizes mentiras dizendo a verdade. e o facto de dizeres que não mentes é porque dizes mentiras porque és de lisboa.  como fugir a este paradoxo? sou de esquerda mas não alinho com a esquerda. quem pode acreditar que antónio josé seguro é um homem de esquerda a chefiar um grupo que se afirma de esquerda ambos vivendo à direita? ninguém! seguro sabia que naquele inferno da aula magna cheio de consciências independentes - porque têm de certo a mesada em cada fim de mês - se iria vituperar o chefe de belém, os banqueiros, a troika e etc que a lista de ápodos nunca mais acaba. e isso colocaria o ps oficial em maus lençóis perante o esplendor alemão que poderia interpretar esse acto como um ataque aos compromissos que o estado português assumiu com o capital internacional e de que em parte o ps se associou. e uma merkel zangada faria ao futuro primeiro-ministro o que fez a hollande da frança: deu-lhe por aquelas beiças de brumário de escritório. e ele? amochou-se! é que sem dinheiro nem o comunismo primitivo de louis henry morgan sobreviveria numa europa "comunitária". está entre aspas para que não haja enganos. ele, seguro, quer ser primeiro-ministro e num país de papalvos e de ignorantes ser revolucionário é meter medo. e poveco com medo não vota senão nos senhores que apesar do chicote sempre lhes atiram com umas migalhas... paradoxo? ser revolucionário nesta altura é má política. penteado , engravatado e com boas falas mansas indignadas é vitória garantida. para quê estar a dar uma de mau e de che? só se fosse tolo. portanto,  nada de espantar a parolada. só que ainda falta muito tempo para as eleições legislativas e este modelo é para assegurar as autárquicas. e para quê, se são autárquicas? é para ver se passos tem vergonha na cara com a putativa  derrota e se demite. está enganado, pois passos não se demite a não ser que o social-democrata (enquanto não houver melhor designação...) cavaco silva dissolva a assembleia da república e convoque eleições. coisa que é improvável, creio eu, dada as circunstâncias de cavaco não ganhar nada com a expulsão de  passos. se o fizer correria o risco de um ps aderir a posteriores manifestações para forçá-lo a abandonar belém por triste e má figura. penso, sem ser de que, isso seria péssimo para a sua imagem. perguntarão: que imagem? e eu sei? vai ser tudo do mais e do mesmo. depois a gente amanha-se. está escrito! espera! espera! antónio josé seguro discursa e agora está a defender as empresas. é a abertura do novo modelo do socialismo: o "socialismo empresarial" (outra descoberta portuguesa) ou estaremos perante uma fraca imitação das intervenções do almirante-empresário henrique tenreiro de boa memória, dizem alguns.
manuel melo bento