terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

portas à la bolchevique no tempo das feiras

racional como sempre, paulo portas - nos seus tours eleiçoeiros e evangélicos - prometeu aos pensionistas, vulgo moribundos da democracia, dinheiro, saúde e sexo. se tem saúde e dinheiro logo tem sexo. mas ele sabia que as suas promessas mesmo que tivesse vontade de as cumprir no seu "compromisso total" nunca seriam concretizadas. porquê? e eu sei!? só sei que o povo quando quer saber se a galinha tem ovo mete-lhe o dedo médio no cu. galinha gosta? e eu sei!? depois de uma certa idade os homens (pensionistas) devem sujeitar-se ao toque anal para saber como anda a sua próstata. seria esse o "compromisso total" do líder do partido cúmplice da actual rapinagem quando de dedo à paulenine difundia ir distribuir   leite e mel na terra prometida para os desprotegidos. e eles gostam? e eu sei!? com que lata se irão apresentar a futuros actos eleitorais os maiores mentirosos políticos dos últimos 38 anos? será que portas tem consciência que só em bares e discotecas poderá prometer seja lá o que for para apanhar os incautos eleitores sem ser molestado? nós sabemos dos livros que tanto relvas como passos não mais se apresentarão em público sem ser rodeados de guarda-costas. é impensável que o psd se apresente a votos com a actual liderança. seriam comidos vivos como o major francês que maria teresa horta descobriu nas luzes de leonor. que vai ser dos social-democratas? já sei! vão canalizar o ódio que fizeram crescer no poveco contra alberto joão jardim. se este for acusado e arrastado pelos tribunais como grandes figuras públicas o foram nos últimos tempos teremos o povo em festa, satisfeito e esquecido das maldades a que foi sujeito. não foi salazar votado como o maior português do século passado por aqueles que ele meteu no zoo portugal, não se tinham passado uns 20 anos? nunca acompanho ninguém em campanhas. só que da próxima não perco um comício quer do psd ou do cds. levarei a minha máquina para registar os momentos altos. e para quê? para vender os instantâneos à playboy que é a que melhor paga por politicopornografia. 
manuel melo bento 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

no tempo do saudoso ditador prof. salazar o zé podia mandar o seu manguito às escondidas. no tempo do lacaio do actual lourenzo de medicis.. bem leiam o texto que para título já basta

para ser verdadeiro (coisa que nem sempre sou para não chocar a plebe literária) nunca vi o zé povinho a fazer manguitos. de chapéu na mão, no tempo do saudoso, isso sim. agora, pelas tabernas vi muito boneco bordalesco com os braços em cruz. também nunca o vi de pila de fora como a ilustração que lhe fiz. mas sei que ele gostava de refrescá-la nos sítios apropriados, isto é, nas casas de passe onde o delegado de saúde fiscalizava as mulheres que se dedicavam a mamadas e outras designações caídas em desuso. digamos que uma mamada era o que hoje os democratas traduzem por sexo oral. de repente, salazar mandou acabar com o putaredo. mas porquê senhor dos bons ventos e outros menos bons? não sendo eu  reputado historiador, vou tentar explicar num baixo jaez linguístico. lembram-se do movimento das mães de bragança? era uma coisa assim: as mulheres do norte quando as remessas das brasileiras chegaram ficaram a ver-se sem pau porque os seus católicos, apostólicos e romanos esposos acordaram para a beleza de um bom traseiro/bunda e para beiços sem buço. ah, cadelas que nos roubam os nossos amos! e vai daí constituiram-se num bando de seita moralista que obrigou as autoridades a abrir os olhos e a tomar providências a favor do cumprimento dos juramentos prestados perante o ministro de deus aquando da união indissolúvel - no dizer dos cristãos. a coisa amainou e os nortenhos dividiram a fogosidade entre bundas estranhas (pagando, claro) e a execução do dever sexual  nas que o destino juntou. pois bem, salazar - um engatatão e bonito homem - sabia que o povo precisava de se vir como pão para a boca por isso deu ordem ao serviço nacional  de saúde que cuidasse muito bem das vaginas das prostitutas. mas como as campanhas contra o regime na "europa civilizada" não paravam de chatear e de nos desenharem como incivilizados, o velho timoneiro acabou com o mercado oficial da carne. olhem meus queridos leitores que desconhecem o que era uma casa de passe. era assim: quando vim da parvónia a primeira coisa que queria realizar era ir a um lupanar (a alguns são visitas  a museus e outros catedrais - são os cultos) - falavam-me tão bem dele(s)... num, mal entrei, vislumbrei um grande corredor com bancos corridos de um lado ao outro. neles estavam sentadas todo o tipo de mulheres. alguns amigos mais sabidos diziam-me que algumas eram casadas e que vinham à procura de uma ajuda para a mercearia (as rendas das casas, graças a salazar, eram quase de graça - grande anti-capitalista!) já que sendo domésticas nada ganhavam. vamos à verdade histórica (a meu ver, claro!): as mulheres estrangeiras - que também gostam muito de foder - não viam com bons olhos - tal  qual as mães de bragança - a concorrência das putas. e vai daí, com a manha da libertação da mulher das garras dos homens puseram-se a berrar pela democracia e não é que conseguiram os seus intentos. falta, melhor dizer, que as estrangeiras queriam que se acabasse com as casas de passe mas não com a fornicação, porque nisso elas ficavam à vez. depois, todo o sítio servia de engate. ruas, avenidas, cafés, restaurantes, bares de hotéis, etc. difícil se tornava distinguir puta da que fode gratuitamente. para mim - que sou muito crítico em relação a acabar com aqueles estabelecimentos - foi o facto de o preço ter subido em espiral nos primeiros tempos, o que foi horrível. o que valeu depois foram os chulos que estabelizaram os preços e dividiram a categoria do material. ponto positivo a favor de os chulos! ah, ah! com a medida nacional aconteceu um incrível aumento de paraísos sexuais. as estrangeiras de meia idade e mais qualquer coisa sabiam que em portugal eram papadas sem cerimónia e não precisavam de se esforçar em fazer operações estéticas para se embelezar, porque pau não faltava. o melhor lugar para serem comidas era no algarve e na madeira. eu "explico": quando as estrangeiras perceberam que o macho lusitano era um pouco tosco perderam o encantamento. isto é, o português que se dedicava à gerontologia sexual não passava de um símio sem pêlos. para este bastava um buraco. daí, a explicação para o facto de muitas idosas serem obrigadas a fazer sexo contra a sua vontade quando confrontadas com os predadores e violadores. "idosa de 87 anos assaltada e obrigada a praticar sexo com homem de 27 anos". são notícias que saem dia sim dia não na imprensa cor de cuecas. o que leva a alguns homens a querer fazer sexo com pilancas? só pode ter uma explicação paralela  com o acabar das casas de passe. uma penetração simples e sem pressas custava 3 moedas de cinco escudos! oh que saudades tenho de salazar e do seu regime! para ter saudades de salazar é porque não gosto de passos coelho (eu explico quem é passos coelho: trata-se de um amigo de relvas). se no regime antigo bordalo caricaturizava o zé povinho a mandar manguitos  cheio de personalidade, hoje, ele ao mesmo tempo que canta a vila morena vai pondo ovos. o governo de relvas estando atento já deu ordens a vitor gaspar para aplicar o iva neste novo produto nacional que compete com os pastéis de belém no comércio externo. este texto é uma merda! o que é que queriam? com este governo a merda é já ali. ou ainda não perceberam que um milhão de desempregados num país tão pequeno não dá para estarmos seguros e descansados em nenhum lugar. já não são as quadrilhas que assaltam diariamente os portugueses e que os governos e os deputados da esquerda e da direita não querem saber (nunca falam disso em são bento), são as dificuldades em sobreviver; são as palavras dos que vivendo como nababos se dão ao luxo de interpretar as desgraças dos lares de milhares da ex-classe média; são as palavras ocas de um presidente não activo que tem deixado o povo ao deus dará. julgo saber que certa esquerda está a tentar substituir o hino de portugal que empurra os portugueses contra os canhões (e se eles disparam?) por outro que não é nem mais nem menos que grândola vila morena. eu até acho que sim. prefiro gritar grândola vila morena, terra da fraternidade do que nobre povo, nação valente. grândola é portugal. vila morena diz-nos da cor dos nossos avoengos e da nossa. seus trigueiros/as! fraternidade cheira-me a ideais democráticos. às armas, às armas! para quê? para ir contra o opressor ou contra o povo. contra os canhões? vai tu ó passos! vai tu ó cavaco! vai tu ó conceição! em cada canto um amigo... no reino do zeca, sim! na forja do passos? ou é ladrão ou guarda-costas...
ps: eh pá, vai falar o cavaco! grândola vila morena...
manuelmelobento

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

leninista facies: a nova moda e o sexo denunciado pelos bufos

certo empresário pediu a uma moça que lhe fosse vender flores à porta de um cemitério. pagava-lhe 3 euros à hora. a rapariga tinha na altura 15 anos. aparece o fiscal e, gaita, perdão foda-se, lá foi parar o empresário ao tribunal depois de levantado o auto. 4 meses de prisão para o empresário na primeira instância e absolvido na relação depois. mal acabei de ler esta notícia num anódino jornal das ilhas adjacentes deu-me uma vontade de gargalhar perdidamente. tenho ainda bem presente a imagem de rapazes e raparigas a trabalhar em supermercados nas férias para custear os seus alfinetes. isto foi na américa... quer dizer, o que poderia fazer a rapariga resguardada pela lei portuguesa em portugal? por exemplo, estar a foder sem protecção com o namorado também de 15 anos (se este for maior trata-se de violação) num terreno onde o avô - arrastando os seus  80 anos a uns metros de distância - está a sachar a terra para cultivar cenouras que fazem muito bem à vista de quem as pode comprar. a moça poderia pedir na sua escola preservativos, pois nas escolas portuguesas existia uma campanha para bem foder sem riscos. nas escolas deram-se aulas da chamada educação sexual. com as restrições do governo social-democrata acabaram-se os apoios para actos sexuais entre menores com preservativos. lembro-me de num grande painel junto a uma escola secundária apelar-se aos jovens para fazer sexo seguro. sabendo-se que os rapazinhos com 15 anos ainda só têm tesão de mijo, digam-me lá se elas com tanto apelo a actos sexuais não se voltam para os mais velhos? estou desconfiado que o que os safados dos governos após o 25 de abril queriam era pôr as mulheres a foder permitindo que se treinassem  com rapazinhos que as tornariam insatisfeitas para certos efeitos menos claros a posteriori. se elas não podem trabalhar até aos 16 anos e não estão na escola e se à noite estão a chuchar cerveja aos saltos com música e droga à mistura, o que fazer com elas? os pais se as proibem de sair à noite não são ouvidos. se lhes pregam umas lambadas nas fuças para manter o antigo respeito vão parar na esquadra de polícia mais próxima e posteriormente  acusados de violência doméstica. alguns já foram condenados a cadeia. não era bem isto que queria escrever. saiu-me um texto reaccionário, talvez por isso mesmo caracterizei-me à lenine para disfarçar o reaccionarismo do texto. bem, vamos a arménio carlos e não ao bispo carlos que agora foi apanhado pela matilha que está contra tudo que cheire a sexo. esta matilha nojenta -  tem desgraçado dezenas de pessoas atirando-as para a fogueira da odiosa opinião pública - não tem sentimentos. num país onde já morreram 39 mulheres assassinadas pela bestializada  ciumeira nacional é caso de estudo dar mais importância a apetências sexuais deste e daquele. ah, são às vezes assédio sexual. você quer ir-me ao cu? socorro, estou a ser assediado e vou fazer queixa! bufo de merda. a menina  quer dar uma queca atrás daquele biombo? ai, que horror, estou a ser assediada! quero uma indemnização! puta de merda! como fazer quando o tesão sobe como um balão? ah, já sei! v. ex.ª quer dar-me a fineza de abrir as pernas para eu pernoitar para aí uns 15 minutos? olhe que eu pago bem! quanto? peça o que quiser que eu investi nas acções do bpn antes do colapso. pronto, puta já temos. falta é a vontade de pagar. não há dinheiro. acho que a estratégia da cgtp e a barbicha de arménio a apelar para o 2 de março ficam para mais tarde.
mmb

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

lenine às portas de moscovo, perdão, às portas de lisboa

no começo do século XX, na rússia,  as manifestações populares eram ferozmente subjugadas por forças policiais e militares. havia fome, assaltos generalizados, fuzilamentos dos opositores ao regime do czar nicolau II. só num dia  na reposta a um levantamento popular foram mortos mil manifestantes. um irmão de lenine foi assassinado por pertencer às forças que representavam a luta contra o regime. o exército fartou-se de fazer tiro ao alvo contra os ajuntamentos de pessoas que reclamavam contra a repressão, desemprego e fome. nicolau pressentiu que qualquer coisa se iria passar depois de ter dado ordem - pressionado pelos generais que o acolitavam - para abater seres humanos como quem vai à caça de renas. o povo que estava desarmado  às mãos das "forças da ordem" caía que nem tordos. era impossível derrotar, através da luta armada,  o poderoso exército do imperador de todas as rússias. em 1917, deu-se aquilo que era inesperado embora estivesse perspectivado nos manuais de engels e marx: a luta de classes. e luta de classes quando lhe pega fogo a coisa fica feia p´ra caramba. eh pá, a mole humana mexeu-se e foi cá uma carnificina de todo o tamanho, isto é, estendeu-se por toda a europa! umas vezes a luta de classes pendeu para o lado dos revolucionários para noutras cair na alçada das  "forças da ordem". quando, na altura, li umas coisitas sobre a revolução russa, fixei duas histórias: certo dia, após matarem toda a nobreza russa (menos a que conseguiu escapar), a burguesia e colaboradores, foi apanhado um neto de um director de um banco. a tarefa dele era provar não ter sido fascista (não comparando foi como os revolucionários do 25 de abril fizeram ao banqueiro-presidente do benfica - jorge de brito) porque o avô era um colaborador do regime deposto. o que fez o moço? senhor camarada (eram obrigados a tratar os novos dono do povo assim sem mais nem menos) disse o neto: meu avô provou que não era fascista e que não colaborara com os criminosos dos capitalistas. é hoje um cidadão livre! isso foi o teu avô, agora tu tens de provar que não eras fascista/explorador. esta é uma das que nunca mais esqueci. a outra: depois de todos serem iguais na rússia, de repente surgiu a nep. quer dizer nova política económica. ah, como é que foi? conta lá! eh pá!, surgiram como papoilas da bolívia uns russos que ocupavam bons lugares no aparelho do estado e que ganhavam mais do que os outros (os que mesmo sendo camponeses eram assassinados por causa do seu sentido de propriedade - tempo de estaline) e que viviam como a classe média americana da década de sessenta do século passado. isto é, tinham criada, carro e as suas "esposas" eram domésticas. pergunto: para quê tanto sangue se tudo volta ao mesmo? não seria muito melhor que os que têm mais do que precisam... ia colocar este texto no trash, mas gostei de ver o meu trabalho sobre arménio carlos. a estratégia dele está muito parecida com o pai lenine. mais tarde escreverei sobre a estratégia do comunista da sindical geral dos trabalhadores e dos que já não podendo trabalhar descansam.
mmb

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

o estado: um sentimento ou uma materialização do abstracto

confesso que tenho algumas leituras sobre  o entendimento que surge com a ideia de estado. não são tão profundas e rigorosas quanto o desejável. mas dava em tempos para perceber e alimentar qualquer bate-papo. quando éramos obrigados a tirar "organização política e administrativa da nação" no secundário a coisa ficava por uma insustentável chuva de penumbras anódinas e era um tal debitar frases sem sentido nos exames. não podíamos tratar das coisas da política porque isso tornar-nos-ia suspeitos. não podíamos trabalhar a ideia de democracia nem fazer apologia de tudo que não englobasse o estado novo e o seu glorioso timoneiro. e era assim por várias razões: uma das quais era o medo, a seguir vinha o terror de se ser despedido do emprego, ou não o arranjar. também ser-se ostracizado pelos amigos e família não era de se pôr de lado. olha, e etc que a coisa dava para uma aquilinada significativa. o estado metia medo. a polícia metia medo. o respeito era uma etapa de comportamento sujeito a penalização a todos os que prevaricavam em relação às hierarquias. veio o 25 de abril de 74 e eis que se descobriu o primeiro inimigo do povo: o estado que tomara a designação abusiva de estado novo. estado novo, salazaristas e situacionistas eram o inimigo a abater. e foi abatido. abaixo este e aquele e, de facto, foi tudo abaixo durante dois preciosos anos que podiam ter sido aproveitados para reciclar o estado e adaptá-lo aos tempos modernos. bem, apareceu a canalha que açambarcou os dinheiros públicos e foi o fim do estado (novo) português. tornámos ao tempo dos reis desavindos: dom pedro e dom miguel. não nos matámos uns aos outros como na época fratícida mas fizeram-se à volta de 2.000 presos políticos às ordens dos anti-fascistas. no estado novo havia apenas 76 presos polítios e vivia-se em ditadura... de repente, foi preciso elaborar uma lei fundamental pois a que vigorara (33) foi à vida. entretanto o estado fica suspenso. não se sabe onde esteve. o que se viu foram arruaceiros que imponham as leis a que chamavam revolucionárias e legítimas. roubava-se, assaltava-se, batia-se em pessoas, amedrontava-se, e tudo que cheirasse a ordem levava no caneco. muitos portugueses fugiram para o estrangeiro depois de terem visto cenas de verdadeiros cowboys. mentores da revolução chamada dos cravos usavam coldres e pistolas. não estou inventando. basta ler os jornais de direita e de esquerda que se publicaram na altura. depois de se ter organizado um punhado de leis comunizantes por todos os constituintes (o cds ficou de fora. fica sempre de fora...) eis que o estado que se tinha escondido começou a pôr as ventas de fora.. inventaram-se ministérios, secretarias, direcções e repartições e mais o diabo a quatro. milhares de funcionários públicos surgiram como papoilas  nos campos afegãos, o que fez com que os partidos a eles se dedicassem para deles receber contrapartidas. a onda estatal comunizante avançou qual onda da nazaré e foi-se até à construção civil e adjacentes. o que quer dizer tudo debaixo dela (os chamados meios de produção). olhem, nasceu o estado patrão que aos poucos foi-se transformando em estado social. foi uma grande conquista? se tivesse sido organizado penso que sim. porém, acho que a sua "confecção" tinha laivos de assaltante. isto é, não tinha suporte a não ser no saque de dinheiros a outrem. entenda-se por pedir dinheiro emprestado a quem para tal estivesse disposto a mais tarde vampirizar com juros pouco higiénicos. sem bases, mais cedo ou mais tarde daria o berro. e deu. hoje, toda a panóplia de regalias foi ao ar e para mal dos nossos pecados vão fazer com que o povo pague o que recebeu em épocas atrás. aliás, ao povo foi dito que era um direito seu ter apoio na doença, na instrução e na velhice através de reformas que em tempos só os priveligiados usufruiam. mas que raio de estado  assentou arraiais na javardice de uns pilhas-apanhas sem eira nem beira (depois engordaram na pança e na fazenda) e que agora retoma a forma antiga autocrática e desrespeitadora da vontade popular? vamos por partes que eu não sou gago mas vejo-me à rasca para explicar o meu ângulo crítico. dar, não dar, dar e tirar é o que se pode dizer do estado português. no começo da I república (1911) os "democratas" distribuiram o que não tinham (pediam emprestado). levaram o país à bancarrota. fome e porrada era um signo que acompanhava o hino nacional (também reconhecido pelo hino da fome). com o advento do estado novo ou II república a fome pediu prolongamento até que estabelizou. o estado - novo de seu nome - inventava impostos com a destreza de um chulo. até para para se acender um cigarro friccionando duas pedras ou utilizar um isqueiro era preciso pagar a licença respectiva. não comparando eram quase tão chulos como estes de agora. salazar não tinha o descaramento deste passos, pois não se ponha a dizer para a malta emigrar. fingia que não era nada com ele. a malta fugia para matar a fome na estranja e como era trabalhadora lá fora arrecadava bons vencimentos acrescentados com a prática de horas extraordinárias... pagas. mandavam as divisas para o país que os viu parir elegantes (as criancinhas de então eram pesos pluma, magricelas e esfomeadas) o que permitia  ao erário público grande espaço de manobra tanto  a nível económico como fazia do portugal uma nação honrada: pagava a pronto as importações dos bens essenciais. essa segunda república ou estado novo era composta por três classes distintas. a saber: clero, nobreza/alta burguesia e povo. não como hoje na era de passos, pois pode-se distinguir claramente: clero, burguesia bancária, muitos desempregados (700.000 à data), sem-abrigos e o povo (parte dele já está de mala de cartão aviada). não está mau, como dizia o saudoso solnado, o esquecido. saltemos para a III república (devagar para não entrarmos nalguma guerra civil). o governo passos que não passa do fruto de um golpe tipo chicotada psicológica (usa-se na gíria futebolística quando um clube vai de mal a pior e em risco de baixar de divisão), isto é, os primeiros-ministros (treinadores) vão sendo substituídos à maneira que obtêm maus resultados. como tem sido de mal a pior a governação, o certo é que só se vêem lenços brancos por toda a parte. não porque os portugueses queiram expelir o ranho (fazem-no para o chão), o que pretendem é substituir o treinador de portugal, que diga-se de passagem não percebe nada de conduzir a turba humana. os nacionais ainda não substituíram os nomes feios pelo desfraldar dos lenços brancos... mas mais cedo ou mais tarde terão de o fazer por falta de força para gritar. quer dizer dão, tiram, dão, tiram, dão, tiram faz-nos pensar que de facto perdemos alguma coisa. será que nos falta o estado. já estamos conscientes de tal falta? ou é só a carência que nos faz raciocinar assim? é isso, tiraram aquilo que já tínhamos interiorizado pertencer-nos. mas de que se trata? não é só a mim que tiram. tiram a todos. tiram-nos o estado! será que tenho razão? tiram-me a protecção. a mim e aos outros. isso não é bom. o estado é protecção? não estúpido, o estado é a nação politicamente organizada. lá está este (aqui aplicaria um palavrão. evito - só hoje - para agradecer a uma doutora do norte o facto de me ler, o que desconhecia). o tratamento desses  conceitos só estão acessíveis a um décimo dos dez milhôes de portugueses. por esta razão há que usar de pedagogia rasteira para chegar à torre de controlo dos restantes desgraçados que agora estão a chupar no dedo em vez de - com todo o direito - o fazer nas tetas do estado. é o estado tratado a nível popular. também, o que era de esperar de quem ainda não entendeu a função do estado? sim, sou eu! ah, bebi um café. paguei 50 cêntimos. ouça lá, onde está o recibo? um momento, estou a assinar. pronto cá está, demorou porque o carimbo tinha falta de tinta e o gerente tinha ido à casinha. bufo!, não deve ser comigo. pés para que te quero pois ainda apanho com algum malhado. quem me manda ser legalista!
manuelmelobento  

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

non habemus papam

para mim que já fui militante teísta , ateu por temporadas e finalmente observador négligé (boa, saiu-me) fiquei perplexo pela atitude de um papa que me habituou a vê-lo ser coerente com aquilo que o orienta:  "constituição" católica que  ele subscreve e pratica. nada de preservativos! claro! então as católicas querem só as partes boas e carnudas da vida e quando é para seguir à risca as regras que deus do ocidente imigrante fugitivo das areias do deserto ditou para o seu povo - o chamado povo de deus - tornam-se relutantes e vivem fodendo sempre que para isso haja oportunidade em viaturas, motéis e outros lupanares. claro que as mais abonadas têm outros locais. os locais de luxo. todas elas utilizam protecção e, digo isto, porque ao questionar o quantitativo de preservativos vendidos ou oferecidos pelas instituições oficais fico a saber que é de tal ordem que chego a duvidar se aquela gente que parece muito cumpridora das leis religiosas não anda por aí a praticar sexo seguro à revelia dos seus confessores. este papa bento número dezasseis cortou a direito. disse o que o coração e a fé mandaram. nada de misturas e toca a viajar a levar a palavra que deus transmitiu há dois mil e doze anos quando ainda o demónio não tinha descoberto a árvore da borracha. confesso que só gostei de dois papas. um deles foi joão XXIII e isto porque ele era parecido na bondade com a minha avó que gostava muito do salazar. o outro é este que se reformou ou anunciou que se ia. e gosto dele porque ele se chama bento tal qual meu bisavô antónio josé bento da ponte que segundo meu irmão carlos era o homem que mais impostos pagava em vila franca do campo no século XIX. ah, e porque dá uns toques em filosofia metafísica e mística... durante todo o dia, perdão, todo o santo dia, os noticiários encheram os ouvidos da malta com a saída de sua alteza santíssima. ele foi os padres, os cónegos, os bispos, os cardeais, os beatos, os teólogos e as pecadoras a não perceberem o que diziam mas difundindo sabedoria alegórica. o melhor foi o padre pinto. todo ele crente do terceiro deus católico que iria certamente conduzir o próximo conclave. refiro o terceiro deus que é o espírito santo. três deuses num só, explicava o padre do liceu que ministrava a cadeira de moral e religião. era giro como ele nos demonstrava a existência de deus ficando zangado quando surgia uma pergunta mais ingénua. fui para a rua uma vez por duvidar do valor das estátuas dos santos. rua! e fui. antes porém, o velho latinista explicou à malta como é que três deuses eram um só. pegou em três fósforos e queimou-os cada um de persi. a cada luzerna dava o nome de um dos deuses. o primeiro fósforo era o pai, o segundo o filho e o terceiro o tal espírito santo. depois juntou-os e como resultado surgiu um deus único formado por três pessoas. ora, senhor padre o senhor juntou o primeiro deus com o segundo e estes com  o terceiro o que faz quatro. isto é, o deus único mais três. burro! tu és burro! para além de professor ele era pároco da minha freguesia a quem me confessava a mando de minha mãe que era muito respeitadora dos deuses e dos santinhos. ainda hoje em dia trago comigo uma pequena relíquia. é só para dar sorte e não vá o diabo tecê-las - o cabrão que queria a minha alma... quando a tinha!  nas confissões vingava-me. dizia-lhe cada uma que às vezes não era mentira. era um louvar o deus quatro com tanto disparate. aprendi com a leitura do padre meslier. perdoa os meus pecados querido senhor padre! é que é pela frente e por detrás. se fosse hoje ia dentro. oh, que saudades tenho do tempo do cardeal cerejeira. aquilo é que era bom. em nome de deus estás perdoado e nada de polícia (na altura a dos bons costumes).  quero terminar desejando que muito rapidamente bento XVI seja substituído para voltarmos a ouvir notícias de passos e de relvas. já sinto saudades e só se passaram 24 horas que desapareceram dos noticiários. quanto aos católicos  quero deixá-los descansados porque sinto que vão voltar a ter fumo branco muito em breve e este indicará um papa italiano. precisamos de um papa que fale a nossa linguagem comportamental latina. estou farto de polacos e de alemães. ah, caramba, esqueço-me sempre que não  sou crente! já sei, é por causa das missas que ouço quando não desligo o rádio cujas hossanas entram nos meus ouvidos através dos auscultadores. desejo a bento XVI uma boa reforma. é um homem de paz. merece o meu respeito por isso mesmo e por ter pedido perdão pelos crimes dos outros.
manuelmelobento

sábado, 9 de fevereiro de 2013

opus dei enraba maçónicos e einstein como próximo primeiro-ministro

um espião anda por aí
um espião desmascarado há pouco foi levado a tribunal por ter metido o nariz na vida do dr. pinto  balsemão. e porquê? porque para além de ser um dos mais poderosos grand seigneur nacional arrasta consigo o facto de ser quase uma instituição. mas isto representará algum perigo para as novas forças políticas que assaltaram o poder? claro. vou explicar e olhem lá, não sou nenhum einstein e posso prová-lo pelos imensos chumbos que muitos dos professores do estado novo me aplicaram quando me apanhavam nos exames da oral. filhos de puta! já vem das beiras da pinta do estado novo a importância do dr. francisco. criou o mais credenciado jornal de sempre. foi um charmoso anticúmplice da política salazarista/marcelista. ele e o beato  de sacristia sá carneiro (depois a malvada natália correia mandou-o desflorar-se para o verdadeiro orgasmo  tornando-o mais homenzinho, safado e domjoanesco)  criaram o cisma que colocou o estado novo de pé atrás com uma ala qualquer. pinto balsemão após o 25 de abril meteu-se a fazer um partido que inicialmente se denominava pela sigla ppd. depois da morte do bígamo (mário soares-socialista dixit) sá carneiro ter morrido ascendeu a primeiro-ministro. um cargo na altura ainda importante mesmo depois de ter passado por são bento o coronel vasco tido por ser ardorosamente marxista louco por muitos e camarada  pelos outros restantes 12 % do eleitorado mão fechada. cavaco silva - um economista amigo do pai do george bush que teve como serviçal na base aérea 4 um tal barroso do mrpp que fez um assalto a móveis da faculdade e ao contrário de mim não foi preso - então primeiro-ministro destruiu o monopólio do esgoto que era e é a rtp atirando para o mercado a abertura de mais dois canais generalistas. aí, entrou o dr francisco balsemão com a posse da sic. bem, com um jornal de renome, uma série de revistas de qualidade e uma estação televisiva era natural que ele se tornasse num dos homens mais poderosos de portugal. balsemão é um homem com estatuto e um homem de classe. não é um servível! qualquer um que se lhe abeire esmiuça. é natural que se tornasse um alvo a abater se não servisse a nova alcateia que se passeia pelos corredores dos dinheiros públicos.  mas há mais! pinto balsemão tem colaboradores de todos os cantos políticos. a ele servem bem pagos comunistas de papel passado. extremistas de direita e de esquerda são por ele também alimentados. ah, até andam anafados mesmo em tempo de crise! o homem criou um verdadeiro império. merece-o a meu ver. eh, alto lá que não vou pedir-lhe ponta de um corno! tá! este blogue é livre e um todo nada libertino. ora basta um estalar de dedos  do doutor e lá vai para o ar as ceroulas de quem foi apanhado a fazer barulho com a boca. note-se que ele não usa essa arma. os servíveis que com ele colaboram encarregam-se disso. lembram-se da história da brincadeira do professor marcelo quando trabalhava para ele? meteu-se com o patrão e não foi para o olho da rua. é o tal charme de quem não precisa de se pôr de bicos de pés para dar os bons dias a casas reais. bem, o porquê deste encómio acerca de um português que é um fundador do psd? é porque ele não alinhando com os sequazes da social-democracia à portuguesa torna-se incómodo e prejudicial aos interesses da corja (camilo). pinto balsemão, ao contrário dos beatos do seu partido, não alinha com a opus dei. por outro lado, não é maçon. não entra naquelas macacadas. não anda de avental nem de terço e cilício a raspar-lhe as nádegas. ele é um terceiro poder que é preciso domesticar. voltemos à maçonaria. de repente, vemos um relvas a movimentar-se numa loja maçónica. como pode? aqui há gato. para mim, a maçonaria abriu as portas aos seus adversários-espiões e está a sofrer pela sua influência e infiltração. se não estou certo do que afirmo, então digam-me qual a razão de certos segredos dos aventalistas terem sido espalhados pelos mídia em tão grande profusão? saltaram de boca em boca os negócios dos prosélitos. claro que nunca se sabe quem espalha o quê em certos momentos específicos. surgiu ultimamente uma escalada de acontecimentos   que estão longe de ser coincidência. onde vai buscar tanta capacidade em se manter no executivo um ministro a quem só falta que duvidemos da sua nacionalidade. nós sabemos dos jornais quem é a maioria dos maçónicos portugueses. sabemos que ela (maçonaria) está entregue a republicanos e a socialistas de raiz e que se há lá social-democratas estes há muitos sugerem suspeição às altas esferas da organização. o inverso, isto é, na opus, a triagem, a filtragem e despistagem é de tal ordem que nem o padre cruz era aceite nela se não apresentasse um curriculum confirmado e carimbado pela "bisbilhotice" opusiana. mas cuidado, a opus têm quem trabalha para ela na alcoviteirice-espiolheira  infiltrando-se em todas as instituições. a maçonaria em portugal é uma anedota. depois de ter como seu grão-vizir, perdão, grão não me lembro, porra. grão vasco? não que desse já eu bebera no tempo em que não tinha sido assaltado. porra, já sei! grão-mestre antónio reis. depois disso é ter dó da maçonaria. espera lá! olhei para o retrato do einstein e fiquei mais esperto. não, não é o e=m.c2. queres ver que é a opus que quer fazer um feitiço ao dr balsemão? este governo trabalha para quem? ele passa a vida a foder-nos descaradamente. para nós não é. eu sinto-o! ele trabalha para terceiros! quem serão? mas que porra! para quê espionar balsemão se ele até é da casa? eu penso que parte da resposta está por entre estas palavras que vos dediquei antes de ir a torres vedras.
manuelmelobento
ps: agora percebi que este texto não está conforme a foto ilustrativa. bem, confesso que foi para mostrar o quanto eu aprendi a embelezar fotos. logo, pu-los a todos os primeiro-ministros eleitos pós 25 com a língua de fora numa homenagem a einstein. eu sei! eu sei! há uma grande diferença nos cérebros. porém, é de línguas de fora que tratei.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

de revolucionários a mamões - e fizeram assentar a república numa grande mama para a chuparem

e o que fizeram à juventude? mandaram-na morrer nas terras do kaiser. e para quê? ah! para se fazeram grandes! e quanto a esta república dos nossos dias? estou a preparar um desenhozito à maneira!

o sustento da terceira república e as partes do zé povinho

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

guerra civil à vista? não! guerra social (talvez...)

guerra civil? não! e porquê? há armas em boas mãos, nas forças armadas e paramilitares; nos montes e vales também existem armas que servem para caçar e para os tais crimes de honra característicos de abocanhaduras de parcelas de terreno ou desvio sexual das fêmeas (facadas no matrimónio); etnias armadas que lá de vez em quando fazem tiroteio nas nossas (ainda) ruas e becos e que são possuidoras ilegalizadas desses objectos  (ainda) de adorno; bairros de blocos (ex-barracas/lata) onde a polícia aperta o cu pois às vezes é recebida com saraivada de balas... de balas? oh senhores, não estamos no tempo do salazar! são balas que matam! não se lembram quando um polícia caíu varado pelas  balas de um habitante do bairro de blocos (em lisboa) onde se acoitam criminosos que não responderam ao censo de 2011 (esta parte é para rir)? se eu tivesse os tomates do "bastonário" (está entre aspas para não confundir com aqueles que por aí pastam) diria que os governos do partido socialista e o dos associados pnb ditos social-democratas+cds (o que tem patrocinadores como o jacinto leite cápelo rego e que gozam com a polícia judiciária e ministério público) não estão interessados em acabar com os crimes que nesses lugares são um facto comprovado porque qualquer estrondo serve para desviar as atenções dos seus crimes político-económicos. ultimamente temos o desmoronamento do sporting que faz comer o tempo dos paspalhões dos portugueses, o que permite que este governo (que até  nem é bem visto pela igreja... para rir) tenha possibilidade de destruir o estado português social, socialista ou lá o que seja (pois, hoje em dia, é difícil defini-lo). vamos à guerra social... é quase impensável que as forças armadas que têm mais generais do que soldados se revoltem. aqui, ficamos fechados para balanço. ainda se houvesse um recrutamento geral... ah, veríamos o passos coelho a correr atrás do veloz relvas com uma baineta enfiado pelo cu adentro (peço desculpa por esta linguagem de labrego. ah, é que eu sou mesmo labrego!). ah, logo atrás do soldado de baioneta no cu do passos veríamos, então, os nossos 190 generais (hoje são só estes. talvez amanhã haja mais. se metêssemos nos submarinos do portas os nossos almirantes aquelas duas unidades da armada afundavam. porra, que exagero meu). em substituição à guerra civil (lá estou eu a imitar a dona maia das bruxarias) eu prevejo a guerra social (invenção minha sem patente). o que é isso de guerra social? bem, quando aqueles filhos de uma grandessíssima puta nos levarem à fome por causa de poderem pagar o roubo do bpn eu creio que se o povo os encontrar os vai falripar ( creio que o verbo não existe. o que existe é falripas) nas ruas e becos estreitinhos. melhor dizendo vai fazer deles morcelas de tal ordem que vai ser difícil distinguir as dos porcos das deles. nem o bondoso, saudoso, milagreiro, timoneiro salazar se atrevia a pôr na rua inquilinos porque sabia que isso poderia levar à revolta popular. quem é que pode contrariar o que eu direi em seguida: diminuir o número de funcionários públicos e permitir a insegurança dos seus postos de trabalho leva a um perigoso estádio de autodestruição. o estado pode implodir pois não há nenhuma instituição que garanta permanência ou segurança na família portuguesa. depois, aquelas bestas não percebem que retirando dinheiro aos pensionistas leva ao seguinte: os hospitais ver-se-ão à beira da falência, a indústria farmaceûtica decai de produtividade, os transportes ficarão sem clientes (os velhos e velhas babados), as casas de abrigo à velharia fecharão mais depressa que uma cuspidela no toutiço do passos, as compras no comércio de alimentos ficarão pelo estritamente estomacal (porra, sem dinheiro o que é que acham aqueles filhos de puta que comerão os desgraçados que ficam sem ele  para poder comer como estavam habituados (habituados a comer, porra), os bombeiros deixarão de contar com os porras dos velhos (eu só tenho 72 anos e se é preciso pagar para morrer eu prefiro esticar o pernil em casa. ah, e sem assistência dos bondosos do inem), os pensionistas que conduziam os seus pópós deixá-los-ão apodrecer e meter gasolina que sobe mais depressa que um chato pentelho acima... bem, isto vai significar que as empresas públicas e privadas que prestam directa ou indirectamente auxílio aos patarocos dos pensionistas vão ter de despedir. é o país desempregado! é a lógica capitalista! é a avalanche e a destruição do que resta. quando o meu país ficar feito na merda eu e um grupo de velhinhos iremos a fugir para o aeroporto. e para quê? ah, meus queridos, os filhos de puta não fugirão a respirar! é nos aeroportos e nas antigas linhas de fronteira com espanha que estarão os velhinhos que ainda conseguirão mover-se que vamos esperar por eles. oh, seus filhos de uma puta! vão-nos matar a todos para pagar os 8.000 milhões que os bandidos dos políticos que se infiltraram na banca roubaram? a sic está a tentar dar a conhecer como foram os golpes e quem são os artistas que os cometeram. não acho bem! isto vai querer significar que a nossa justiça é o que disse o nosso "bastonário", e que a sic vai  substituir os tribunais... o que nós queremos é a reposição do dinheiro que foi roubado para que não o paguemos. para que não fiquemos na miséria para que o portugal comercial e os quadrilheiros fiquem de cara lavada e bem vistos no cenário da união europeia. o quê? tirarem o pão da nossa boca para se pagar o roubo, a chulice e a boa vida dos quadrilheiros? ah, não! nós os velhinhos pensionistas estamos preparados para actuar. um vizinho meu até já escreveu uma musiquinha  para o aeroporto (vai ser o nosso novo hino) para tocar no bandolim que pertenceu ao avô republicano e que esteve em 1936 na espanha antes da picassadela guerniquiana. ah, a letra começa assim: aperta, aperta, aperta... que eles vão pititar... oh, se vão! força, força força nessas mãos... aos tomates meus senis heróis... não, não, estúpidos! esses são os meus. isto quer dizer que não vá o sapateiro além da chinela. pois é, sempre fui fraco a fazer versos. comigo é para a cama sem letras nem contrabaixo. viva a guerra social dos pensionistas e dos seus aliados! viva!
manuelmelobento
ps: escrevo este texto e ao mesmo tempo ouço notícias. será que os filhos de puta não as ouvem nem as vêem nos noticiários? as pessoas já estão a cortar na comida. e para quê? (é para ficarem elegantes, estúpido!)... olha aquele filho de puta refastelado num iate nas terras do cabral... olha aquele filho de puta num hotel de 5 estrelas... olha aquele filho de puta a passear de motorista e carro topo de gama que é nosso... olha a quantidade de polícias a guardar aqueles filhos de puta para que eles não escorreguem na merda que fizeram... olha... olha o quê? só são filhos de puta que gastam o nosso dinheirinho... ah, grandes bananas! quem, eles? não estúpidos, nós todos que pagamos as suas mordomias e as dos seus patrões como tão bem disse o morais do norte!