segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

estamos sem estado? levantemos a espada de afonso. e zás!

o que nos espanta muito é haver ainda parolos que acreditam que esta fação do partido social democrata - aliada ao partido de paulo portas - representa os interesses do estado português. o estado como era compreendido não se confundia com mercados e produtos financeiros. aliás, quando do derrube da ditadura salazarista ninguém se atrevia a pensar entregar a "pátria" aos estrangeiros, salvo o partido comunista e alguns grupos de direita que se aliaram aos estados unidos. socialistas, social-democratas e centristas eram cada vez mais pró-américa sempre que no terreno o pc avançava. a loucura desses tempos "idos" não se enquadrava com a ideia de um país subjugado e espatifado. por todo o lado se cantava a portuguesa. gostávamos de ouvir o hino nacional quando este fechava as emissões televisivas. no tempo da outra senhora ninguém o ouvia até ao fim. não abro exceções. era assim porque a malta confundia o hino com salazar, caetano, os bufos e outros credenciados instalados. quando viajávamos de carro pelo estrangeiro saíamos com a alma aberta para o céu da europa. era só alegria. depois, na volta, termos tido consciência que "essa europa" não passava de uma grande fábrica que nos queria meter lá dentro, só o fato de nos aproximarmos da fronteira era o suficiente para batermos palmas. era portugal que nos esperava com as suas "misérias", o futebol, as vincadas classes sociais, a censura, o amor em portugal diferente de uma queca numa bifa bêbeda, uma noite de copos e fado e o contar dos tostões, os livros do luíz pacheco,a crítica mal dizente de tudo. ah, e fátima terra de fé. fosse mentira ou não a invenção da pastora lúcia, era (é) um modo de juntar gente como nas romarias a delfos ou coisa que o valha. unidade até na religião: 95% de católicos. éramos um todo. acho que posso dizê-lo. mal amanhado, claro. bem, o estado com aquela raça de "patifes" metia medo. depois alongava os tentáculos aos tribunais. e aqui era mesmo a doer. viva a liberdade gritou um jovem. foi o quanto bastou para ser preso por três anos. acreditem. se duvidam, vejam a origem da amnistia internacional. esta prisão está na base da criação desta instituição! que alegria foi mandar para o bueiro esta gente que se tinha apoderado da máquina do estado. e foram! respirámos fundo. mas qual quê, depois de um interregno de 30 e poucos anos, vespas mais sedentas vieram substituir aqueles queridos. tudo bem. a democracia implica alternativas. é uma saída. podíamos escolher para melhorar o que estaria mal. é então que damos por nós metidos numa armadilha da qual não podemos sair. ou votamos nos bons que depois se tornam maus ou votamos nos maus que se tornam bons e que depois se tornam maus. e com esta gingação fomos perdendo a noção de estado como unidade nacional. hoje, os que representam o estado estão à frente de negócios que cheiram a privada. a privada não olha a meios para atingir o máximo de lucro. ela produz regras próprias e se não tiver a mão reguladora para corrigir abusos ninguém a parará. neste momento bastante triste - para não atirar palavrão - quem faz as regras é a privada através dos seus homens de mão. foi-se o espírito de estado! tentaram desviar o estado dos seus compromissos. o tribunal constitucional parou-os. não sabemos por quanto tempo vai aguentar. entretanto a corja aproxima-se do tribunal constitucional fingindo cumprir a lei fundamental. é a cena mais perigosa. o tribunal constitucional é hoje onde se encontra o estado português. como assim? é como a garrafa do aladino. passos vai esfregá-la e quando o génio sair dela vai matá-lo. e antes que ele o faça levantemos bem alto a espada de afonso I. e zás! só assim não resvalaremos para a fossa capitalista selvagem. mmb

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