sábado, 30 de abril de 2011

portugal troikamado pela enésima vez

em 1808, o chefe de estado da altura, sua alteza real dom joão VI, chefe de estado porque sua mãe ficara transbordada do juízo, não pensou duas vezes e pôs-se a milhas por via da vinda dos bandoleiros da europa napoleónica que ameaçavam as vidas e os haveres dos residentes. nem mais, com a fuga da rainha e da corte, portugal e os restantes portugueses ficaram entregues aos pulhas dos franceses, para logo depois da saída destes apanharem pelos cornos com os piratas dos ingleses. ainda hoje se podem ver os estragos que os gauleses fizeram em tudo que tinha valor. roubavam e destruíam. penso que para além de pregarem a igualdade, fraternidade e liberdade era só o que sabiam fazer. ah, para além da guerra, está claro. já os filhos de puta dos bifes - nome pelo qual são conhecidos pelos que assaltam o pudor das inglesas no sul e outras partes com sol - não trabalham directamente sobre os imbecis. eles oferecem condições aos nativos para os porem a trabalhar e a produzir para eles. são dos povos com mais visão no mundo. justiça lhe seja feita. em portugal não é preciso muito para colocar o povo português ao seu serviço. compram a burguesia e esta encarrega-se de servir de capataz. lembro-me vagamente da companhia inglesa dos telefones. os portugueses falavam entre si nas linhas telefónicas dos bifes. foi o bondoso ditador salazar (salazar pela parte da mãe) que acabou com a farra inglesa. porém, diga-se que passámos a pagar mais dois tostões por chamada. os ingleses levavam 50 centavos. o estado novo passou-os para os 70 centavos. era o custo da liberdade (?). eu nasci no estado novo tal qual o dacosta. eh pá, era cá uma sensação de grandeza incomparável. como não nasci no tempo do pombal só posso referir-me com mais aproximação ao salazarismo. o velho e sabido salazar - que não deixava de ser um bom filho de puta que aprendera todo o tipo de maldades no seminário - tinha uma noção de pátria e de grandeza positiva. o mal das pessoas que se dedicam à política caracteriza-se por, uma vez alcançado o poder, nunca mais o largam. é como o vício do jogo. quer seja numa ditadura, quer seja na democracia os políticos que as enfeitam apegam-se ao poder de uma forma esquisita. destroem tudo para se manterem... concluo daqui a pouco...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

recolha do lixo na rtp














de manhã, ainda ensonado, ligo o televisor. porra, estava o neto da isabel II a dar o nó. mudei de estação, outra vez o casório. foda-se, todas as estações a relatar o acontecimento. vamos esclarecer alguns pontos de vista. que as estações privadas passem o tempo todo nas bisbilhotices e vestidos de noiva e que façam propaganda de asquerosos ingleses, tudo bem. elas vivem disso mesmo, pois o público português é o mesmo do tempo da ditadura: atrasadinho e limitado nas exigências do pensamento. uma verdadeira bestaça. agora, que a estação do estado, esteja ela, mas toda ela, isto é, a rtp/notícias e outras adjacentes a fornecer um espectáculo do tipo parque mayer é que é de uma pessoa desesperar. primeiro vou analisar a "questão" politicamente. depois lá iremos, até porque há putaredo metido nesta história. as pessoas da minha idade lembram-se muito bem de quando salazar pediu ajuda diplomática à inglaterra para safar o estado da índia da invasão indiana. nada feito. a velha aliada voltou-nos as costas, não para levar uma à canzana, mas para fingir que nos conhecia. perdemos o estado da índia, e foi o princípio do fim do nosso glorioso império. não vou discutir a legitimidade da nossa posição no oriente. e se o fizesse acharia que tínhamos razão histórica. é ver hoje o que fazem os americanos e seus aliados contra povos que não se podem defender. mas como isto me cheira mal, e quando cheira mal acontece que me lembro sempre do durão barroso - na altura primeiro-ministro - quando apoiou a invasão do iraque pelos ingleses. pobre diabo. então para defender o estado português da índia, os filhos de puta dos ingleses abandonaram-nos diplomaticamente. agora para invadirem uma nação soberana, o nosso portugal, perdão, a trampa que o representava resolve apoiar esta acção criminosa. puta que o pariu a ambos. tudo quanto diga respeito aos ingleses devemos tratar com um certo equilíbrio político. estão lembrados do que estes cães nos fizeram em 1890? foderam-nos o território que por direito de descoberta era nossa pertença. refiro a questão do mapa-cor-de-rosa. leiam um pouco de história para melhor se integrarem. fazer propaganda dos ingleses na nossa máquina informática é um acto de menoridade cívica. é prova cabal de que somos uns verdadeiros imbecis. peço desculpa, mas não estou incluído neste acervo. vou terminar por aqui, senão acabaria por repescar o assassino beresford e o tipo de tratamento com que aqueles filhos de puta nos presentearam ao longo da história. bem, saltemos para a questão doméstica do casamento entre uma kate e o neto da isabel II. desde o casamento da irmã da monarca, uma tal princesa margarida que temos vindo a chupar com uma propaganda intensíssima dos matrimónios reais da velha puta albion. foi da margarida, foi do príncipe carlos, do irmão andré, da filha de isabel, acho que ann de seu nome. margarida fodia muito com um coronel já casado. mais tarde, acabou unindo-se com um fotógrafo de quem se desfez num ápice. carlos de inglaterra, deu por si a ouvir, na bbc e em directo, a mulher (princesa diana), dizer que tinha dormido e fodido com o guarda-costas. morreu num acidente rodoviário juntamente com um outro amante. a mulher do princípe andré deu para - à luz do dia - estar na marmelado com um amigo mediterrânico numa bela praia. não comparando, uma cambada de putas de cujos casamentos tivemos que assistir horas e horas na nossa horrenda estação do estado. os ingleses ficam histéricos quando os seus monarcas se casam. que é que nós temos com isso? neste último caso, o de kate e guilherme... toda a gente à espera do beijo de ambos na varanda régia. eh pá! eles já vivem juntos há anos. já fodem há anos. que raio de encenação para tolos. por falar em tolos. não é que o escritor rodrigues dos santos e um outro locutor tv (por acaso um bom profissional) que apresento neste cronoblogue... espera! espera! a rtp 1 vai repetir o beijo do casal real. ai tão lindo! ela quase que atingiu o orgasmo. o povoléu grita. como estava a dizer o intelectual de vários livros - o pior foi o da filha do capitão - preocupado com o desfecho daquele floreado, vai daí começa a esboçar um relatório oral e a gente a ouvir. queres ver que vai sair dali outro romance. fala baixo! salvo seja! aguardemos.





manuelmelobento

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"analmente" foi pintado no ano de 2009 - era para me lembrar da história do sexo no meu tempo

em todas as vilas e cidades de portugal e ilhas - antigamente adjacentes, agora adjuvantes - havia uma ou mais ruas onde se instalavam as putas para comercializarem os seus corpos. na minha cidade natal, por volta da década de cinquenta, o preço a pagar rondava os 15 escudos. 3 moedas de prata de 5 escudos. havia quem fizesse mais barato, mas ficava longe como o diabo. era preciso ter carro e o preço embora fosse mais em conta não compensava por causa do custo da gasolina (4$50 o litro), apesar de lá trabalhar uma rapariga nova e bonita que dava pelo nome de flor da selva. custava uma queca desprotegida 5 escudos. uma vez fomos lá visitá-la, eu e meu primo. meu primo tinha sempre dinheiro para além de me ter pago a minha vez, repetiu a dose. meu primo tinha sempre tesão. ele foi o meu mestre. certo dia ensinou-me que também se podia comer as criadas. era pecado, mas a gente confessava-se e pronto, ficava tudo como dantes. queridas criadas! novas, bonitas, bem lavadinhas. a uma delas meu primo ofereceu uma escova de dentes e uma pasta que se designava de pasta medicinal couto. era para as beijarmos à actor de cinema. uma pessoa vai-se afeiçoando e depois não quer outra coisa. naquele tempo a malta não sabia o que era a pedofilia nem chamava gay a ninguém. bastava começarem as mamas a quererem dar de si e pronto, lá vai namoro com punheta - hoje chamam-na de sexo manual. não usávamos o sexo oral por desconhecimento. nas classes baixas, está claro. nada era como hoje. as raparigas trazem consigo preservativos nas suas sacolas da escola. e, são as mães delas que os fornecem para elas não fazerem má figura. os professores ajudam. hoje, podem foder como as cabras mas só com malta da sua idade. se um desgraçado for maior de idade e cai nas suas malhas vai logo sendo acusado de violação e de outras formas de letras da lei. foder no antigamente já não se compara com os hábitos da modernidade. quem poderia imaginar que em jornais credíveis se encontrassem crónicas de doutores a escreverem sobre todas as variedades e formas de fazer sexo. a dra. marta quando nos ensina a pedagogia do sexo anal, dá-me cá um tesão de todo o tamanho. a dra. crowford (?) di-lo com um à vontade que eu deixei há muito de pensar em pecado. um dia no confessionário disse ao padre que tinha ido ao cu a uma namorada. porra! lá estive e debulhar três terços e não sei quantas glórias. para quê? a dra. marta veio salvar os velhos do meu tempo que julgavam que iam enfrentar o altíssimo cheios de pecados. ai que bom, o sexo anal. as cabronas não engravidam e não nos sujeitam à chantagem. bem feito! o oral também é bom, como diz a dra. marta. mas este adapta-se mais nas viaturas. a meu ver, claro. o sexo, também traz muitos desenganos. quando o tesão me inquieta - agora é menos frequente - compro o jornal das putas e ponho-me a escolher. telefono para saber onde habita o pedaço e qual o preço. das primeiras vezes fui enganado. a foto do jornal não coincidia com a mercadoria mostrável. a gente vai treinando e depois a coisa compõe-se. deve perguntar-se pelo telefone se a pessoa com quem falamos é a mesma que está na foto e é quem vai fazer sexo. estas coisas são necessárias para termos bom êxito nas tarefas apalavradas. há sítios que são perigosos. mas quem não arrisca não petisca. se uma pessoa tem muito dinheiro, estes problemas não se lhe deparam. até porque, casam, melhor dizendo, compram-na por um período muito prolongado. o que é preciso é dinheiro. muito dinheiro. elas aparecem como as moscas. elas cheiram o dinheiro ao longe. bem, vou terminar. a minha intenção é lançar o meu quadro: "analmente". não fiquem com a impressão de que as putas são as piores pessoas do mundo. não, nada disso! para mim, tudo é política. até a prostituição.

manuelmelobento

terça-feira, 26 de abril de 2011

enganei-me no transporte do texto

clicar em cima do texto para o ler



















em resposta ao meu amigo lucas, tinha escrito um texto intitulado : "o professor maltez e o meu amigo lucas". devo ter teclado erradamente e o texto foi parar a um antigo blogue
















se quiserem espreitar, por favor cliquem em cima do azul








obrigado







manuelmelobento








segunda-feira, 25 de abril de 2011

o 25 de abril na boca do poveco





este velhote - que deve ter a minha idade - quando questionado nos restauradores pela repórter do tvi24 sobre o que tinha mudado depois do 25 de abril respondeu: não se passou nada. comecei a rir e só acabei quando ele se volta para o companheiro de cantares alentejanos e atira-lhe: diz aí qualquer coisa. isso não se faz. voltei a rir. ri-me tanto tanto que me fez lembrar uma vez quando no tempo do salazar a união nacional organizou uma manifestação de apoio ao velho e amável ditador que dizia da irmã lúcia o seguinte: é uma pobre de cristo. isto diz-se, ó salazar? já estou a fugir à questão. aconteceu que um locutor da então emissora nacional deu para entrevistar uma velhota que tinha sido raptada na sua aldeia natal para vir fazer número no terreiro do paço. diga-me, lá você aí? sim senhor! o que veio cá fazer? vim ver um homem muito grande. sabe como ele se chama? baltazar, meu rico senhor. isto não é invenção minha. deu-se naquele tempo.

mmb

domingo, 24 de abril de 2011

e não é que amanhã faz anos quaquer coisa que deu início à destruição de portugal







o 25 de abril foi uma farsa popularesca que atingiu proporções incomensuráveis. vamos com calma e procurar colocar as coisas nos seus devidos lugares. a história das vicissitudes de um povo obedece a vários discursos. não podemos comparar a parte daquela que diz respeito à religião com outro tipo de convulsão social próprio do comportamento humano. repare-se, por exemplo, na páscoa dos judaico-cristãos: choram baba e ranho porque o jota cristo morreu para nos salvar. ora bolas, então ele ressuscita 72 horas depois, para quê chorar a sua morte? mesmo para quem acredita nesta historieta será difícil chorar por um morto que - dando-lhe na cabeça - resolve voltar a viver. estas coisas da religião não podem ser explicadas pela racionalidade do nosso pensamento. parece que a maioria dos humanos está programada biopsicologicamente para acreditar num fazedor humanóide do universo e mais interessante (quase todas as religiões o fazem) ainda é o facto de divinizarem o humano. e não é que acreditam mesmo! bem, este texto não vai por aí. o que eu quero é dar-vos a minha visão da festa que foi o 25 de abril há 37 anos. note-se que não é a mesmo desde o princípio. é que ela foi mudando e adaptando-se às exigências sociais. tal como a religião! vejamos qual era a atmosfera que antecedeu o 25 de abril de 1974. eu vivia em lisboa e andava metido com uma malta que se dizia humanista e outras coisas de esquerda. bem, não comparando, vim mais tarde a verificar serem uns bons filhos de puta. voltemos à atmosfera que é muito melhor. o país estava em guerra e os portugueses (que são todos colonialistas e as excepções podem contar-se com os fósforos de uma caixa monopolista da tabaqueira nacional) não pensavam sequer entregar as colónias, assim como as forças armadas portuguesas. tinha havido um levantamento militar de pouca expressão a 16 de março do mesmo ano. já lá vamos explicá-lo integrado na perspectiva abrilista. com a guerra em três frentes - guiné, angola e moçambique - o estado novo não teve outro remédio senão abrir mão na formação de oficiais que nada tinham a ver com as academias militares. e quando o fez, assinou o seu suicídio. os oficiais do quadro constituiam uma elite salazarista mais ou menos encapotada. estavam identificados com a pátria e a pátria era salazar. salazar era um nacionalista quase puro, diga-se em abono dos idiotas. ora quando os oficiais milicianos começaram a comandar as tropas em combate e se transformaram em oficiais do quadro deu-se o inesperado: os milicianos passavam à frente dos oficiais de carreira como o carlos lopes no mundial pelos outros pedestres. porra! isso não caiu bem entre suas excelências e os seus códigos. o que fizeram? começaram a reunir-se para reporem os tachos que estavam estouvadamente a serem divididos pela cambada que vinha das universidades e que tiravam em dois meses o curso de capitães depois de serem alferes. não precisavam serem tenentes. os desgraçados da academia ficavam a marchar parados nas promoções. que fazer? bem, um tal general spínola resolveu escrever um livro. bom, não foi ele, mas um jornalista, pois o coitado nem um discurso sabia redigir. dizia ele no livro qualquer coisa que ofendeu as velharias do estado novo. marcelo que estava a substituir o defunto salazar, julgando que aquilo era coisa com mofo correu com ele e com um amigo deste, um tal costa gomes. (estes dois comparsas - e que comparsas - vieram a ser presidentes da república. ao que aquilo chegou). já está! pensaram os oficiais da academia: a nossa contestação já tem cabeça! das reuniões saíam umas exigências meias parvas. falando claro, os oficiais da academia eram todos da direita e pouco dados a coisas públicas ( o melo antunes tinha uns laivos de esquerda mas pouco consistentes como mais tarde se veio a confirmar, além disso ele estava a gozar os rendimentos nos açores onde sua mulher possuia elevados bens de família). prender os elementos da pide? coitadinhos! nenhum deles tal propôs. tá quieto ó meu! nem mesmo ao post-comunista amigo/companheiro/camarada vasco isso lhe passara pelo cérebro . o companheiro (enlouqueceu em contacto com banhos de multidão) veio mais tarde a chefiar um executivo tresmalhado. afinal, o que pretendiam os da academia militar? subir na vida e não deixar que os bandalhocos fizessem das forças armadas aquilo que elas vieram a ser: um grupo de bons rapazes do bridge. resolveram sair dos quarteis e medir forças com as forças do regime. forças do regime apanhadas de surpresa, apesar da pide estar a par dos seus movimentos, não reagiram. pronto, agora somos nós que mandamos. isso julgaram os intrépidos da academia militar. os idiotas não contaram com o histerismo popular. o povo português, justiça lhe seja feita, era e é um analfabeto em potência. adere por intuição. e foi o que fez. de um momento para o outro as ruas de lisboa encheram-se de gente. multidões festejaram a prisão caricata do primeiro-ministro marcelo. foi caricata porque o herói que o foi prender ouviu dele que estava desarmado que fosse à procura do general spínola para lhe entregar o poder. ópera bufa! porra. e não é que o capitão da academia lá foi procurar o general escritor para receber o poder das mão de marcelo. imaginem, receber o poder de um homem que estava sobre prisão, caricato, não é? vejam só a noção que aqueles queridos tinham dos negócios de estado. bem os arruaceiros tomaram conta de tudo. um maluco qualquer gritou: vamos caçar os pides! e a malta foi o que fez. ah, e os presos políticos (78 ao todo. muitos comunistas e funcionários do partido comunista, por essa razão não estavam no "programa" do mfa) continuavam... presos. o edifício da pide continuava a funcionar em pleno. de repente a matula resolve cometer uma loucura e vai para a maria cardoso provocar a pide. dois deles abrem fogo e matam 5 infelizes. um deles, ex-seminarista e açoriano. um rapaz muito sossegado que foi levado pela euforia colectiva. e os presos continuavam em caxias... e nenhum herói militar foi capaz de lhes devolver a liberdade. depois das balas assassinas dos dois pides, um marinheiro ajudado pelos populares resolveu as questão. mais tarde foram os populares que obrigaram a libertação dos presos políticos. onde estavam os heróis que derrubaram a ditadura que momentos antes eram os seus mais acérrimos defensores? um deles, o otelo (que hoje já se arrependeu de ter brincado aos revolucionários) dava uma conferência de imprensa que ficou célebre. e porquê? porque ele afirmou que gostaria de ser actor. lá longe o solnado cantava através do telefone para os portugueses: malmequer, malmequer que eu não sei a letra. a verdade é que os governantes fugiram ou foram presos. quem ficou a governar? aqui é que é de gritos. os oficiais da academia. coitadinhos! só sabiam marchar. esquerdo, direito, ope dois e etc. que eu não fiz tropa. isto significava que portugal ficara sem cabeça. mas tempos depois chegaram dois intelectuais da altura. a saber mário soares e álvaro cunhal. cada um trazia uma ideia para portugal. soares queria um país que obedecesse a um regime capitalista burguês, com liberdade de expressão, onde se pudesse discutir portugal, coisa que os salazaristas não permitiam. cunhal - o russo - trazia um esquema para a sovietização do país. enquanto se formavam facções partidárias, os ministérios foram ocupados pelos militares. até eanes que era major foi presidente da rtp. um homem que naquela altura ainda não sabia falar como agora o faz. acho que a glória de matos é que lhe deu umas ensinadelas, para melhorar a dicção. o certo é que os militares estiveram dois anos à frente da nação. foi o suficiente para nos afogarmos. uma onda de politização invadiu tudo e todos. mesmo os analfabetos discutiam política consoante os seus pastores-orientadores-espirituais lhes indicavam os falares. os portugueses que se sovietizaram foram para os campos e aldeias ensinar a ler e a escrever o povo que eles adoravam... podem os mais novos gritar de gozo. mas isto que vos relato foi um facto. estão a ver aldeãos mal nutridos e cheios de sono a aprenderem a escrever e a ler tendo como professores outra caterva de ignorantes, pedagogicamente falando. tenho de acabar esta merda, senão nem mesmo eu a conseguirei ler para corrigir algum disparate. ora, criou-se uma democracia, apesar de certas forças de esquerdas se terem oposto. reinventou-se o voto livre para todos (ah, como me recordo de afonso costa. este proibia o voto aos analfabetos para não perder o lugar do de comer a ele e aos amigos). que lindeza tamanha (do régio) foi ver-se em plenos actos eleitorais gente paralisada e acamada que foi votar por medo. deram um trabalhão aos bombeiros. valeu a pena o 25 de abril? não! teria valido se quem o fez não o tivesse feito olhando para a sua barriga. poder-se-ia ter continuado portugal dirigido diferentemente. o 25 de abril destruiu 500 anos de história africana em dias. fez despovoar dos territórios africanos 600.000 portugueses, que de um dia para o outro se viram na mais triste miséria. o 25 de abril desmoronou portugal. quem disser o contrário não olha para a história, não esteve nos aeroportos portugueses, onde chegavam por dia milhares de refugiados sem malas e apenas vestidos com uma simples camisa. muito pior do que alcácer quibir. em portugal branqueia-se tudo. somos de facto um povo estúpido que acredita em todas as baboseiras que lhe enfiam pela goela. hoje, comemoramos o 25 de abril invadidos pela troika. estamos transformados nos porcos da europa. batemos no fundo. festejar o 25 de abril? só se for com a pobreza que está com o rabinho de fora.


manuelmelobento

segunda-feira, 18 de abril de 2011

solução para portugal: importe-se menos putas e mais políticos

não é nada de mais a frase que encabeça esta cronoglogue. vejamos o que a história nos diz para que aprendamos qualquer coisa. há muitos anos - século XIX - um rei sueco perdeu uns bons terrenos por nabice. terrenos esses que dão hoje pelo nome de finlândia. o rei foi foi deposto e substituído por um tio (carlos XIII). ele e/ou a mulher, por muito que fornicassem, não conseguiam ter filhos. a suécia estava à rasca, pois não tinha quem a governasse em condições. de repente, um maluco de um embaixador sueco começou a boatizar acerca de um tal bernadotte, marechal de frança, propondo que o aceitassem como rei de todos os suecos. e não é que o aleive pegou e o marechal de frança foi perfilhado pelo monarca carlos XIII, tendo subido ao trono como carlos XIV joão, em 1818. ah! ah! ah! daí para cá abriu-se ao mundo uma nova visão sobre o conceito de importação/exportação. ora vendo bem, pode-se dizer assim: a frança exporta e a suécia importa. o quê? reis, ora essa! entonces não foi? quem duvidar procure na história sueca o que aqui vomitei. bem, mas a conversa não é para terminar por aqui. antes de tentarmos importar políticos vamos justificar confirmando outras importações. não fiz uma investigação exaustiva - não me pagam para isso - mas a pouca que consegui realizar deu-me a seguinte pista: portugal importa tudo o que come (bem, não é tudo, anda à volta de 80%). até importa energia, apesar do nosso josé estar a tentar mentalizar os indígenas para alterarem o processo energético. coisa difícil. é como querer que selvagens, habituados a cagarem nos areais, o façam em casas de banho. ora bem, tudo importamos. vejam só, até putas importamos aos magotes. são putas de todo o lado. até oferecemos cotas. as brasileiras arrebataram 50% do mercado. ucranianas, eslovenas, africanas, etc, repartem o que resta. nós somos tão pobres na produção de bens vivos que nem putas exportamos. uma verdadeira miséria. aos consumidores deste mercado só resta adaptarem-se. conheço alguns sortudos que deram de caras com uma nacional. mas é um achado. e políticos? a questão é simples. os que temos são poucos. tão depressa assinam os papeis de posse tão depressa entram no mundo dos negócios. os que restam não têm mãos a medir. precisamos de políticos a sério e a tempo inteiro? com certeza! então, importe-se alguns. era a solução ideal. não? sim! e digo porquê: estamos à espera que aterrem na portela 50 médicos provenientes da américa latina. e porquê? para nos curarem certamente. importamos de tudo. e segundo me consta - mas ainda é segredo - há quem esteja a importar sémen. sémen? sim e isto porque os portugueses ou estão a dormir ou estão nas praias. entonces não é! daí que seja um imperativo nacional encontrarmos no mercado externo quem nos governe. eu sou mesmo estúpido. então não é que eles já cá estão. ora porra. eles são a troika e trazem preservativos.

manuelmelobento

quarta-feira, 13 de abril de 2011

então não era de colocar mota amaral como cabeça de lista por lisboa, seu tonto!

hoje, deu-me um ataque de riso quando na sic qualquer coisa apareceu o fernando nobre a dizer: partidos e mais não sei o quê, nunca! da amalgama de pulhas, mentirosos, corruptos e outras fichas de casino que nos levaram à ruína e nos transfomaram na vergonha da europa e sujeitos a vermos estrangeiros a entrar nos nossos ministérios para verificarem as contas do estado, aquele que na verdade está bem longe desta classificação chama-se joão bosco mota amaral. passos coelho deve ter tomado uma cadela das grandes antes de pôr o actual maior mentiroso do mês como cabeça de lista do psd pela capital. o psd é o maior partido da oposição. podem-me perguntar o que tenho eu com isso? a minha resposta é simples. plagio o luiz pacheco e mando-os para a puta que os pariu. calma que passo a explicar. nós não vivemos numa ditadura onde o estado não é senão um couto de meia dúzia de privilegiados. não meus queridos! este estado "democrático da merda" sustenta-se com os meus descontos e os dos outros trouxas como eu. só que, e é preciso não esquecer, a malta vai percebendo que os políticos são nossos empregados. somos nós que os escolhemos. somos nós que lhes pagamos os vencimentos e as mordomias. é hoje, uma atitude de muitos. até de donas de casa. os políticos deviam ouvir os programas televisivos para ouvirem o que pensa o povo e nele estão incluídas as donas de casa. podemos não ser adeptos deste ou daquele partido, mas todos, digo todos, são nossos empregados. o estado rouba-nos boas maquias para os sustentar. daí que tenhamos o direito de os criticar e dizer frontalmente o que pensamos deles. com a vinda de estrangeiros temos de limpar a casa para parecermos minimamente higiénicos. ora, o que não dirão os fmistas de um partido - que se acha com capacidade para governar - escolher para segunda figura do estado o maior mentiroso do momento. um homem que pode ascender à chefia do estado se der o badagaio ao cavaco. o psd precisa limpar-se aos olhos de todos. grandes "personagens" social-democratas estão a contas com a justiça por terem metido a mão em dinheiros que não lhes pertenciam. outros com responsabilidades políticas fazem negócios escuros: são os político-comerciantes. eu penso que se passos coelho tivessem um mínimo de critério de escolha teria colocado mota amaral por lisboa em vez de o mentiroso do mês. mota amaral já foi segunda figura do estado. já foi presidente de governo. é um dos queridos da igreja. é quase um beato, embora nunca tenha feito milagres. seria, talvez o milagre da sua consagração levar o eleitorado da capital a redimir-se pelas anteriores más escolhas. numa altura em que o povo escolhe os piores nomes que já tinha posto no sótão para classificar os políticos que surgiram depois da ditadura, seria de bom tom ir buscar as boas reservas. não se trata de vinho velho, mas de pessoas válidas e com créditos junto das populações. metia-se pelos olhos adentro escolher mota amaral. este concorre pelos açores. podia muito bem fazê-lo por lisboa. era uma muito boa jogada. uma jogada que trazia um vento antigo, mas mais fresco em idoneidade, mais limpo e puro.

mmb

domingo, 10 de abril de 2011

da nazificação socialista à definição de passos coelho acerca da política

"não fazemos do exercício da política um combate de boxe". disse pedro passos coelho. de acordo com o líder social-democrata! só que, vejamos o seguinte: nesta pincelada que rabisquei para ilustrar o congresso socialista, coloquei sócrates em calções de boxe e a calçar umas sapatilhas de fundista. e porquê? ora bem, imaginemos que passos coelho dizia a sócrates: vamos fazer uma corrida. quem ganhar será o primeiro-ministro. o que faria o engenheiro? dava-lhe um murro. e se passos coelho se voltasse para ele e em vez de o convidar para uma corrida se contraditasse?: vamos a um combate de boxe? que resultaria daqui? sócrates largava a correr e nunca seria alcançado porque apanharia o adversário distraído. já disse e repito que sócrates é um português de outro nível. e que para o combater é preciso encontrar outro português do mesmo calibre. não quero comprar uma bengala para cegos, porra! ouviu? e não é que o raio do homem me vendeu uma bengala caríssima (a mim) que até não sou cego. mas poderei vir a sê-lo. e foi aqui que ele me convenceu. assisti a um congresso que me pareceu um outro lá para os anos trinta do século passado, mas na alemanha. tudo direitinho. os de lá gritavam heil! heil!. os de cá enge! enge! (a língua portuguesa é chata e a palavra sócrates custa a gritar. salazar! salazar! agacha-se mais ao nosso ouvido.) enge deve ler-se engue para soar melhor. hitler tinha uma figura de proa para que o povo zelasse. era o marechal Hindenbourg (?). sócrates, melhor enge, forjou o quase caquético almeida santos. o homem é fraco. por essa razão os holofotes se dirigem somente para enge. sócrates fez um discurso de arromba emoldurado por uma plateia hipnotizada e boa de coros de liturgia pão e circo. muitos dos presentes comem e já agora bebem do erário público, daí o uníssono do amar o líder. não vislumbrei um único paisano. eram todos fundamentalistas do tacho. tacho vivo e ao rubro muito ao contrário dos laranjas da capital. estão desbotados, pudera há tanto tempo fora da malga. a madeira não conta. e que madeira ingrata pela voz do dono que ainda há pouco tempo beijava as mãos de sócrates com lágrimas de régio: olhar ceguinho de choro. se chovesse mais uns minutos seria muito difícil encontrar jardim na ilha. ingrato! o que é quase certo pode-se definir assim: sócrates deu uma lição de unidade ao país. reuniu e uniu os socialistas e fê-los crer que era um césar - não o das ilhas, mas o romano - semideus. a solução do país passa por sócrates? sim, passa por sócrates e pelos seus patrões: a banca. não sou só quem o diz. louçã e jerónimo - que estão em campanha unidos em semiconcordata - confirmam. ora, se eu tivesse um banqueiro que me dissesse através das radiotelevisões que me ia apertar os tomates, naturalmente que eu faria o que ele me obrigasse. o sacana do banqueiro queria que eu fosse pedir dinheiro para o pagar a ele, o agiota. porreiro, pá, (linguagem do 25 de abril que este ano não dá baile) é pedir porra! não custa nada. e foi o que fez sócrates. quem é que neste país vai contra os banqueiros? nem mesmo o pc+v e mais o be. aquilo só são bocas de circo. resumindo, o líder socialista já nem precisa pedir desculpa por vir a governar com o fmi, porque ele já disse que o empurraram para os seus braços. e como ele não vira a cara à luta abraçou-o. quem vai foder quem? aí é que está a dúvida. os fmistas que se ponham a pau e tenham vaselina à mão. ouçam, já cantava o nascimento da plurirracial lusitana. mas nem tudo está perdido para o psd que embora vazio de conduto tem a aprender e muito com a lição de unidade dos socialistas. sem unidade à volta de passos a coisa irá ficar feia. o psd até hoje, na madeira parecia uma tríade. jardim - como homem de estado que é (digo-o sem receio do ridículo) quebrou a tríade e transformou o seu apoio - que deu de caras a passos - numa dicotomia de líderança. isto é, no continente, passos só tem que cortar a cabeça dos que o olham de soslaio e minam a liderança ao ponto de o enfraquecer e estar a discutir a chefia da área da direita com portas, chefe de um partido médio. a campanha vem aí cheia de golpes baixos. os mimos estão no ar. e pelo que está a transpirar cá para fora tudo aponta como vencedor sócrates. não? não tenham os neurónios no seu sítio e vão ver como elas lhes irão morder.

varett

quinta-feira, 7 de abril de 2011

da primeira república à tributa

depois de terem acabado com a monarquia, alguns portugueses - na sua maioria mal formados - implantaram um regime político de nome república-democracia. esta querida forma de governar - que não é má de todo - já vem do tempo dos gregos da clássica (história). podia ver-se que na sua constituição social permitia-se o uso da mão-de-obra escrava. não só havia escravos como também se convenceram que a mulher não tinha alma. só muitos anos depois é perceberam que a mulher não só a possuía como dava à luz crias de quem a paternidade era de todo duvidosa. chamaram a essa embrulhada de república parlamentar. acho que quer dizer coisa pública. não comparando é como uma puta que também é de todos, desde que se lhe pague os favores. a democracia portuguesa da primeira república implodiu devido à grande corrupção e filha-da-putice dos que se apoderaram do poder. e lá se foi para a puta que a pariu a 1ª república. em seguida veio uma ditadura longa que teve como patrão um homem muito sério e muito rural que se amantizou com a igreja de roma através de uma concordata que era uma espécie de regra de higiene corporal. se o infeliz do português se casava com esta ou com aquela, nunca mais podia acasalar com outra. por essa razão um milhão de nacionais viviam amantizados. os filhos dessas uniões eram tido como bastardos e não possuiam direitos sociais. quando esta doce ditadura acabou por causa de uma cadeira que se partiu, chegou outra vez a democracia. esta foi vivendo normalmente até que certo dia deu para se sentir mal. estava grávida era o que era. quem a fodera não queria perfilhar a cria. não era nada com ele. ele eram os banqueiros. de repente o povo acordou, veio para a rua e começou a fazer uma revolução. morrreram muitos portugueses. de entre eles contaram-se centenas de filhos de puta. porém, tal como nas sagradas escrituras a mãe de um rapazinho que viria mais tarde a ser deus, prevendo que os maus da fita lhe iam capar o crianço, deu à sola e foi-se para a espanha. a pincelada que ilustra este texto "a tributa" isto é a mulher com o filho no colo a pedir esmola na europa". esta cena serviu para os verdadeiros historiadores denominarem o período que começou precisamente com a tributa - nua como o deus dos nossos avós nos criou para que tivéssemos muita excitação - a entregar-se à vida para sustentar a cria e a ela mesma. quem sou eu para julgar a tributa. para não morrer de fome ela vende-se pelo pão. mas tenham calma. quando a tributa tiver ganho muita massa com o aluguer da cloaca haveremos de vê-la outra vez na moda lisboa acompanhada pelos chulos de serviço à democarcia que muito naturalmente haverão de aparecer. ps: era escusado tentar comentar o nosso estado. saltaram para o palco milhares de cometadores. já tudo disseram. a mim só me cabe titular o momento histórico por que passamos: "a tributa. metade fome, metade puta" mmb

terça-feira, 5 de abril de 2011

respostas de varett às questões nacionais





só em pinturas!

"casa de putas" - quadro três

"espera de transporte em tempo de greve" - quadro dois

"político em férias num paraíso fiscal" - quadro um


sábado, 2 de abril de 2011

apalpão

pediu-se ao varett que descrevesse o estado de portugal, politicamente falando, está claro. dentro em breve receberemos o texto requisitado. entretanto ele mandou-nos à experiência uma pincelada na qual ele procura focalizar a altura em que uma turista é apalpada. entretenham-se a descobri-la. não damos prémios, mas não tiramos nada a ninguém. por enquanto, obviamente. a fome é má conselheira, já me dizia um companheiro de reclusão. haverá alguma analogia entre esta pincelada e a realidade política abrangente? a ver vamos.