quinta-feira, 31 de março de 2011

depois do general sem medo o general das missas januário

como não cumpri o serviço militar por sofrer de uma hipertrofia ventricular, espero que me desculpem algum erro de caserna. este antigo pároco de aldeia - que se vê na foto em cima - que foi subindo na hierarquia militar até chegar a major general concedeu, hoje, uma entrevista ou na sic ou na tvi (ouvi mas não liguei ao canal) onde disse uma coisa que reputo importante: com a crise vem os cortes nos vencimentos. quem ganha muito não vai sentir necessidades e vai continuar a comer e a beber à tripa forra. confesso que as últimas palavras não entendi muito bem. mas não creio que o general-bispo tivesse proferido a palavra porra. raramente quando ouço algum empregado superior da igreja de roma dá-me vontade de rir. e quando os vejo com umas vestes esquisitas a bailar com o turíbulo cheio de fumo julgo estar perante uma cena produzida pelo vasco morgado no monumental. mas não aconteceu nada disso. o homem bispo ou militar, ou as duas coisas juntas agradou-me porque disse uma coisa contra uma cambada de filhos de puta que quer faça chuva ou faça sol vivem sempre numa boa. isto quer dizer o que todo o bicho careta da oposição e a maioria dos comentadores dizem: estamos na bancarrota. depois, que é preciso fazer sacríficios porque a coisa está muito feia. oh meus grandes filhos de puta, o que vocês estão a querer dizer é que os que pouco ou nada têm é que vão chorar de fome e berrar de frio quando este vier. a mais ninguém afecta. é verdade que os pobres nacionais são os mais estúpidos da europa e que julgam que os ricos vão passar necessidades. quem os ajudou a serem broncos e a acreditarem em peças aristofânicas e mitológicas foi o patrão do senhor bispo-general. bem haja, pois, ao senhor padre januário por ter dito aquelas palavras que condenam os que ficam insensíveis à miséria dos outros. olhe, vou esquecer que o reverendo é um colaborador do regime para daqui lhe enviar uma saudação. viva bem e continue a fazer de bom pastor. manuelmelobento

quarta-feira, 30 de março de 2011

viva o almirante américo de deus rodrigues thomaz, antigo chefe de estado, dito fascista por alguns, mas de brandos costumes por outros



eu já vou escrever sobre o ministro da justiça e de sua mulher. isso, isso, e não é que hoje num concurso que tem o gorducho do malato como apresentador (rtp-lixo I) questionava-se o concorrente acerca do assassinato de um ex-presidente da república. dava-se-lhe o nome de quatro para escolher aquele que teria sido morto com um tiro nos cornos. o concorrente apostou no almirante américo tomaz. por causa disso resolvi escrever esta croblogue. por acaso o almirante não foi assassinado, mas não deixa de ser o culpado de termos um ministro da justiça do tipo alberto martins. eu explico para quem não saiba. isto é um país em que um paisano com idade para ter sido apanhado pelo 25 de abril na rua julgou que tivessem matado o seu presidente da república. no caso o almirante. certo dia este foi a coimbra em visita oficial. discursava este e aquele - todos da mesma cor política do estado novo. de repente, um rapaz magricela e de origens rurais, vestido de capa e batina, pediu a palavra para a mesma botar no ar. não lha deram. não se perderia grande coisa, até porque ainda não havia o grupo activo de os verdes nem o salazar mandara plantar eucaliptos que justificassem o aparecimento daqueles ecossistamenhos (a palavra não deve existir. é fruto do acordo). ora naquele tempo do fascismo caseiro e de metáforas religiosas, havia poucos oposicionistas. e aqueles que o eram, eram de facto uma treta. havia excepções, mas poucas e estavam todas no estrangeiro fugidas. da treta era o grupo do martins da república blicas de baixo (informação a confirmar). ora só pelo facto de ter pedido a palavra num acto solene, o homem foi tornado um perigo para a segurança do estado novo. vejam só o que eram os fascistas portugueses de então. grandes bestas de ignorâncias tamanhas! os anos foram passando e aquele "revolucionário" foi-se colando à força partidária que estava mais a jeito. de passo miúdo em passo miúdo ei-lo ministro. e da justiça! nada a apontar. martins tanto pode ser um democrata-cristão, como um social-democrata. por acaso é socialista. impoluto cidadão. não estou a brincar, não vão pensar que parodio. a sua voz fez-se ouvir no parlamento português em defesa dos ideais populares. não era grande coisa, mas aceitável. também, para ser ministro de sócrates não é preciso muito. ele pensa por todos e sobretudo pelos mais fracos, como por exemplo o amado das necessidades. tudo corria bem. parece um romance. quem sabe se um dia possa escrever. então, menino! isso faz-se, como dizia a criada da minha avó quando a apalpava. (naquele tempo era assim. hoje, só pagando). então, menino! não é que a mulher do ministro recebeu 72.000 euros de uns extras fora o ordenado. eh pá, se a lei a protege, tudo bem. ela tem direito a recebê-las. ponto final parágrafo. se está tudo bem, qual a razão desta croblogue? aqui, porra! aqui começo a exaltar-me e não é nada comigo. e tal como o magricela pediu a palavra eu peço licença para gritar. 72.000 euros representam vinte anos de trabalho de um funcionário público de menor escalão. a senhora do ministro é funcionária pública! meu deus do céu estrelado. eu não sabia que havia colegas do estado que mamavam daquela maneira. espera! espera! recebi agora uma mensagem a dar conta de que um grupo de gestores de empresas públicas gastavam milhares de euros do estado a comer, a beber e a dar gorgetas. tudo pago com cartão de crédito. bem, continuando. a mulher do ministro obteve autorização de um secretário de estado (despacho) para receber as ajudas a que tinha direito. tudo legal. acontece que depois do assunto ter vindo a público, o dr. martins manda revogar o despacho. e porra, lá fodeu as ajudas à mulher. e tudo porquê? isso gostava eu de saber. pelo escândalo do elevado preço de um trabalho como funcionário público? estou do lado da senhora martins. agora eu queria era saber o que se passa no ministério da justiça - parece que estão a brincar ao parque mayer - e o que se passa nos outros ministérios e respectivos departamentos. eh pá, este país está a saque. eu sempre disse - e a frase é de minha invenção - que a democracia é o único regime político que torna os ricos mais ricos e poderosos e isso é confirmado pelos pobres quando votam. pobres de merda, acrescento ao meu antigo pensamento. não preciso dizer mais nada. estes exemplos são a caricatura de um estado criado pelos queridos do 25 de abril. ainda bem que acabaram as comemorações da data que destruiu um dos melhores países do mundo. vou acabar com uma conversa que assisti como testemunha no tempo do saudoso e muito honesto américo tomaz. estava o almirante sentado à mesa de um restaurante do mercado popular em belém quando o ouvi gritar para o director do turismo da costa do sol. dizia mais ou menos isto: como é que você foi permitir que se pagasse uma conta de 400 contos por uma coisa que não vale mais do que 80. tratava-se de uma questão de electricidade... eh pá, o que quereria dizer o actual ministro da justiça quando na presença do almirante pediu a palavra, na década de sessenta? eu sei, mas não digo. senão tinha de o mandar para aquela parte onde os chatos se coçam.

manuelmelobento

terça-feira, 29 de março de 2011

consultem o povo - façam um referendo



este não é um gabinete de crise nem tão pouco uma saleta onde as velhas recordam os maus passos da juventude. este quarto tem alguns neurónios espalhados pelo chão e foi com eles e não com os que utilizo para pedir um uísque nos cabaretes que me lembrei de alertar quem de direito para o seguinte: (vou repetir o que na minha televisão privada disse) façam um referendo e perguntem ao povo - que é quem mais interessa , mas não ordena, obviamente - se ele quer brincar às eleições novamente. naturalmente que não. poupavam-se muitos milhões ao pobre povo português com estas festarolas pois é ele quem sofre na pele os desvarios dos que - por sua culpa - escolheu para gerir os negócios do estado. mais, só o povo pode responder a esta questão. elaborem um referendo encurtado - votem na assembleia da república um referendo adapatado às circunstâncias. sejam práticos! não direi palavrões neste croblogue. mas na próxima vão ver - ler. este croblogue surgiu porque o presidente da república não se dignou responder a um jornalista que questionava a situação do nosso crédito internacional. parece que depois de eleitos, alguns indivíduos, começam a ter asco pelos que a quem antes dirigiam só sorrisos e beijinhos nas suas criancinhas.


ps: croblogue quer dizer crónica em blogue.


manuelmelobento


senoriao@yahoo.com


segunda-feira, 28 de março de 2011

a entrevista da condessa van zeller e como matar sócrates à boa maneira americana


tinha passado apenas um ano de governo quando a jornalista maria joão avillez entrevistou o primeiro-ministro de portugal. olha, pareceu-me uma coisa gira. uma mulher muito rigorosa e muito bem apetrechada naquilo que dizia questionando. sócrates respondia como se fosse uma espécie de obama branco misturado com clinton preto numa de o estado da nação. cuidado com a ideia de racismo nas minhas palavras. já declarei que não sou racista e puta que pariu a quem assim pensar. bem, estes dois homens revelaram uma grande capacidade de oratória no quadro de uma nação imperialista que invade qualquer país à cata de inimigos da cedência de petróleo. apresentam um discurso fabuloso pincelado de democrata que nos enraba se não estivermos prevenidos. bem, voltando à condessa que é jornalista e que tem em mim um apreciador na forma como faz jornalismo. maria joão espremeu sócrates. parecia que estava a examiná-lo. compará-la ao sacana do borges de macedo a esticar os estudantes no tempo do ilustrado fascismo cambado do estado novo era favor. sócrates revelou-se-me naquela altura um político de excepção. quem quiser saber e tiver interesse no que disse dele acerca daquela entrevista que procure nos meus blogues. vou saltando de blogue em blogue porque gosto de ser lido, mas não por toda a gente. podem-me chamar elitista que eu aceito porque o sou. ora, isso isso - era uma frase de um companheiro de cela na esperança de sair da prisão em breve - a questão (desde que saiu o acordo ortográfico que escrevo desta maneira onde a lógica do discurso é a la heisenberg) é a seguinte. ao longo da carreira do primeiro-ministro, que tenho seguido com atenção regular verifiquei - em comparação com os primeiros-ministros que já tivemos - que se trata de o mais inteligente e capaz de todos. chego a ter medo dele. os inconscientes não se apercebem! o homem sabe do que fala e discursa com elementos. muito deles não são perceptíveis aos acanhados. explico. ele quer à força fazer de portugal um país europeu. não pode ser meu chapa com esta gente... para isso ele quer colocar a europa comunitária cá dentro em vez de levar o país a ela. vejamos: todo o conhecimento que ele tem dos dossiers fazem dele o maior conhecedor dos problemas do país. desde salazar que lia os seus discursos tipo homília até ao troca-tintas do barroso - uma espécie de mr. collins de jane austin - nenhum outro (com excepção de santana lopes dominava e bem as questões de estado). o homem sabe que o desafio de portugal no futuro passa pela inovação e visão alargada. meteu-se a transformar carroceiros em manipuladores de computadores. porra, o que ele foi fazer! ele quis tirar o sacho e a foice ao zé das couves e preparar-lhe para sair do pitecantropismo caseiro que nos classifica por esse planeta fora. o que ele foi fazer! quis levar a efeito o tgv para que a europa entrasse cá dentro. fizeram-lhe a vida negra. quis alterar o sistema energético. ele até anda de carro elétrico. consideram-no lunático. quando quis preparar o quase atrofiado aeroporto de lisboa para agarrar a europa e o mundo, atacaram-no sem dó nem piedade. quis reformar o ensino dando-lhe uma feição mais competitiva e moderna e só encontrou adversários do tempo em que nossa senhora apareceu aos pastorinhos. quiseram ridicularizá-lo e ele é mais credível no estrangeiro que durão barroso - o collins. consegue ter boas relações com frau merkel ao mesmo tempo que vende ao presidente da venezuela milhares de computadores. a venezuela é o quarto produtor de petróleo mundial e a senhora merkel é a tia solteira e rica que todos nós desejamos para sacar algum. para além de inteligente - perigosamente inteligente - sócrates hipnotiza também. ontem foi reeleito por 93% dos votos para continuar a dirigir o ps. inventaram o dia das contas em são bento e foram mensalmente enrabados. o que ainda está quase virgem das invectivas do primeiro-ministro na assembleia da república é paulo portas. tem-se aguentado porque - como já disse há tempos - prepara-se e esforça-se por vir a ser primeiro-ministro. isso obriga-o a trabalhar muito e ao mesmo tempo a preparar-se. o que tem feito, diga-se. vou tentar acabar para chegar ao modelo que devemos usar para matar sócrates. o nosso ainda chefe do executivo demissionário informou a malta de que não tinha condições para continuar a governar. o psd que está quase falido - anda arredado dos dinheiros públicos há muitos anos - exortou pela possibilidade de vir a sentar-se na mesa do orçamento tal qual os socialistas anafados o fazem agora. a fome cegou os social-democratas. escolheram um empresário (passos coelho é-o) para melhor se organizarem tendo em conta as suas contas e não as contas do país. ao derrubar o pec (receitas de emagrecimento) o psd entalou-nos na medida em que fez com que o tempo voltasse para trás. uma espécie de concordata que transformou o povo português naquilo que era no tempo da romanização. bom, vamos então tentar matar sócrates. façamos um pedido à universidade do minho para que nos crie um virus mortífero. tudo em segredo, claro. coloquemo-no numa taça escrevamos no exterior a palavra sicuta. compremos na "buchholz" um exemplar de a apologia de sócrates de um grego que tinha as costas largas e mandemos a lady gaga entregá-los e esperemos pelo resultado. este pode ser tripartido. sócrates percebe a mensagem e suicida-se bebendo o virus pela taça. segundo, coloca o virus num harém e devolve-o multiplicado aos portugueses via rtp/lodaçal e foda-se lá vamos nós em vez dele. e a terceira hipótese manda a lady para o chuveiro enquanto coloca a taça no congelador. eu, pessoalmente, não acredito que sócrates se suicide. ele disse claro e sem estar bebido: sou um lutador. vou fodê-los! (aos social-democratas, claro). fazer uma cultura para aumentar a quantidade de virus não é do feitio dele. isso é maneira de actuar dos americanos. ele vai é congelar o virus da falsa sicuta e depois vai ter com a lady ao chuveiro. e depois de ela cantar descascada e molhada o nosso primeiro-ministro abre uma verdadeira de champanhe que tinha guardada para celebrar a sua terceira vitória como líder do ps e a terceira realizada na lady.

notar bem: não costumo pedir desculpa pelos palavrões de classe média baixa que às vezes utilizo. mas tratando-se da condessa van zeller, tenho de o fazer. é mais chique e eu tenho seguido com zelo o que a nossa educadora social nacional (de bobone) ensina.

mmb

quinta-feira, 24 de março de 2011

ia em peregrinação a fátima pela soraia chaves e por outras coisas menos boas




vamos supor que o ps é a turba de dom afonso henriques e o psd a de afonso VII de castela e de leão se não estou omisso. o que é que eles queriam naquele tempo? como eu não acredito em comentadores e/ou historiadores passo a inventar com os dados que me foram transmitidos pelos que só vêem por um olho. isto é, o outro vai atrás dele e só vê o que ele vê. mais ou menos como eu. ora bem. eu diria que aqueles primos filhos de irmãos o que queriam era mamar. desmontando: queriam terras e uma espécie de escravos que as cultivassem para ficarem com a riqueza que daí adviesse. e tudo para quê? para viverem como nababos e casarem em compromissos até que a morte os separasse. contudo nos omissos lá iam saltando para a espinha desta e daquela. naquele tempo não eram chamadas de putas mas sim de favoritas. aqueles primos quando não estavam de acordo em vez de trocarem propostas apaziguadoras ponham-se a espadeirar no cu um do outro. o afonso, filho da dona teresa, até caíu do cavalo por causa de uma sacanice traiçoeira e partiu uma perna. isto fez com que a zanga ficasse omissa durante um certo tempo. contudo afonso - o nosso - tinha amigos em muitas tabernas. um deles pôs-se a roubar cidades e vilas para depois as entregar. afonso - que depois se fez rei não abençoado pelo solicitador de cristo na terra nos primeiros tempos - que era o xerife da região perdoou-lhe os assassinatos e estrupos e transformou-o em herói. digamos um cognata de o sem pavor. omisso para cá, omisso para lá e foi-se desgastando o tempo. como não estava lá não posso contar o resto da história. agora vou inventar. claro que sempre fica algo omisso. mas é o que se pôde arranjar: amanhã pelas 17 horas vai aparecer à venda um bicho chamado "ipode". custa dois ordenados mínimos e as vendas do estoque que cabia a portugal já está assegurado. mas antes de chegar às dezassete horas vou dar uma corrida pelos centros comerciais de grande superfície. o que verei - digo-o no futuro porque ontem foi mais ou menos assim: centenas de tesos" a gastarem dinheiro em roupas, sapatos. desço um tudo nada e as lojas de máquinas fotográficas e outras belezuras informáticas cheias de curiosos compradores. neste momento um velho com a minha idade lê o jornal. olha dizem aqui que os estudantes portugueses vão para as aulas com viatura própria enquanto os dos países mais ricos vão de autocarro. pobres! eu quero ver pobres! oh, que saudade do estado novo. ena pá!, eram pobres a dar com pau. e tão contentes que eles eram. nasceste pobre? não te importes pois ganharás o reino dos céus. o que aqueles filhos de puta metiam na cabeça dos portugas que não tinham para onde se virar a não ser para os colaboradores da ditadura da parte das rezas e das missas. se alguém me ler deve estar a julgar que eu sou um perfeito asno e que escrevo sem tarelo. nada mais certo. gripei. e tudo porquê? porque me pus a seguir a política portuguesa desde dom afonso I. fiquei tolinho. o psd para além de não ter propostas alternativas pelas quais julgávamos ir apresentar quando correu (?) com sócrates, agora vem dizer à malta pateta que é preciso aumentar impostos. sócrates prometeu 150.000 empregos e não cumpriu. eu acho que cumpriu. e como? fazendo com que a malta emigrasse tal qual como no tempo do bondoso ditador salazar. só que naquele tempo os portugueses enchiam os cofres públicos com divisas. os que emigram agora mandam-nos foder. estão escaldados. eu não acredito em deus nem baboseias paralelas. mas dei por mim ajoelhado e de mãos postas a pedir a javé - que foi o deus que me coube na meninice - que me permitisse levantar o tampo do meu televisor e com o braço bem estendido agarrasse os figurões que lá aparecem. e depois com estas mãos que javé me forneceu os esbofeteasse ou na pior das hipósetes e sem estragar a aparelhagem lhes atirasse os restos de sopa que sempre tenho no frigorífico. ai, meu querido javé, jeová, senhor dos céus faz-me este favor que garanto rezas e orações durante uma semana mais dois dias. ah, já agora, e se te fosse possível gostaria que me fizesses o milagre de nos intervalos das bofetadas me deixasses agarrar e puxar a soraia chaves (quando ela aparecer), nem que para isso tenha de ir em peregrinação a fátima terra de fé. eu preciso tanto meu querido deus benmérito. beijando as vossas barbas velho e digno deus dos pobres e dos espíritos.

ps. acho que não tenho lata para reler este texto e corrigi-lo. dá-me vontade de rir só de o pensar. não queridos leitores, eu não estou ainda com alzheimer, o que eu tenho é tesão (platónico, claro está!)

manuelmelobento

quarta-feira, 23 de março de 2011

sócrates, o orgulhoso




porra, não acertei uma para a caixa. a política é a maneirice do que é o inimaginável. agora, colando-me ao que ouvi esta tarde fiquei com a sensação que a malta em são bento estava a jogar ao poker. não estava em causa o estado, a nação, enfim aquilo que fez de nós um povo com 900 anos. "o primeiro-ministro enganou-se e nunca se retractou. não está certo" "é orgulhoso" e mais meia dúzia de bocas deste teor. mas, afinal, os deputados não foram capazes de colocar o país acima das suas aberrações? e, agora? não vou fazer futurologia, mas estão criadas as condições para que - uma vez falhando outra vez na solução dos nossos graves problemas - o povo se revolte. não o povo delicado e amestrado pelo carvalho da silva, mas o povo sem dinheiro nem beira. estou sempre a ver o exemplo da primeira república. depois do reboliço vieram as mortes na rua. não esquecer que, depois do golpe dos militares do 25 de abril de 1974, estivemos à beira de uma guerra civil. apesar de tudo morreram sete pessoas antes que eanes sufocasse a revolta dos extremistas de esquerda que estavam prontos para fazer sangue. a malta com o ps estava habituada a receber o seu a tempo e a horas. depois desta bronca, será que vai continuar assim? a malta sem o seu como vai reagir? irão chover pedradas do céu quando estes bananas perceberem que não podem distribuir o que não têm pelos pobrezinhos que votam e não trabalham e muito menos pedir a quem está desconfiado que estamos na bancarrota.e pedir para dar esmolas. não havia, de momento, uma única proposta para sairmos da crise. os deputados de são bento criaram uma péssima situação e serão eles quem nos irá tirar dela sob pena de serem corridos. conheço muita gente que não tem para comer, mas quando lhe calha algum, vão logo comprar roupa de marca. essa trampa de gente conseguiu ter representantes. imaginem onde? em são bento, pois claro! vamos, pois, estar atentos às propostas que todos - aquela cambada - vai apresentar. e logo agora que estava a dar-me bem em lisboa. veio a porra do 25 de abril e lá tive que voltar para a ilha. passados quase 40 anos voltei. estava no bem bom. parece que vai haver um 28 de maio em breve. e lisboa irá sucumbir. naquele tempo invadi-la de braga para baixo foi a solução. e agora? será de muito mais perto, talvez de alcochete...

nb: o francisco josé viegas descobriu que na net estão todos os idiotas. isto porque ele já lá não escreve? era um gajo porreiro quando era muito mais magro e tinha chegado de fora da cidade. é o que se pode arranjar.

manuelmelobento

nb2: aqui somos livres de escrever e pensar,

nb3: esta minha foto já transmite o modo como irei para a rua. penso eu.

terça-feira, 22 de março de 2011

o berro socialista




antónio costa disse do ministro das finanças o que não disse dona leonor teles do mestre d´avis. foi bem dito, mas politicamente desasjustado entre dogmas partidários. o ministro pôs a pata na bosta ao dizer que uma das medidas necessárias para não começarmos a fugir dos homens do fraque (no nosso caso é a mulher do fraque) era congelar as pensões das centenas de milhar de pobrezinhos. estes pobrezinhos na sua maioria nunca descontaram para a segurança social. são um apêndice às democracias modernas. as aldeias e as vilas estão cheias destes pensionistas que por acaso ainda guardam dinheiro debaixo dos colchões. estes pobrezinhos que me fazem lembrar os pobrezinhos dos açores que dão pelo nome de corvinos, (vivem como nababos com os dinheiros do estado, nada produzem e utilizam a viatura para se deslocarem da sala de jantar para o bidé, sempre "trabalharam" para comer no que era seu e pouco ou nada contribuiram para a riqueza nacional). bem, como têm direitos adquiridos, passemos adiante para não estarmos a falar da parte grande dos nossos impostos que servem para o seu apoio na saúde e etc. todos têm direitos. só os que criaram riqueza e que produziram é que têm de pagar as crises. os milhões de euros gastos a manter uma cambada que nada faz - a não ser procriar - são retirados a quem deu o litro. à porta do apartamento onde vivo estavam a consertar o pavimento. aproximei-me. tratava-se de malta africana. aproximei-me ainda mais. eram de facto africanos mas nada tinham de portugueses. eram estrangeiros. milhões de portugueses que nada fazem contribuiram para este descalabro porque vivem à custa dos que trabalharam e pior que tudo julgam-se com direitos. os portugueses só gostam de trabalhar em secretárias e bons sofás. não está no seu plano de vida o trabalho manual. têm vergonha. daí que pelo facto de terem um curso literário ou outra literatice julgam que são licenciados no desemprego. a malta tem é vergonha de trabalhar no duro. só o faz no estrangeiro porque ninguém a vê limpar as retretes dos americanos, ingleses, franceses, alemães. já me perdi. ora o ministro das finanças é um bronco politicamente falando. o que fez de mal feito? disse a verdade sobre a situação. antónio costa - um político com ambições, que o mesmo é dizer às vezes é preciso mentir - percebeu que a boca de teixeira dos santos iria desviar milhões de votos dos que vivem à custa do estado e como já disse nada contribuiram para a segurança social. é que esses amigos do estado social têm direito a voto, o que é uma grande porra. sócrates só levou de costa? não. nada disso. o ministro dos negócios estrangeiros - mais conhecido pelo rapaz de porto de mós - desonrou o próprio chefe. o pior de tudo é que o imbecil não percebe que representa portugal no planeta. para além desta desgraça das necessidades um outro socialista que também está todo esticadinho e que dá pelo nome de manuel carrilho disse das boas à governação socrática. parecia o polícia veneno que tomava conta de vila franca do campo no tempo do saudoso ditador. era só veneno que saía daquela ponta da língua. ora bem e para acabar esta verborreia, o que me parece é que todos os partidos foram ao ar por causa da escorregadela do ministro santos - o guedelha branca. não aumentar os pobrezinhos? isso nunca! ai os pobrezinhos, meus queridos. meteu dó ver o auxiliar de paulo portas todo angustiado a não permitir tal malvadez. nunca! os pobrezinhos, sempre! esta gente não está boa da cabeça. não têm dinheiro senão para um rolo de papel por mês para limparem o cu e querem dar o que não é deles. e vão a eleições por causa dos pobrezinhos. que políticos tão bonzinhos!

ps: depois do acordo ortográfico ter sido aprovado por um período de dez anos, eu resolvi escrever observando o meu próprio acordo. assim mesmo. ponto aqui, vírgula acolá. tudo vai lá ter.

mmb

quarta-feira, 16 de março de 2011

A GRANDE REVIRAVOLTA POLÍTICA COM CAVACO A DIRIGIR




tudo estava organizado ao pormenor da parte da estratégia do líder do ps. só que sócrates esqueceu-se de uma possível jogada dos adversários que pode deitar tudo a perder. sócrates procura levar o psd à parede caso este não aprove as medidas apresentadas a frau merkel no próximo debate parlamentar. o eleitorado nunca iria perdoar aos social-democratas o aumentar ainda mais a crise. acontece que sócrates não previu o seguinte cenário: cavaco recebe os líderes dos dois principais partidos e logo em seguida dissolve o parlamento. isto é, não deixa que o pec IV vá à discussão sequer. assim liberta o psd - seu partido - da figura do mau da fita. faz o que o irmão do professor daniel sampaio fez a santana e a portas que por sinal eram maioria parlamentar. cavaco, comparando com aquele, tem muito mais moral, uma vez que o ps é minoritário em são bento e só tem feito asneira sobre asneira, na perspectiva da direita, claro. com este comportamento ficaria o psd liberto para ir a eleições com a auréola de salvador. fará isso cavaco? eu penso que sim. tanto que aposto a minha roupa de inverno em como cavaco vai ser o homem de quem se falará nos próximos dias. mais, um líder fraco como passos sairá reforçadíssimo. e, pronto. estamos como estávamos. e, não é tão bom?

manuelmelobento

SÓCRATES ENTALOU O PSD




não posso deixar de não estar admirado com a situação do clima em portugal. a temperatura ainda não chegou aos 22 graus para poder ir a banhos. bem, logo a seguir, e porque estou sem sono, vou entreter-me com o que se passa com a política. isto é, desde a primeira vez que o psd recuou que o ps de sócrates não o deixa sair das cordas. uma espécie de chantagem interminável. e para o psd sobreviver - pensaram os seus maiores - deveria esperar melhores oportunidades para afastar o ps. erro fatal para passos coelho. depois de ontem, sócrates entalou o psd. como o fez? dizem os comentadores que sócrates dissera ou ele ou o fmi. nada disso: o que ele disse foi, comigo está tudo controlado. os portugueses terão ao fim do mês os seus vencimentos garantidos, as suas reformas e pensões asseguradas embora com uns pequenos cortes. quanto à saúde e educação, não somos ricos temos de apertar. a malta compreende. estudar não é tudo e é ver os doutores desempregados. a malta prefere fazer estes sacrifícios a não ter o seu no bolso. o pm aposta no individualismo lusitano. esta parte foi muito bem entendida. até pela oposição que prefere receber os seus honorários a assobiar para o ar à espera que os pategos dos eleitores os confirmem novamente. o que é um grande risco. bem, mas não foi só isso que disse sócrates. ele disse que o fmi e o caos estarão definitivamente unificados. até agora o homem tem razão. o psd não tem soluções. sócrates esvaziou a social-democracia. quem é que quer o psd no governo e o seu companheiro fmi e as suas exigências ainda maiores do que as que estão a vigorar? o português não quer isso. isto quer dizer que no parlamento o psd vai aprovar tudo o que sócrates combinou com merkel (sócrates é um sedutor e não sei, não sei se). é o que a malta quer. o psd corre o risco de desaparecer. tanto assim é que o ilustre santana lopes já anda a criar um novo partido. farejou e bem o seu estertor. se a proposta socialista não passar, sócrates sabe que não tem condições para governar. mas espanto dos espantos disse: eu sou um lutador. não volto as costas à luta. estarei novamente a disputar o poder nas próximas eleições (implícito, claro). nesta altura a oposição sentiu um frio pela espinha acima. digam o que disserem a situação é clara. até o professor-comentador rebelo de sousa afirmou: os partidos têm de se entender. de outro modo será uma desgraça. claro. se o psd não fizer o que o ps quer é isso mesmo. quem afinal estará preparado para levar portugal ao fundo? tudo leva a crer que é o psd e o seu desejado - já o afirmaram - fundo monetário internacional. e assim sendo, viva sócrates, o português. bem, mas os social-democratas não são tão estúpidos assim como querem dar a entender. arranjando um líder carismático talvez dêem a volta ao texto. aguardemos, oremos e esperemos que a nossa padroeira não nos volte as costas.

manuelmelobento

terça-feira, 15 de março de 2011

O FALAR E CONVENCER DO PRIMEIRO-MINISTRO

finalmente... o pimeiro-ministro dirigiu-se ao poveco. apesar de ter alguns minúsculos estudos sobre ideologia e ortoépia fui enrolado outra vez. já sei, ele fala e eu compro. melhor, vou na cantiga. enquanto não houver melhor demóstenes lusitano é escusado pensar ganhar a este homem. quando ele fala - quer em são bento, quer nas têvês - o melhor é fugir. nem rasputine levava melhor as freiras para a cama depois de ter passado a noite a consolar a czarina. o que é certo é que os adversários estão sujeitos à sua incontestada ditadura mediática. o líder parlamentar do psd mete dó. está na mão dos social-democratas acabar de uma vez por todas com o socratismo lusitano. por que não o fazem? simplesmente com medo de desaparecerem nas caixas das urnas. dizem eles que sócrates está a levar o país para o caos e para a ruína. e depois dizem que para não desestabilizar o país não o querem derrubar. então, segundo a lógica natural, aqueles queridos querem a ruína do país e portanto a manutenção de sócrates no poder, até que caia de podre. eh pá, vão-se lavar com sabão azul e branco, ao menos. o que eu não compreendo é a diferença entre desestabilizar e arruinar o país. bem, só se eles querem dizer que preferem um país inclinado como um barco em plena tempestade do que no fundo. ah, porra! já entendi o psd. até que enfim. que estúpido que eu sou. levei tempo a perceber. não mais ouvirei sócrates. bem só hoje. é que ele vai dar logo à noite uma entrevista. ai que bom que vai ser. mas juro que nunca mais.
manuelmelobento

sexta-feira, 11 de março de 2011

HOMENS DE ESTADO? OU FUNCIONÁRIOS ESTATAIS




Logo após a destruição do Estado Novo, não se vislumbrou nenhum português ao nível de estadista, excepção feita a Cunhal e a Freitas do Amaral. Mário Soares, Melo Antunes, Sá Carneiro e até mesmo os republicanos que coabitaram com o antigo regime não passavam de uns líricos oposicionistas da primeira divisão. O resto da maralha tinha poucos conhecimentos. Cunhal trazia a visão de um Portugal à la Moscovo. Estruturado pelas massas trabalhadoras tendo como cabeça um partido comunista a dirigir uma economia planificada. Não conseguiu impor tal regime porque a malta que ficou no país enquanto ele cursava o Estado totalitário na antiga URSS não dava uma para a caixa. E o povo explorado nunca se virou para tal aventesma anti-Cristo e anti-Fátima que era e é o seu pão espiritual e ideológico. Freitas do Amaral poder-se-ia de apelidar de sábio que não ficávamos a dever nada a ninguém. Ele conhecia e bem por dentro e por fora o que fora o Estado português no tempo de Salazar. Daí que vê-lo, sendo então democrata-cristão creditado e sediado em Lisboa, a defender teses do estilo contra os novos e ignorantes esquerdistas e levá-los à parede foi um instante. Lembro-me do baile que ele deu na RTP a adversários o que foi confirmado pelos media. Esta bosta difusora que surgiu logo após o cheiro dos cravos histéricos até disse dele o seguinte: um homem sem razão que ganhou o debate. Só que Freitas entendia, na altura, que ser-se estadista (e até o foi - por pouco tempo - após o 25 de Abril de 74) era defender teses de um país que já não existia. Anos depois, percebeu que também podia ser democrata à la Mário Soares. Mais à frente explicarei esta questão. Mário Soares, o chamado pai desta democracia, repito desta democracia, era (está vivo e ainda bem) um teórico burguês liberal que aprendera nos países ricos como viver em democracia de voto e onde se poderia ver em cinemas a foda no cu de Marlon Brando à Schneider. O mesmo é dizer certa liberdade de expressão. Só que Soares - que nada percebia de economia portuguesa por a não a ter estudado - não lhe deu para comparar países democratas que vendiam e exportavam muito para fora como a França, a Alemanha, Luxemburgo, etc. Se tivesse feito tal raciocínio teria chegado à conclusão que Portugal só poderia começar a mudar arejando o marcelismo reformador, isto é, acabar com certos poderes da polícia política (ainda a temos) e permitir à comunicação muito mais espaço de manobra, para se poder discutir publicamente as independências das colónias e outros temas quentes. Quando Soares se apercebeu da bronca, empurrou-nos para a Europa dos ricos sabendo que daí poderiam advir muitas esmolas para poderem arcar com as loucuras do novo Portugal "democrático". Esqueceu-se que a entrada para o clube das guerras e invasões era muito cara. Está-se a ver, melhor, viu-se. De Melo Antunes nada se lhe pode exigir quanto à dimensão de estadista. Ele próprio quando se apercebeu da grande bronca dos cravos fugiu a sete pés quando o convidaram para primeiro-ministro. Ele sabia que não estava à altura e para fazer a figura do companheiro Vasco não dava, tal era o seu entendimento do ridículo. Quanto a Sá Carneiro, bem o homem cresceu contra tudo e todos. Parecia o De la Mancha. Nascido no Estado Novo, tal qual o Fernando Dacosta, a sua cabeça não estava preparada para governar sacanas e analfabetos cuja arma era o voto sectário de várias tendências - na altura pró-esquerda da moda. Imaginem o que lhe deu para fazer em plena euforia histérica sino-soviética: nomear um antigo chefe de uma prisão como candidato à presidência da República. Eh pá, de longe o Cavaco e as suas asneiradas. Passemos para os dias de hoje, ou aproximadamente. Quem poderia ser considerado estadista nos dias de hoje? Olhemos para os nossos políticos sem ideias preconcebidas. Louçã? Bom, o que ele fez nos últimos dias merece respeito. Apercebeu-se ou foi levado a perceber que este governo actua contra os trabalhadores. Moção de censura. Nada mais lógico! Perdeu mal dadas as circunstâncias a que o país atravessa no campo do oportunismo. Não sendo um estadista é uma referência intelectual do país. Passos Coelho? Bem, passemos adiante. Sócrates? Neste momento, não tendo explicado ao povo que ele governa o lodaçal onde estamos metidos devido... a termos nascido portugueses, perdeu credibilidade. Nós precisamos saber das razões da pancada que estamos a levar nos nossos dinheirinhos. Porra, Sócrates, vai às televisões e explica-nos a razão desta miséria. "Tu" aparecias sempre que te enxovalhavam. A vida dos portugueses não será mais importante? Mais, se estamos na miséria, porra, por que razão uma quantidade inconcebível de chulos ainda estão a viver à tripa forra com os dinheiros dos contribuintes? Pensei errado sobre o primeiro-ministro. O homem tem de prestar contas ao povo. Ele não se dá conta disso? Estadista? Porra. Jerónimo de Sousa deve estar a tapar algum lugar para sair algum coelho na altura própria. É o submundo da política dos clandestinos. Paulo Portas? A meu ver tem um programa de Estado, pois apresenta sempre directivas ou levanta questões de Estado. Porém, falha quando, como homem de direita, se torna cúmplice de jogadas que estão a degradar o país que ele tem na manga e no pensamento. É, nos dias de hoje, o líder legítimo da direita. Mas só isso não basta. Precisamos de uma força partidária que assuma um líder que aponte um caminho, mas que não dialogue neste modelo. Dialogar e tergiversar é o que fazem os nossos políticos e bem. São muito inteligentes, reconhece-se. Mas só isso não serve.

PS: Talvez, na manif de amanhã surja o demiurgo, pois de desejados estamos fartos.

manuelmelobento

quarta-feira, 9 de março de 2011

CAVACO IRÁ À MANIFESTAÇÃO DO DIA 12?

cavaco discursou. eu estou farto de ouvir repetições e comentários sobre aquela enfermidade democrática. meus senhores... estas reticências significam palavrões. ora um presidente que faz de primeiro opositor a um governo que tal como ele foi eleito. por bananas de eleitores, como é óbvio. não devia no dia da tomada de posse provocar companheiros da miséria geral de que todos os actores são cúmplices. cavaco encheu o país de monstros rodoviários e de pirâmides (ccb) e o inimigo (governo) quer brincar aos combóios (tgv). claro que fizeram mais do que isto, mas este blogue não é para falar bem. se fosse assim estava a pedir um subsídio para as minhas borgas. parecia que no discurso o senhor cavaco estava a delirar de grande erudição e paternalismo. não disse uma única coisa que apontasse para uma saída da crise. pudera ele não sabe! diga senhor cavaco como é que o senhor faria para travar os despedimentos? como faria para pagar a mensalidade da compra da casa estando desempregado? poderia avançar com uma séria de dificuldades, mas só queria que resolvesse estas duas. é o soçucionas. não a temos. só os empresários podem criar emprego. para isso têm de se lhes arranjar condições. e se isso acontecesse o estado social ia ao ar. e a maioria dos políticos causadores desta (hipotética) miséria para todos (?) teria de fugir para o brasil tal qual quando na época dos capitães descabeçados os empresários se puseram na alheta para não serem decapitados. não farei mais comentários - se isto é a algum. vou terminar muito nervoso. cavaco quer que a juventude se manifeste. fez até apelo para que a malta se integre na próxima manif do dia 12. agora é que eu não saio de casa. com setenta anos, isso é que era bom! até as freiras irão fazer fila para se dizerem presente ao apelo do chefe da direita nacional. toda a gente vai aproveitar para se mostrar. e os rapazes da luta - o último fenómeno produzido pela ideologia do tiririca - se deus não acode ainda os veremos deputados em são bento. merecem. só a letra que arrasta as multidões de portugueses demonstra a quão alto é o resultado do investimento em milhares de escolas e centenas de universidades. eh pá, belisquem-me para eu acordar ou então digam-me qual o projecto da manif. se é para correr com todos os políticos e amigos dos políticos que estão encaixados nas caixas fortes, eu direi presente. se é para vitoriar cavaco que já se colou a ela. paciência, mas não pode ser. substituir os políticos, mas com cavaco incluido. tudo bem! presente! que raio, até a música é manipulada. o zeca afonso falava em vampiros que comiam tudo. e estes? ir atrás do zeca será a mesma coisa que ir atrás de ferraris? a juventude quer empregos e dinheiro para charros, mas quem os irá proporcionar? digam-me que é para eu ficar descansado. será que o psd vai salvar a malta? mas como? com decretos? é preciso dizer aos portugueses a verdade. do modo como as coisas estão não há solução nos próximos cinco anos. nem cavaco nem o psd poderão fazer senão demagogia. é isso que nos espera. sócrates e ps estão na mesma posição. só que o actual primeiro-ministro já não está a regular muito bem da tola. no caso dele, era já amanhã que me demitia. que cavaco e os passos que resolvam a desgraça que está feita, pois já afirmaram que sabem como é. tacho é tacho e aqueles queridos não o largam. é que o 25 de abril criou essa gente e ela julga-se o estado em si.
manuelmelobento

quinta-feira, 3 de março de 2011

ESTE PAÍS NÃO TEM VERGONHA DOS SEUS CRIMES




Antes de começar a falar mal das instituições que combatem o crime, devo confessar que há quase quarenta anos fui preso em acção e depois levado para Lisboa onde fui interrogado pela PJ. Para além do crime de que era acusado indiciaram-me uns outros tantos tais como o desaparecimento de muitos quilos de pólvora. Senhor inspector - disse eu - isso é tudo mentira. Mas se o senhor quer que eu confesse comece a bater-me. Quando eu não puder aguentar a porrada, naturalmente que confessarei tudo o que quiser mais a história de Portugal. O inspector respondeu-me da seguinte maneira: não usamos estes métodos. Então, senhor inspector - retorqui - encontramo-nos no Tribunal. Voltei para Caxias são que nem um pêro. Não tenho nada a apontar à PJ a não ser quando anos mais tarde esta estava a fazer a reconstituição de um assassinato de que fora vítima um familiar meu e ela mais parecia um grupo de bons rapazes que não tendo arranjado emprego numa boa pastelaria tinha optado por pertencer a órgãos de investigação criminal. Uns nabos nada mais. Hoje, a PJ está cheia de advogados que se tornaram polícias Fui colega de alguns numa pós-graduação. A minha opinião é de que são necessários muitos mais cursos e anos até que aquela polícia venha a ter a capacidade e personalidade que adquiriu no passado. Bem, vamos aos factos. Numa manhã desta semana, no programa do Manuel Luís Goucha, o bastonário da Ordem dos Advogados afirmou na cara de Portugal que havia uma mulher do povo que tinha sido acusada de ter assassinado a filha não havendo provas. A menina chama-se Joana e tinha desaparecido. A PJ usou métodos de tortura medieval e sob os quais ela teria confessado que a tinha matado. A mulher em causa de nome Leonor Cipriano está presa injustamente há anos faltando-lhe ainda cumprir uma série deles. O corpo da menina nunca foi encontrado e a prisão e condenação foi feita baseada - como afirmou o bastonário - nunca confissão à base de pancada e grande violência. Sejamos homens e falemos à homem (isto quer dizer, falemos claro sem estar a excluir quem não se assuma como tal, é mais o único modo que tenho para expressar o que quero escrever). Somos todos cúmplices da acusação que fez o dr. Marinho Pinto. Polícias, magistrados do MP, juízes de instrução, juízes do colectivo, o homem da rua, todos mas todos somos culpados pelo que a "justiça portuguesa" fez à pobre Leonor Cipriano. Calamo-nos que nem bosta de cobardes. Não exigimos que se reveja o caso. Não piamos. Deixamos uma inocente a apodrecer na cadeia. Ninguém do alto abre a boca para não interferir no curso da justiça. Filhos das ervas, pois quando toca à actuação da PJ em casos que mete políticos e corrupção, políticos e pedofilia e etc, aparecem no proscénio uns tantos porta-vozes a clamar por justiça e a acusarem os maus métodos das polícias. Há grandes ladrões com responsabilidades políticas que depois de condenados se passeiam entre nós fazendo-se de vítimas e etc. Ainda há pouco tempo um modelo confessou a morte de um cronista e num repente se montou uma onda de apoio ao assassino. Os jornais - que são uma amostra vergonhosa daquilo a que chegámos - gastaram rios de tinta sobre o assunto. À pobre mulher a quem o bastonário Marinho ilibou publicamente, nem uma palavra. Parece que estamos na Idade Média. É preciso lá de vez em quando matar uma bruxa do povo para saciar a nossa bestialidade. Demonstrar um erro judicial que recai sobre uma pobre mulher do povo não interessa à malta e não dá lucro a ninguém. Essa é a razão por que ela há-de apodrecer na cadeia. Quando era miúdo aconteceu que numa rixa um homem foi morto à facada. O homem com quem este estava a trocar uns socos foi acusado e condenado a vinte anos de prisão. Dez anos após estar a apodrecer na cadeia foi libertado porque o verdadeiro faquista confessou ao padre antes de morrer que tinha sido o autor do crime. O Estado pagou-lhe uma indemnização de vinte contos e mandou-o para a terra. Recordo-o como se fosse hoje. Um homem com dignidade e de poucas falas. Parecia um cowboy dos antigos filmes americanos, daqueles que nunca usam truques baixos quando lutam. Deu em beber e numa noite deitou-se no meio da estrada a dormir. Morreu atropelado.

manuelmelobento

quarta-feira, 2 de março de 2011

O ESTADO PORTUGUÊS NÃO É CAVACO, NEM SÓCRATES, NEM PARTIDOS POLÍTICOS

A uma população intelectualmente atrasada seguiu-se-lhe uma enorme vaga de gente instruída. Deveria ter-se observado uma outra espécie de comportamento global. Porém, isso não aconteceu. A Educação estatal procurou acabar com o analfabetismo nacional substituindo-o por uma nova cultura que imponha ao mundo um "homem novo" português. Dar-se um computador a um brutamontes sem o preparar para a sua utilização é um acto pouco inteligente. O que fizeram os governantes ou espécie disso que substituiram os salazaristas que tinham tomado o Estado quando foi preciso alterar a Lei de Bases do Sistema Educativo? Educação para todos! Está muito certo. Mas para educar bem precisa-se de bons educadores. Construiram-se centenas e centenas de estabelecimentos escolares. Faltavam pedagogos muito naturalmente. Os lugares de professores foram ocupados por gente pouco preparada e sem habilitação. Pessoas com o nono ano incompleto - antigo quinto ano dos liceus - chegaram a professores. As antigas universidades, que preparavam com certo rigor e que eram poucas, multiplicaram-se como bolor. E da mesma maneira com que se tapou os buracos no ensino pela falta de professores, as novas universidades arranjaram no tempo de um espirro doutores e sábios para ensinar. Imagine-se: ensinar futuros professores gente tecnica e pedagogicamente incapaz. Resultou deste destempero gerações e gerações de pobres diabos que perderam a noção do valor do desenvolvimento intelectual. Hoje, para substituir os verdadeiros intelectuais, surgiu no horizonte o tipo mediático. Expliquemo-nos. Fulano e fulano aparecem nas televisões e em caixas de notícias de revistas cor de rosa. Já está! Serve. Na semana seguinte nos seus cartões de visita lá está: Mediático/a da Lopes, Silva, Antunes, etc. Professor universitário. Mais, as universidades sentem-se mais prestigiadas com esses mediáticos, pois trazem nome, logo lucro. Mal entraram nas universidades começaram a distribuir doutoramentos à barda aos amigos. Depois agrupam-se como uma cadeia de mercearias. Já me esquecia que esses mediáticos até escrevem livros de grande êxito. Tendo por aliados os seus pares na comunicação social fácil é ver-se verdadeiros abortos catapultados para o mais alto vértice da pirâmide de onde os sábios e os velhos deuses do Olimpo se assentavam - salvo seja. O que aconteceu quando os antigos analfabetos foram obrigados a seguir esta espécie de labirinto de ensino? Aprenderam a ler e tão depressa o fizeram se ajeitaram nos empregos públicos. Coitados, não tinham outra saída. Resultado? Entulharam o Estado e seus serviços. O Estado passou a confundir-se com eles. Para fechar o circuito, o sistema democrático, que exige eleições, obriga-os a eleger os seus representantes. E quem são eles? Funcionários públicos de alta patente e que são escolhidos por repartições públicas que dão pelo nome de partidos. Não existem candidatos fora deste esquema? Existem. Uns são uma espécie de tolinhos bem intencionados, outros empurrados encapotadamente por partidos para baralhar ainda mais os pobres papalvos nos altos momentos da escolha daquilo que antigamente se dizia os nossos maiores. Compreende-se que não é fácil dar a volta a isto. Qualquer vitória sobre esta podridão será uma vitória à Pirro. Amanhemo-nos. A vida passa depressa e como dizia o anarca que fugiu logo atrás dos perseguidos salazaristas: o último que apague a luz.
PS: E o bom tempo que não chega. Queria ver se era dos primeiros a chegar ao Algarve e isso antes que chegue a marabunta pirosa que até tem casa permutada e que entope tudo por onde passa. Safa!
manuelmelobento